Angel

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Notas da Autora:

Esse último capítulo foi feito da primeira vez a parte, em formato de song fic. Então juntei ele a história, mas mantive as partes com a música.
Música: Angel – Jon Secada



***

-Tia! Terminei de embrulhar os presentes dos Holland como você pediu! Nós podíamos... Tia?

Gabrielle Delacour desceu as escadas da casa de dois andares onde morava, junto com a tia, saltando de dois em dois os degraus. A Simpática casa branca de janelas azuis se localizava em um bairro que aparentava ser tipicamente trouxa, a não ser por aquela rua, que era uma concentração de famílias de bruxos. Gabrielle usava um suéter vermelho vivo com três botões pequenos verdes de enfeite, na gola, e uma calça preta justa. Já estava vestida para o natal. O suéter mais-natalino-impossivel havia sido um dos presentes da sua tia. A senhora queria que ela usasse na ceia logo mais, e por falar nisso... por onde andaria Juliette, ou melhor, tia July?

Entrou na cozinha onde a maioria da ceia já estava pronta. Resistiu a tentação de roubar um pedaço da pele do peru. Ela adorava a pele! Que se danasse o colesterol! Encontrou um bilhete preso na porta da geladeira.



"Fui ao mercado pois esqueci de comprar pasta de alho, você sabe que minhas torradas são uma tradição não?

Quando terminar com os presentes, poderia coloca-los no pé da árvore? E por favor, não esqueça  de fazer o pudim de frutas vermelhas, é uma receita da sra. Weasley que Fleur me mandou.

Volto Logo.

Tia July."

Gabrielle deixou o sorriso morrer em seus lábios. O pudim de frutas vermelhas da sra. Weasley, a sra. Weasley, a Toca... Eram recordações que não queria mais ter, mas não conseguia evitar. Sacudiu a cabeça para espantar os pensamentos. Não agora! Era Natal, passaria com a tia e não queria ficar triste! Pelo menos por fora. Abriu os armários e começou a separas os ingredientes para fazer o pudim, a sobremesa da ceia de Natal.

***

A ceia foi um sucesso de público e critica. A sra. Holland, vizinha que morava em frente, havia trazido um torta de maçã enorme e somente o sr. Holland deu conta de metade dela. Já haviam trocado os presentes e impedido com muito custo o sr. Holland, sempre muito animado, a se vestir de Papai Noel a moda trouxa. Ele era negro, magro e bem alto, tia July disse que ia ficar parecendo um gravetinho e a sra. Holland concordou. Agora estavam na parte das piadas, Tia July se acabava de rir ante a piada do centauro fanho e gago perdido no Saarah e Gabrielle e a filha dos Holland, Natalie, de dezesseis anos foram para a cozinha para escapar da fumaça do charuto do pai da garota.

-Nada Bri? –Natalie perguntou quando ambas  sentaram-se à mesa da cozinha.

Gabrielle negou com a cabeça e não disse mais nada, apenas deu um suspiro que fez Natalie sacudir a cabeça. Resolveu não perguntar mais, deixou a amiga quieta com seus pensamentos, encarando o arranjo de laços verdes e vermelhos que enfeitava a mesa. O Natal não era uma época muito boa para quem tinha algo para lembrar, alguém para sentir falta.

***

Já eram onze e meia da noite. Os vizinhos já haviam ido embora. A Tia estava terminando de tirar a mesa e ajeitar a sala. Havia acendido a lareira pois noite estava fria, a neve caia do lado de fora deixando a rua, com suas luzes natalinas acesas, com um a aparência de sonho. Mas Gabrielle não via o sonho. Via somente luzes coloridas acesas, que piscavam ou não. Via água gelada em forma de flocos que caia do céu, apenas isso. Reconhecia que não estava muito no espírito do natal esse ano.

InacreditávelWhere stories live. Discover now