Nos afastamos apenas para recuperarmos o fôlego, passo a língua sobre seus lábios.
- Você é uma delícia, Raul!
Sua mão em minha nuca me puxa para si e novamente sou tomada por um beijo avassalador. Necessito contrair as pernas tamanho o tesão que sinto.
Ouço um pigarrear e pulo do seu colo assustada, uma senhora nos observa paralisada na porta da cozinha.
Essa maldita porta que fica sempre aberta!
- Mãe? - Raul diz se levantando e indo em direção a mulher.
Vejo os dois se abraçarem carinhosamente e em seguida dois pares de olhos claros me fitam.
- Mãe, essa é a Fernanda. Fernanda, essa é Isabel, minha mãe.
Fico extremamente constrangida por não saber ao certo como me comportar. Não me passa despercebido o fato de que ele não me apresentou como a babá de Clara.
A forma como ele falou, deixou a entender que temos algo. Aliás, a forma como ela nos encontrou, aos beijos, deixa mais que óbvio que temos alguma coisa.- Oi, como vai dona Isabel? - Estico minha mão em sua direção e me surpreendo quando a mãe de Raul me puxa para um abraço.
- Melhor agora, querida! - Responde. - Me chame apenas de Isabel, esqueça esse dona.
- Vovó!!!
Clara entra correndo na cozinha e abraça a avó. Fico sem jeito quando ela solta Isabel e vem para mim.
- Nanda, vamos comer pra gente brincar?
Me sento e imediatamente Clara se ajeita em meu colo.
- Que tal, salada de frutas? - Pergunto e ela afirma com a cabeça.
Sirvo as frutas picadas em um pote, espeto um pedaço de mamão com um garfo e levo até sua boca.
- Ah não, filha! Não acredito que a Fernanda vai te dar na boca. - Clara gargalha achando engraçado as palavras do pai.
- Eu gosto, papai!
- Mas você não é mais um bebezinho. - Raul fala com humor.
- Ela é o meu bebezinho! - Falo e aperto Clara fazendo-lhe cócegas na barriga.
Todos gargalhamos, inclusive a mãe de Raul.
***
Estamos, Clara e eu, brincando de jogo da memória "das princesas" (alguma novidade?) sentadas no tapete da sala de TV. Raul e sua mãe conversam sentados lado a lado no sofá. Ouço quando a campainha toca e fico tensa, pois acredito que seja Bruno, o padrinho e melhor amigo de Raul.Será que Raul falou sobre mim a ele?
De repente um homem lindo entra em meu campo de visão. Caramba, que gato!
Clara se levanta e vai correndo até ele se lançando em seu colo. Os dois se abraçam apertado por longos segundos e vejo quando ele lhe entrega algumas sacolas de presente.- Tia Isabel, como vai? - Ele cumprimenta a mãe de Raul com um beijo no rosto e um abraço carinhoso. Na vez de Raul os dois se abraçam apertado e vejo muito amor entre eles.
Me levanto do chão e espero enquanto ele dá alguns passos até chegar a mim.- Prazer em conhecê-la, Fernanda!
Ahá, ele falou sobre mim.
Sinto meu coração tropeçar com a ideia de ter Raul falando sobre mim com o melhor amigo, o que será que ele disse? Será que já contou sobre nosso beijo?
- O prazer é todo meu, Bruno. - Digo seu nome para que ele saiba que não estou em desvantagem e também ouvi a seu respeito.
Passamos uma tarde muito agradável! Isabel e Bruno são pessoas incríveis, a comida feita por Dona Rosa estava maravilhosa e almoçamos todos juntos à mesa. Raul parecia radiante, e em vários momentos contou passagens de quando seu pai ainda era vivo.
Foi inevitável me sentir parte daquela família. Eu fiquei muito à vontade e desejei ter meus pais e irmãos ali conosco, ou levá-los até a minha casa Tenho certeza que eles iriam adorar a fazenda.
Raul passou o dia me tocando e demonstrando carinho de formas muito sutis e discretas, no entanto tenho certeza que todos pegaram alguma coisinha aqui e ali.
No início da noite restaram apenas Raul, Clara e eu. Após o almoço, dona Rosa foi para a casa da filha passar o restante do dia com sua família.
Ajudei Clara com o banho e assistimos um pouco de TV, ela adormeceu em tempo recorde, o que não foi nenhuma novidade depois de ter passado o dia brincando muito com seu padrinho.
Assim que a colocamos na cama, ao sairmos do seu quarto meu corpo chocou-se contra a parede sendo prensado por Raul.
- Eu tô louco pra te beijar. - Sua boca me tomou com urgência, sua língua me explorou em um beijo quente. Ter seu corpo tão colado ao meu é uma tortura deliciosa.
Senti suas mãos passearem por mim, agarrando minha bunda e me esfregando em seu membro. Não sabia onde colocar as minhas mãos.
Eu queria senti-lo, todas suas partes ao mesmo tempo.- Raul! - Gemo contra seus lábios.
Ele me guiou sem afastar sua boca da minha até seu quarto. Assim que ouvi a porta bater, me afastei e olhei em seus olhos. Nossas respirações estavam ofegantes e pude ver em olhar um reflexo do meu próprio desejo.
- Fica comigo essa noite? - Sinto meu corpo arder junto ao seu e me inclino em sua direção o beijando.
- Fico.
Raul afasta as alças do meu vestido e beija meu ombro nu. Sinto suas mãos descendo o zíper na lateral e o tecido cair aos meus pés revelando minha lingerie. Ele me olha em adoração por um tempo e me beija suavemente.
- Você é linda!
Seguro a barra de sua camiseta e a ergo passando por sua cabeça. Desço os olhos por seu peito e abdômen. Ele tem o corpo totalmente definido. Gostoso demais!
Raul me leva até a cama me deixando sentada enquanto espalha beijos desde o pé, passando pelas pernas, subindo pelo meu abdômen até chegar à minha boca.
Enlouqueço com seus beijos. Me encontro no exato momento que me perco em seus braços.
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Laços de Amor (CONCLUÍDA)
التاريخيةFernanda, envolta pelo calor familiar de uma fazenda em Minas Gerais, nutria em seu coração o anseio de desbravar o Rio de Janeiro. Determinada a realizar seu sonho, ela parte para a cidade maravilhosa, onde sua vida toma um rumo inesperado ao cruza...
Capítulo 20
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