Amor, Compreensão e Desejo

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Sem correção.
Desculpem o atraso da semana, mas compensei, como prometido, com um capítulo maior.
Queria ter dado um final, hoje, para Maitê, mas nosso casal não me deixou.🤭
Espero que gostem.🌺😘

Uma batidinha leve na porta assustou Murilo, fazendo-o girar a cadeira rapidamente. A cabeleira vermelha, se apresentou pelo vão.

__ Martina!- exclamou preocupado.__ Aconteceu algo com os meninos? Você deveria estar no hospital.

Ela passou o corpo magro fechando a porta atrás de si. Em silêncio, Murilo estudou-a, por alguns segundos, mas foi o suficiente para saber que a visita não era nada casual.
O desejo dele foi de saltar da cadeira e a embalar em seus braços, porém limitou-se a olhá-la. A postura um tanto rígida mostrava toda sua tensão. Sentia-se indigno do amor de Martina. Os piores sofrimentos da vida dela tinham apenas um culpado: ele.

__ Não é nada com os nossos filhos. Ana está lá  com eles. Tudo bem com você? Achei que ia me ligar hoje cedo de manhã.- reclamou parada, segurando, sem perceber, com força, a alça da bolsa.

Murilo continuou imóvel e o coração dela apertou-se ainda mais.

__ Já me recebeu melhor no seu escritório...- sorriu de canto, amarga.__ Eram outros tempos, não é?

Sem responder, Murilo engoliu em seco e, pondo-se em pé, foi até ela e beijou-a no rosto. De olhos fechados, Martina trancou a respiração. A frieza dele a destruía dia após dia.
Sem jeito, ele afastou-se,  pensando quando teria a coragem suficiente para dizer a Martina que tinha sido o mais covarde e canalha dos homens? Odiava a mentira que ia falar, mas queria escapar daquela situação.
Sem conseguir  sustentar o olhos castanhos claros dela, declarou:

__ Desculpe, tive uma reunião muito importante logo cedo. Os meninos passaram bem a noite?

__ Humhumm. Eu que quase não dormi.

__ Eu ficarei com eles hoje a noite, você está cansada e...

Martina o cortou, não o deixaria desta vez fazer rodeios.

__ Não foi por passar a noite no hospital que não dormi.

__ E porque então?

__  Passei boa parte dela pensando em nós. Embora, você não ligue mais...eu...- calou, segurando as lágrimas.

Para amenizar o impacto do beijo de sentimento contido e as lágrimas dela, Murilo a abraçou e depois deslizou as mãos pelos longos fios avermelhados que tanto o encantavam.

__ Pode achar que não, mas sinto sua falta também. Sinto falta dessa cabeleireira se enroscando no meu corpo, Martina.- sorriu amoroso e secou a face dela com leve beijos.

__ Está ficando a cada dia mais difícil de acreditar... Às vezes, temo que você tenha se arrependido de ter lutado tanto por nós...que no final de tudo não consegui fazê-lo feliz. Você sabe, os problemas que tivemos que enfrentar e agora, essa bomba com as crianças. Eu fico matutando, pode ser que  esteja sentindo-se infeliz e obrigado a estar comigo por causa dos gêmeos. Alguns homens não aguentam essa pressão. Alguns casamentos acabam diante de tantos problemas.

Magoada, ela desabafou porque Murilo talvez não percebesse trancado em seu mundo, que a insegurança, a rondava a cada minuto. Ademais, sabia que a tal reunião era uma forma de fugir  do confronto.

__ Essas palavras não fazem sentido quando você me evita o tempo todo. Se não me ama mais, diga de uma vez!

Murilo segurou-a pelos ombros, com suavidade.
O ambiente estava carregado, e tudo parecia muito quieto. Martina sentia a força dele, sua proximidade e masculinidade. A respiração ficou presa na garganta segurando as lágrimas.
Carlos suspirou. Suas mãos desceram dos ombros para os braços dela.

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