Você é Minha de Corpo e Alma Novamente.

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Sem correção.
Peço desculpas pelo atraso do capítulo.

Paula estava pálida, sua pele e a testa estavam úmidas de suor. Sentia-se amortecida pelo nervosismo. Sem pensar muito, Carlos a segurou no colo, os ferimentos dos joelhos sangravam bastante e eram profundos. Com carinho, como se Paula fosse feita de cristal, a carregou até o quarto. Paula descansou a cabeça em seu ombro, tremendo, com uma dor intensa no peito que mal a deixava respirar.
Ali junto dos braços de Carlos, era o único lugar no mundo que sentia-se segura agora.
Subiu as escadas e colocou-a sobre a poltrona erguendo as pernas sobre um puff com cuidado. Ela fechou os olhos para suprimir as lágrimas, arfando.
Carlos segurou seus ombros, pedindo:

__Paula..inspira...expira... você está tendo uma crise de ansiedade.Vai desmaiar se não controlar a respiração.- alertou objetivamente.

Ela obedeceu, já fazia um bom tempo que a ansiedade não se manifestava.
A terapia a havia preparado para entender e suportar atitudes cruéis vindas das pessoas, mas aquilo que acabara de descobrir superava em muito sua expectativa mais pessimista.
Carlos administrou o ansiolítico que ela usava nas crises e passou uma toalhinha em seu rosto colo e pescoço. Mesmo com o ar condicionado ligado, ela suava frio.

__ Tudo bem?- indagou suave.

O estado dela o deixou preocupado, mas não podia demonstrar isso.
Aos poucos, a falta de ar e a dor no peito foram sendo amenizadas.

__ Está passando. - Paula suspirou.__ Há tempos isso não me acontecia.

Agachado, Carlos examinou os cortes.

__ Um deles é bem profundo. Vou descer até a clínica buscar anestesia para fazer uma sutura. Confia em mim para o procedimento?

Paula tocou seu rosto com carinho. Poucas pessoas na vida tinham sido tão atenciosas com ela.

__ A única pessoa que confio, no mundo, é em você, Carlos. A única. Já notou que desde que nos conhecemos que você está sempre curando algum ferimento em mim?

Ele tomou a sua mão e beijou a palma.

__ Causei alguns também em seu coração...e só Deus sabe como me sinto culpado por isso. A obrigação de quem ama é cuidar e proteger, não fazer sofrer.- sorriu.__ Volto num segundo. Não levante daqui.

Vagarosamente, Paula fez que sim com um gesto de cabeça.

__ Está bem.

Ela prendeu e soltou a respiração várias vezes. As dores dos ferimentos físicos misturavam-se a do coração embora já estivesse relaxando pelo efeito do remédio.

Minutos depois, Carlos se ajoelhava para limpar os cortes e poder aplicar o anestésico para posteriormente fazer a sutura.

Pensativa, ela o observava.

__ Não acho que minha mãe fosse capaz de matar alguém? Ela era tão calma...

__ Isso nunca saberemos.
Tudo leva a crer que sim, que foi ela quem atirou, mas também não se pode descartar que pode ter sido alguém ligado ao seu tio...Hugo era um mafioso...

Ele buscou seus olhos parando com a pinça e o fio cirúrgico no ar.

__ Serei bem sincero, não vale a pena você se desgastar emocionalmente com isso agora, Paula. A polícia, na época, investigou a fundo e chegaram a conclusão de que foi ela quem atirou.

__ E eu passei todos esses anos me culpando...Que família odiosa eu fui nascer!...- lamentou.

Compassivo, Carlos sentiu a dor dela no seu próprio coração.

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