𝐎𝐔𝐑 𝐄𝐓𝐄𝐑𝐍𝐈𝐓𝐘 ▌Cassiopeia Mikaelson era apenas uma garota simples da aldeia quando sua mãe Esther Mikaelson, a primeira bruxa original, fez o feitiço que protegeria sua filha, ainda como humana, a livrando da maldição de viver para sempre...
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Damon só conseguia ver o vermelho sangrento em suas mãos conforme andava. Não o imcomodava, não mais, não após todo esse tempo. Entretanto, o homem sentia o palpitação em seu peito aumentar ao abrir a porta de entrada da Mansão. Como esperado, Stefan e os outros estavam reunidos na sala de estar. Uns piores que os outros, Tyler estava desmaiado no sofá com sangue pingando de sua testa, mas o Salvatore mais velho não ligava.
— Cassie? — Ele questionou assim que todos o encararam.
Stefan se levantou de onde sentava e esse foi alarde o suficiente para fazer Damon dar alguns passos para trás.
— Irmão.. — Havia a tentativa de ser cuidadoso nas palavras.
O mais velho negou com a cabeça, empurrando o mesmo de sua frente. Stefan o segurou contra a parede e Damon cerrou os dentes para não jogá-lo longe com um empurrão.
— Primeiro — Encarou o mesmo. — Não. Toque. Em. Mim. — Sua voz rouca e ameaçadora fez Matt se levantar de onde estava sentado, se preparando para a briga entre os dois. Damon empurrou o vampiro. — Segundo: Onde ela está?
Silêncio foi apenas o que ganhou como resposta.
— Onde ela está, porra?
∞
Havia alguém tocando seu ombro. Um choro baixinho e longe enchia seus ouvidos. Cassie sabia o que lhe esperava quando abrisse os olhos. A dor, a dilaceração de toda e qualquer perca. E se perguntando se valia a pena, ela abriu os olhos. A presença a sua frente lhe fez piscar repetidas vezes, engolindo seco enquanto se apoiava nos cotovelos para se erguer.
— Sheila? — Chamou o nome que pescou em sua memória, quase escondido, quase esquecido.
A mulher não sorriu, mas seus olhos continham carinho escondido. Não por ela, mas pela neta que estava sentada a poucos metros de distância. Lágrimas enchendo o rosto de Bonnie conforme seu peito lutava por uma respiração que enchesse seus pulmões e não a fizesse sentir que estava morrendo. Que estava morta.
— Finalmente nos conhecemos, Cassie. — Ela parecia ter mais calma que as outras duas. — É uma pena que seja nessas circunstâncias.
— Eu estou morta. — Não foi uma pergunta vinda da Mikaelson, pois ela sabia. Não tinha dúvidas ou elementos faltando na sua memória.
Olhou para os próprios braços, como se pudesse senti-los queimar ainda. Um fio de assombro passou por sua coluna, a fazendo engolir seco e tremer. Sheila segurou sua mão, o toque parecia estranho, não parecia real, como se apenas uma fração pudesse ser sentida. Foi quando percebeu. Pertencia ao Outro Lado de agora em diante. Era tão prisioneira daquele lugar quanto todos os outros que havia libertado ao abaixar o véu.
