Capítulo 7- Bem-vindos A Área 50 II

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— Não vai ser tão fácil assim! — Repentinamente, sua silhueta começa brilhar de várias cores, assim como quando me transformei pela primeira vez.

— Eu digo o mesmo para você! — Me solto dos braços fortes de meu namorado, o qual permanece imóvel.

— É assim que você se sente? Com mais poder? — Depois que sua claridade cessa, uma única cor se destaca, a aura branca. Ainda usa um jaleco alvo, mas esse tem uma aparência mais angulosa e extravagante. Tecidos voam ao seu redor, como se orbitassem o corpo dele. Alguns desses panos estão envoltos nos braços, como curativos. — Agora me sinto como um deus. Sendo um doutor que salva vidas e um assassino que mata aqueles em seu caminho... Morra!

Jhonatan rapidamente aponta as mãos para mim e aquelas gazes flutuantes vêm em minha direção, como correntes chicoteando pelo ar. Todavia, antes que se aproximem, elas começam a queimar, espantando a todos nós. O lugar se ilumina ainda mais com os panos tomados pelas chamas faiscantes. Não consigo mais ver o assassino, pois o fogo atrapalha minha visão.

Somente depois das gazes queimarem e virarem cinzas, é que percebo outro homem, atrás de Jhonatan, dando um golpe forte na nuca do doutor. Ele apaga instantaneamente, sendo segurado pelo sujeito misterioso, ao qual preciso agradecer.

— Quem é você? — José questiona assim que começa se mover novamente, sentindo certa dificuldade em fazê-lo enquanto vem ao meu encontro.

— Um desconhecido... — retalia colocando o assassino adormecido em seu ombro.

Seu tom de pele é ainda mais escuro que o meu. Ele não veste muita roupa, apenas um trapo escuro e rasgado como vestimenta inferior e uma capa preta que parece pele de algum animal. Tomara que eu esteja errada... Entre os pequenos detalhes, minha atenção foca na ombreira de espinhos, na luva da mão esquerda e as sinistras correntes presas aos seus braço e perna direita. No seu lado esquerdo há uma sinistra cicatriz que começa na ponta do pé e termina no abdômen bem definido.

— Você, pode abrir a porta para que eu passe? — A interrogação, mais parecida com uma ordem, é direcionada ao rapaz

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— Você, pode abrir a porta para que eu passe? — A interrogação, mais parecida com uma ordem, é direcionada ao rapaz. Anda em direção à entrada.

— Ah! Eu sou Safira, uma poderosa que controla a natureza — apresento com cordialidade olhando-o passar ao meu lado e José já indo abrir a porta.

— Eu sou conhecido como Fire King, um deus manipulador do fogo. — Com certeza, meu amor recorda o mesmo que eu: “Sigam o fogo, ele os guiará e os protegerá...”.

— Você disse que é um deus? — Não posso negar que este fato me anima muito. Vou a seu encalço.

— Sim, mas não é importante agora — responde rispidamente, fazendo-me franzir o cenho.

— Prazer, eu sou Jos... — Tenta falar, mas é parado instantaneamente.

— Isso não importa também. — Atravessa a porta sem olhar para meu namorado. Há uma motocicleta vermelha e preta do lado de fora, da qual ele se aproxima com pressa. Amarra Jhonatan de alguma forma para que não caia e senta-se na frente do doutor. — Ah, é mesmo! Já havia me esquecido... Querida, venha aqui! — grita para mim e vou até o deus arrogante, resistindo à relutância do bruxo.

Os Poderosos | Livro 1- Amor [Concluído]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora