• 27. Do you think I was ever able to love a monster like you? •

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Domingo. 12:00.

O dia hoje está horrível, nós fomos dormir depois das três da manhã e eu acordei às seis. Namjoon me ligou dizendo que posso visitar Catherine caso queira e que o horário de visitas é somente até às cinco da tarde.

-Mas, porque você quer ver ela? -Taehyung pergunta pela milésima vez enquanto eu termino de calçar meu coturno.

-Eu preciso dizer algumas coisas para ela, se você estiver com medo eu posso levar você. Enquanto eu estiver com ela você fica fazendo companhia para Namjoon, huh? -ele me olha sob os cílios.

Desde que acordamos ele não saiu de debaixo da coberta.

-Hum, eu só não quero ficar sem você. -ele murmura fazendo um biquinho e eu sorrio.

-São só algumas horas, tem certeza que não quer ir? Respirar um pouco de ar fresco? -pergunto e ele nega- Certo, fica bem baby. -falo deixando um selinho rápido nos lábios dele.

-Psiu.. -ele chama quando coloco a mão na maçaneta e eu o olho- Eu amo você. -ele sussura e eu sorrio saindo do quarto.

Desço as escadas correndo com um sorrisinho idiota nos lábios e o coração quentinho, posso sentir minhas bochechas quentes também. Taehyung sentia isso quando eu sorria para ele na escola?

Entro no carro e respiro fundo, encarando meu reflexo no retrovisor. Que Deus me ajude.

~×~
13:30.

O caminho até a delegacia é longo considerando que Taehyung mora muito no centro da cidade, acabei de chegar e já estou sentindo minhas mãos soando frio.

Eu ainda sou capaz de encarar aquela mulher sem ter um surto?

-Bom tarde. -Namjoon me comprimenta assim que passo por ele.

-Oi, pode me levar até ela? -pergunto, ansioso.

-Claro, por aqui. -ele diz me deixando passar na frente e eu caminho, sentindo minhas pernas tremerem.

Ele abre a porta de metal, revelando uma pequena sala com um vidro dividindo o que suponho ser o lado do presidiário e o visitante. Olho para Catherine, ela parece acabada e isso me deixa feliz.

-Está tendo um bom dia? -pergunto me sentando na  cadeira quando Namjoon fecha a porta.

-Quem é você? -ela pergunta se virando para mim.

Os cabelos bagunçados e a pele um pouco suja dão a ela um ar ruim, o rosto dela está muito magro e os olhos demonstram o quão perturbada ela está.

-Vai dizer que não se lembra de mim, mãezinha? Qual é, nem faz tanto tempo assim. -debocho e ela rosna, como se fosse um animal.

-Seu verme, se esse vidro não existisse eu estrangularia você até a morte, você é podre -ela berra contra o vidro, arranhando ele com as unhas cortadas.

-Fico impressionado que mesmo sem o seu batom vermelho e seu vestido preto, e aquele salto de quinze centímetros você não perde a pose. -minha voz está séria e ela volta a se sentar, passando a mão pelo cabelo.

-O que você quer aqui, Jeon? -ela pergunta, voltando a si.

-Vim te ver, por qual outro motivo eu estaria aqui? -ela me olha de canto, cutucando os cantos das unhas.

-Se arrependeu de ter me mandado para a cadeia? -balanço a cabeça, sentindo o ódio cada vez maior.

-Nunca irei me arrepender disso, Cath. Você jamais vai ouvir tais palavras saindo da minha boca, você não merece sequer o ódio e o desprezo que eu sinto por você agora.

• Se Eu Tivesse Dezessete Vidas • [TaeKook]Where stories live. Discover now