É a sua escolha filha, não a minha!

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Capítulo Trinta e Um

"Nem todo o tempo do mundo consegue curara em coração ferido pela dor de perder um filho."

(Desconhecido)

Ruth

Saio sem nem olhar para trás, deixei a Beth com aquele homem abominável, quem em sã consciência diz para uma pessoas com câncer e grávida que ela tende escolher viver ou da a vida? Isso não se faz, me recuso a aceita e acreditar em tudo que ouvi. Mas, mais magoada estou com a minha própria filha, como ela pode pensar em fazer isso comigo? Como? Eu sou a sua mãe, eu morreria por ela, daria minha vida agora pra ela neste momento.

Mal me dou conta do que estou fazendo, pra onde caminho, eu só preciso sumir, não posso e não quero aceitar, me negarei até o ultimo em participar da morte da Beth.

Eu não a perdi, mas me sinto devastada, sem rumo, totalmente vazia. O Médico disse que são pequenas as chances, porém ainda sim elas estão lá.

- Senhora? Me desculpe, gostaria de saber se precisa de ajuda, se está tudo bem?

Nem me deu conta das grossas lágrimas que caem pelo meus rosto sem cessar, até agora que esse gentil rapaz me abordar.

- Querido meu coração voltaria a vida se você pudesse me ajudar, mas infelizmente não. Mesmo assim obrigado.

O garoto se afasta com um aceno de cabeça.

Continuo andando sem destino, até que meu celular toca, pego da bolsa para ver quem era e o nome do meu marido Erik aparece na tela, atendo no mesmo instante, e as palavras saem de imediato.

- Erik meu amor a nossa menina não está bem, e ela quer fazer uma loucura sem tamanho, a Beth precisa da nossa ajuda.

Eu choro sem parar, não consigo me controlar.

- Esposa, primeiro me diga para onde você foi? Me diga, porque estamos preocupados. A Beth me ligou e disse que já faz quase uma hora que saiu do consultório.

Nossa, se passou tanto tempo.

- Me perdoe, não me dei conta do tempo passando.

Falo para ele me encontrar na praça do bairro.

- Querida me espere que chego em alguns minutos, e por favor não faça nada impensável. Eu te amo.

- Eu te amo Marido.

Encerro a ligação e vou para a praça esperar meu marido. Olhando pro nada me dou ao luxo de me lembrar que depois do dia do nosso casamento, nunca mais paramos de chamar uma ao outro de marido e esposa. Nossa vida foi complicada em relação a aceitação dos nossos pais, eles achavam que não teria benéficos algum as duas famílias se unirem. Então prometemos que em forma de protesto eterno, assim que disséssemos o tão sonhado "sim" não nos trataríamos com Erik e Ruth, e sim é a anos. Sorrio com essa lembrança, me sinto mais calma.

Ah que dia de merda.

Meu marido chega, e corro para seus braços, ali é meu refúgio, meu porto seguro, abraçado no amor da minha vida, permito por mais uma vez que o desespero tome conta de mim.

- A Beth só pode estar louca, ela quer morrer. Você consegui entender isso? Ela não pode, não é justo.

- Schiii meu amor.

Ele tenta me acalmar, como uma criança.

- Ela sabe o que quer, nós a ensinamos assim querida, devemos apoiar ela, ficar do seu lado.

- Eu não vou conseguir, não pode me pedir uma coisa dessas. Simplesmente não vou conseguir. Nós não deveríamos ter ensinado ela a ser assim.

Digo com pesar.

- Eu estarei aqui, não menti em meus votos, eu disse que quando te faltasse o chão eu seria o seu apoio, e aqui estou eu. Agora vamos porque a nossa menina nos espera.

Penso em dizer que se a minha filha fizer isso eu não terei chão, não terá apoio suficiente, ninguém poderá me ajudar, mas acabo desistindo de dizer para ele também não está sendo nada fácil. Deixo meu marido me guiar até o carro.

Marcados Pelo AmorWhere stories live. Discover now