O Herdeiro De Atalula | JIKOOK

.•.[ 12].•. "𝑭𝒊𝒐𝒔 𝒗𝒆𝒓𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐"

A dias não comia, ninguém no castelo falava do Jungkook por mais que eu procurasse, estava ficando cada vez mais aflito.

- Vossa majestade? A comida está servida. - Dizia a senhora de cabelos grisalhos, fazendo uma breve referência.

- Não quero comer!

Me cubro com o grosso lençol. A praticamente uma semana, levaram meu amado de mim, o acusando de crime, a Yu-min tinha voltado para o castelo dos pais, enquanto a mim me tranquei no quarto, não tinha coragem de encarar meus pais depois de tudo, a um bom tempo que só me alimentava das poucas coisas que o mordomo miuki levava.

Meu coração apertado me tirava noite de sono, isso quando não acordava em prantos com pesadelos horríveis com o Jungkook, eu iria mudar isso, hoje nada me prenderia, irei atrás do meu amado custe o que custar.

⚔️

As horas haviam se passado, todos do castelo pareciam está em seus aposentos, abro a porta lentamente saindo, caminho sorrateiramente pelo grande corredor, desço as escadas sempre observando tudo envolta, estava tudo silêncio de mais.

Ao chegar no fim da escada olho para os lado, confirmando não tinha ninguém, corro em direção as grandes portas saindo do castelo, corro segurando o roupão de seda, chegando em uma área escura do castelo, eu nunca tinha ido até o calabouço, até porque não tinha muita necessidade, desço os poucos degrau de pedra um por um, chegando ao fim, encontro uma bifurcação, ambas tinha a iluminação reduzida o que dava um ar de assustador, mas não deixaria que aquilo me impedisse de encontrar ele.

Meus ouvidos são invadidos pelo grito agudo da voz já conhecida por mim. Não me contive e corri em uma direção a qual meu coração pediu para que eu seguisse, me encosto na parede de pedra ao notar que mais a frente um dos guardas açoitava alguém, meu coração parou.

- Precisa que confesse seu crime, para que possa ir para o céu em paz. - Dizia o bispo, a qual meu pai confiava muito.

-risos- Não teve... Nem um crime.. - Dizia a voz cansada.

Ponho as mãos contra meu peito apertando forte, fecho meus olhos sentindo a dor se estalar por todo meu corpo, era o Jungkook.

Mais algumas chicotadas pude ouvir depois de parar por completo.

- Já chega por hoje, amanhã voltaremos. - Dizia o mais velho seguindo pelo sentido oposto da qual eu estava.

Olho rapidamente, tendo a visão do senhor sendo acompanhado pelo um dos carrascos que o seguia. Sem pensar duas vezes corro até o Jungkook, seu estado era deplorável, ao vê-lo tão vulnerável meu peito doeu.

Seus braços estavam presos por grossas correntes a um cavalete de madeira, era quase que impossível o mesmo sentar-se por completo, ele estava ferido por todo corpo, seu rosto completamente desfigurado pelos machucados.

A joelho-me próximo ao garoto que parecia está desacordado, a sua respiração estava lenta quase que inexistente.

- Oh! Jungkook, o que fizeram com você? - Falo ao tocar o rosto ensanguentado do mesmo.

- Jimin? - Jungkook me chama pelo nome, em um tom de voz baixo. - Você está bem... Isso é o que importa.. Sai daqui, não podem te ver. - Dizia ele com dificuldade.

- Tudo é culpa minha, eu irei tira você daqui!

Fico em pé tentando tira as correntes sabendo que meu esforço era inútil, ao ver que não iria conseguir me jogo no chão terroso da cela chorando baixo.

- Não chores... Ficará tudo bem. - Falava ele ofegante.

- Eu farei a Yu-min pagar por isso! Ela não poderia fazer isso com você! Com nós!

Estava furioso, eu queria poder acabar com a Yu-min, mas a culpa também era minha, eu fiz isso tudo acontecer, Jungkook estava quase morto em minha frente por culpa minha.

- Sai.. Jimin sai daqui! - Dizia ele pausadamente.

-Não! - O abraço forte.

- Vá.. - Jungkook fala soltando um gruído de dor.

Uma voz ao longe podia ser ouvida, era um dos seguranças do castelo.

- Eu voltarei! - Falo baixo, beijando os lábios machucado do mesmo.

Corro na direção oposta, mesmo sem saber onde aquela direção poderia me levar, a visão do Jungkook me atormentava, ele estava destruído. Eu precisa fazer alguma coisa, mas não sabia o que.

No fim do corredor tinha uma pequena porta de madeira, me aproximo a empurrando devagar, a sala era gigante, com várias prateleiras repletos de documentos, acho que aquele lugar era uma das salas secretas do papai, ou melhor falando a sala de contabilidade.

Fecho a pequena porta atrás de mim, caminhando entre as prateleiras, eram realmente muito grande, paro tirando um dos livros de tom amarelado abrindo-o, todas as economias dos últimos meses estavam escritos nas folhas de papiro, folheio, mas não tinha nada de mais a não ser números e mais números.

- Você deve ser o Jimin. - Dizia a voz doce.

Viro bruscamente assustado.

- Sim, quem é você? - Pergunto a moça de longos fios ruivos a minha frente.

Ela parecia não pertencer a cozinha do castelo, suas vestes eram de tons marrom escuro e sua pele pálida, seus fios vermelhos eram o destaque, poderia ser visto a distância.

- Me chamo Irina. - Dizia a moça fazendo uma reverência.

- Nunca a vi pelo castelo, é nova por aqui? - A questiono curioso.

- Não majestade, a muito tempo eu vivo aqui. - Dizia ela tocando em meu peito.

Olho para o dedo longo da moça contra meu peito, dou passos para trás.

- Então porque nunca a vi? - Torno a pergunta-la.

- A muito tempo eu amei alguém que foi roubado de mim. - Dizia ela andando em passos lentos.

A sigo, mesmo sem saber para onde a moça iria.

- Perdeu?

- Sim, ele foi meu primeiro amor, o puniram pelo meu crime, e me atormenta ter que ver isso acontecer de novo.

A moça virasse para mim, seus olhos verdes tentavam me dizer algo, mas o que poderia ser?! Eu nunca tinha visto ninguém como ela em toda a vida que vivi no castelo.

- Estamos condenado a esse destino.. Não tem como fugir. - Ela segura minhas mãos. - Mas lute, lute até a última gota de sangue derramada, eu não pude lutar pelo nosso amado em nossa vida passa, mas não o deixe que levem ele de você, não permita.

As palavras daquela mulher me assustou, como assim nosso amado?! Vidas passadas?! Isso existia? Tudo estava tão nublado. A moça de fios ruivos aos poucos foi se transformando em uma névoa densa, desaparecendo por completo.

Estava assustado, corro sem olhar para trás até a porta da sala saindo. O que tinha acabado de acontecer?! Do que ela estava falando?.

Próximo capítulo...