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Saí de casa com uma vontade tirada do fundo do cu e lá estavam, dois caras de terno encostados em um carro perto, ambos muito bonitos e bem mais velhos, assim que me viram se desencostaram do carro e me analisaram. 

- Você é Destiny Baker? - Um perguntou.  - Não. - Falei. - Sou a vó dela. - Ironizei.  - Entre no carro. - O outro falou. - Mas primeiro, vou nos apresentar: sou Ian e esse é Dwayne, seremos seus seguranças até você ir para... hm... Texas, não é?  - Vamos logo, não quero me atrasar para a escola. - Cortei aquela apresentação clichê. Eu precisava chegar e pegar o celular de Mads para telefonar para Hacker ou para alguém que tivesse notícias dele, eu não havia dormido a noite inteira preocupada, meu pai havia o machucado muito e eu ainda não me contentava com o fato de ele não ter revidado. Pensei tanto nisso que quando dei-me por si, eu já estava chorando. Eu queria entrar naquela escola e ver Hacker por aqueles corredores, falando em meu ouvido suas típicas coisas impróprias ou querendo me agarrar justo em locais que haviam câmeras, ele podia ser tudo, gangster, mau-caráter, criminoso, mas era ele quem eu amava.  - Chegamos. - Dwayne disse. - Estaremos aqui na hora que você sair.  - Seu pai pediu para avisar que tem dois alunos cuidando seus passos pela escola à mando dele, então não tente dar uma de espertinha. - Ian completou.  - Isso tudo é exagero. - Protestei.  - Não sabemos de nada, só estamos fazendo nosso trabalho. - Fiquei quieta e entrei na escola, tenho certeza que minha aparência não era das melhores.  - DESTINY? O QUE ACONTECEU? OLHA PRA VOCÊ. TE LIGUEI PARA SABER COMO FOI O JANTAR E SEU PAI ATENDEU, DISSE QUE TINHA CONFISCADO SEU CELULAR... - Desabei, a abracei fortemente e comecei à chorar loucamente, algumas pessoas passavam e estranhavam a cena, a própria Mads não estava entendendo nada. - O QUE...  - Meu pai... Meu pai, Mads. - Eu não conseguia falar. - Ele descobriu tudo, Chloe contou tudo, ele foi até o restaurante e.. - Respirei fundo tentando conter as lágrimas. - Viu a gente e fez o caralho á quatro, ele bateu em Hacker, ele deixou Hacker inconsciente, meu namorado está no hospital e eu não tenho notícias dele, não tenho. Não sei o que fazer, Mads. Preciso da sua ajuda.  - Vou ligar para Jaden, espere.  - Não aqui. - Falei e conteu o resto da história, contei que eu iria para o Texas e ela começou á chorar junto comigo, tudo no meio do corredor da escola, contei também dos seguranças e dos tais dois alunos que estavam de olho em mim, eu estava presa.  - Não acredito que seu pai foi capaz de tudo isso para afastar você de Hacker... - Ela concluiu. - Eu não quero perder você, não quero perder minha melhor amiga. - Chorei mais ainda.  - Nós nunca vamos nos separar. - Prometi. - Nós podemos arrumar um emprego e morar juntas, nós sempre sonhamos com isso.  - Mas não no Texas. - Ela disse.  - Eu sei... - Eu não tinha mais o que falar.  - Eu sei que nada vai nos separar. - Ela riu tentando me tranquilizar. - Nem uma merda de outro estado.  - Preciso saber do Hacker. - Insisti.  - Ok, sobe para a sala, eu vou ao banheiro e voltarei com notícias. - Assenti e fiz o que ela pediu correndo. Cheguei na sala e vi Chloe sentada, conversando com suas amigas serenamente, me enchi de raiva por saber que ela era o motivo de tudo isso e quando vi, eu estava indo em sua direção.  - Você merece morrer. - Falei e ela levantou-se de sua cadeira ficando cara-a-cara comigo.  - E você junto comigo.  - Não, sabe por que? Porque eu não estrago a felicidade de ninguém, eu não fodo com a vida de ninguém. - Falei. - Só te digo uma coisa: Vinnie não te quer e nunca vai te querer.  - Pois é, mas se ele não fica comigo, então não fica com ninguém, muito menos com você. - Ela sorriu. 

- Por enquanto estamos em uma pequena turbulência, mas pode ter certeza que quando nós formos felizes você será a primeira pessoa à receber a foto do nosso casamento. - Impliquei.  - Algo que nunca acontecerá. - Ela disse.  - Então vamos ver...  - Bom dia, pessoal. - A professora entrou na sala para a sorte de Chloe, pois eu estava prestes á acabar com a vida dela.  [...]  - Falei com Jaden. - Mads dizia baixo enquanto estava sentada ao meu lado.  - O que ele disse, Mads? Como está Hacker?  - Está... péssimo. - Ela disse receosa.  - Como assim? - Meu coração se apertou.  - Jaden disse que ele ainda está no hospital, ele apanhou muito, está todo machucado e... Os médicos disseram que ele bateu a cabeça fortemente, ainda não está muito consciente e a unica coisa que ele fala é seu nome. - Eu não aguentava mais chorar.  - Eu preciso ir lá, eu preciso vê-lo. Eu tenho que dar um jeito. - Falei e em seguida me levantei saindo da sala. Comecei á caminhar para lá e para cá naquele corredor, tentando achar uma maneira de ver Hacker. E só tinha uma.  Aquele foi o dia mais torturante naquela escola, não acabava nunca e quando acabou eu só pensava em pôr meu plano em prática, eu precisava que aqueles idiotas deixassem eu ir até o hospital.  Saí da escola e Ian e Dwayne já estavam lá, vi que eles prestavam atenção na bunda de algumas garotas e achei aquilo perfeito e do outro lado, achei a pessoa que deveria levar o troco.  Chloe estava prestes à entrar no seu carro, mas antes que ela fizesse isso, a puxei pelo cabelo e fiz ela dar um encontrão contra seu veículo, a vadia deu um grito agudo que foi musica para os meus ouvidos.  - Hacker está no hospital porque apanhou do meu pai. - Tapeei sua cara. - E você merece sentir a mesma dor que ele sentiu. - Dei um soco em seu estômago. - Você é uma vadia. - Chutei sua canela com extrema força e a joguei no chão, quando fui continuar senti alguém me puxando. - ME LARGA, EU VOU MATAR ESSA VADIA. - Gritei. - Me larga. - Percebi que era Ian quem me segurava.  - Chega, você é louca, vamos. - Ele me puxou para o carro.  - Poderia trabalhar com a gente. - Dwayne fez piada. Entrei no carro e arrumei meu cabelo, eles arrancaram e... Hora de pôr meu plano em ação.  - Droga, isso me deixou com calor. - Abri meu casaco ficando apenas com uma regata que realçava meus peitos, vi Ian observar pelo retrovisor.  - Você é boa, muito boa para uma garota de dezessete anos. - Ian me elogiou.  - Quase dezoito. - Acrescentei.  - O que você quis dizer com isso? - Dwayne disse.  - Vocês são muito certinho. - Falei. - E meu sonho é fazer sexo com dois caras ao mesmo tempo, mas vocês são bonitos e tal, porém nunca iriam topar. - Os dois se olharam rapidamente.  - Seu pai nos mataria. - Dwayne riu.  - Ele não precisa ficar sabendo. - Me inclinei para frente e cochichei isso em seu ouvido. - Sei fazer muita coisa, vocês se surpreenderiam. - Fui um pouco para frente e coloquei minha mão na intimidade coberta de Ian, que estava no volante... que quase bateu o carro... que quase fez a gente morrer.  - Ops. - Falei e mordi os lábios. - E aí, topam? - Fiz minha melhor cara de safada.  - Não seria a coisa certa. - Ian disse, mas eu via o desejo em seus olhos.  - Continua calor, que droga. - Tirei o shorts que eu usava para fazer educação física de dentro da minha mochila afim de vesti-lo. Em seguida, comecei á tirar minha calça jeans e fiquei apenas de calcinha. Tudo por Hacker, espero que ele nunca descubra isso. Ian olhou rapidamente pelo retrovisor e Dwayne olhou para trás, fiquei de joelhos no banco do carro e eles puderam ver tudo.  - Porra, você é gostosa pra caralho. - Dwayne exclamou.  - Mas é encrenca. - Ian completou. - Uma bela encrenca. - Ele mordeu os lábios enquanto eu me fazia de indiferente colocando o shorts.  - Nós topamos. - Dwayne disse e eu sorri. - Só diga aonde.  - Assim é que eu gosto. - Falei. - Conheço um motel perfeito, estou sempre lá. - Menti. - Todos me conhecem e nunca me entregariam para meu pai, então não seria encrenca.  - Qual o endereço? - Dwayne perguntou empolgado e eu dei o endereço do hospital que Hacker sempre ficava quando acontecia alguma merda, eu esperava que fosse naquele que ele estivesse.  - Isso, agora dobra a esquerda. - Comecei á conduzir eles. - E siga reto. - Em seguida, avistei o hospital e pedi para eles estacionarem. - É aqui. - Desci do carro rapidamente, antes do que eles e saí correndo até estar dentro do hospital.  - MERDA.

𝑷𝒐𝒔𝒔𝒆𝒔𝒊𝒗𝒆- 𝑽𝑰𝑵𝑵𝑰𝑬 𝑯𝑨𝑪𝑲𝑬𝑹Onde as histórias ganham vida. Descobre agora