The Final

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Part II







Normani não sabia dizer como tudo se tornou um caos. As coisas saíram de controle muito rapidamente e a situação parecia prestes a se tornar irrevogavelmente perdida. Se é que já não podia ser classificada como tal.

Quando a criatura surgiu ondulosa em meio às árvores o choque inicial pegou a todos de surpresa. Nunca se ouviu falar de um Classe S como este, um S de serpente. Havia muito sobre a criatura que poderia ser tido como suficiente para fazê-la parecer cada vez mais absolutamente hostil e perigosa, fosse a aparência laminosa de suas escamas grossas e reluzentes em um brilho perverso, onde o preto e vermelho se uniam em seus reflexos carmesim. Os olhos negros pareciam hipnotizar de forma mortal. A língua esguia e bifurcada possuindo tom similar e vez ou outra provavam da poeira do ar.

A criatura era grande o bastante para que seu corpo se estendesse muito além do que qualquer outro Classe S, mesmo os lúpus, conseguiam moldar-se. Ainda assim, não foram tais traços irreparáveis ao seu respeito o que causou um pânico lídimo em cada um dos guardiões e daqueles que estes deveriam proteger.

Era a maneira como ainda que continuassem atacando, a criatura apenas não se entregava a inconsciência eterna. Não importa o quanto tentasse, ela voltava a reunir sob qualquer pedaço arrancado de si, recompondo-se em segundos precisos e curtos, voltando a atacar incontrolavelmente, não perecendo nem mesmo com o maior dos esforços dos guerreiros que, sem opções, se viram obrigados a recuar.

Os vinhos se mantinham no controle dos seus, gritando ordens para que os ataques não fossem desferidos de maneira isolada, visto que haviam perdido alguns números ao que alguns homens foram capturados pela armadilha habilidosa da serpente, que enrolava-se no maior número de guerreiros possíveis, esmagando-os com a mesma facilidade com que deslizava em meio à neve, erguendo-se mais alta que muitas árvores e abrindo a grandiosa boca para engolir qualquer um que não conseguisse fugir de suas investidas astutas e rasteiras.

Como se não bastasse a atual situação, a serpente ostentava de maneira gloriosa um par de presas compridas o bastante para assemelhar-se a espadas, por onde ela esguichava, vez ou outra, jatos ardentes de um veneno puro. Se o veneno tocava a pele, um ardor absoluto se sucedia instantaneamente, em poucos minutos sendo substituído pela sensação de dormência que, antes que a vítima de tais reações percebesse, a fazia perder qualquer sensibilidade tátil, seus membros se tornando cada vez mais leves até que a capacidade de movimentar-se fosse perdida.

Se o veneno atingisse os olhos, não levaria mais que cinco minutos para que a pessoa fosse completamente cega.

E, após a serpente ter mordido um Classe S, seu dente grande o bastante para o atravessar, foi comprovado a pior consequência de seu veneno. O Classe S mordido foi deixado de lado pela criatura e sua regeneração, a maior conquista de sua Classe além de poder transformar-se em seu lado animal, não obteve sucesso em salvá-lo.

Os poucos guardiões brancos não demoraram a compreender, então se puseram a gritar aos seus que se o veneno tivesse contato com a corrente sanguínea, o efeito seria letal. Eles não poderiam salvar ninguém que fosse afetado de tal forma.

Então, de uma hora para outra, a floresta se tornou palco para uma série de fúria e sangue, pessoas correndo por todos os lados, se dividindo entre tentarem salvar suas vidas e salvar aqueles que retiraram das muralhas, sendo a maior parte deles ômegas e filhotes.

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