Capítulo 33

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Boa leitura! 

Alessa

Por mais que eu diga para mim mesma que não me importo com os motivos pelos quais ele foi embora, no fundo eu quero saber. Quero entender essa parte da minha vida.

_ Como você está? _O Vincenzo me chama a atenção e eu olho em direção. _Desde que seu irmão voltou você está tão dispersa, se abre comigo Alessa, não esconda coisas de mim.

_Quer que eu diga o que? Que sinto saudades dele, que é um alivio saber que ele não morreu? _Minha voz soa irritadiça e vejo um sorriso brotar nos lábios do meu noivo. _Desfaça esse sorriso idiota, antes que eu atire no meio da sua cabeça.

_Já disse que amo esse seu instinto assassino? _Ele diz divertido e para o carro em frente ao prédio da Martina e se vira para mim. _Escuta o que seu irmão tem a dizer, amore mio, eu conheço o Ettore, ele levou um tiro por mim, sei que ele não deixaria vocês sem um bom motivo para isso.

Saio do carro sentindo meu sangue ferver com suas palavras. Não é possível ele estar ao lado do meu irmão! Essa parceria masculina me tira do serio, como ele pode me pedir isso?

_Alessa! _Ele se aproxima de mim e ergo a mão em um sinal claro para ele não se aproximar.

_Não acredito que você está ao lado dele, não depois de tudo o que aconteceu comigo e as minhas irmãs, depois que ele foi embora!

_Alessa, você apenas quer culpar ele por algo, porque você está com raiva e magoada. Você sabe que o único culpado de tudo é o seu pai. _Seu tom de voz é cheio de carinho e no fundo ele tem razão, mas isso não muda o fato do Ettore ter partido. _Eu estou do seu lado, por isso estou te dizendo essas coisas, para que você ouça ao menos o que ele tem a dizer. Nem tudo o que parece é, se lembra das suas razões para ter mentido para mim?

_Em qual momento eu disse que não ia ouvir o que ele tinha a dizer? _Cruzo os braços irritada por não ter argumentos para suas palavras. _ Você que está tomando conclusões precipitadas, Vincenzo.

_Alessa, você está armada!

_Eu sempre estou armada! _Entro no prédio da minha irmã sendo seguida por ele.

Odeio como o Vincenzo tem razão às vezes, como ele sempre é uma alma mais evoluída, não parte para violência, é compreensivo. Isso me deixa extremamente irritada, porque eu sou o completo oposto.

Entro na casa da Martina e vejo todos sentados no sofá a minha espera.

_Alessa... _A Martina começa a dizer algo e ergo a mão impedindo que ela termine.

_Eu prometo ouvir até o fim o que ele tem a dizer! Sem violência! _Sorrio para as minhas bonequinhas, e vejo o alivio delas, elas sabem que eu nunca vou quebrar uma promessa feita a elas.

Ettore

Olhando para as minhas irmãs sentadas na pequena sala da casa da Martina, eu volto no tempo em que elas apenas crianças e tinham-me como um herói e agora eu não passo de um completo estranho

Os traços infantis que elas tinham no dia em que eu fui embora se foram, treze anos se passaram e não houve um dia se quer em que eu não pensasse nelas, que não quisesse voltar para buscá-las, que eu não me arrependesse de ter ido embora.

Porém, na minha cabeça elas ainda eram as minhas pequenas princesinhas e não essas mulheres lindas que me olham cheias de duvidas e magoas.

_Não vai começar a falar? Ou está formulando a melhor maneira de mentir para elas? _A Alessa diz cheia de raiva e vejo o Vincenzo apertar sua mão, como se pedisse para elas ficar calma.

Martina- Série Irmãos Valente (Livro 2)Where stories live. Discover now