Capítulo 9

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Boa leitura! 

Felipe

Não beijar Martina Valente, será o maior desafio da minha vida. Mas, vou respeitar seu desejo, por mais que eu não tenha acreditado em suas palavras. Martina, tem medo, só não se sei se é medo de mim ou dela mesma.

Quando a minha mãe ficou doente eu vi como a doença foi minando suas forças, sugando toda a juventude. E isso me fez encarar a vida de outra maneira.

_A mamãe não vai aguentar muito tempo filho... _Ela diz abatida segurando a minha mão e eu sinto uma imensa vontade chorar.

_Como eu vou ficar sem você? _Falo deitando ao seu lado e ela me abraça apertado.

_Eu sempre vou estar com você, filho. Não importa o que aconteça, sempre foi estar em seu coração. _Ela beija meus cabelos e eu preciso ser forte por ela. _ Prometa-me uma coisa...

_O que você quiser mamãe! _Falo obediente.

_ Que vai ser bom e justo. Que vai ser gentil com todos, nunca sabemos quais feridas alma de alguém carrega. Então, sempre faça os outros sorrirem.

_Eu prometo! _Falo sorrindo abraçando ela apertado.

Eu mal sabia que esse seria um dos meus últimos momentos ao seu lado. Semanas depois mamãe morreu e eu fui levado para um orfanato. Até hoje tento manter a minha promessa, ser bom, justo e gentil.

Eu vejo as dores que Martina carrega na alma e eu meu único desejo é livrar ela disso. Quero trazer luz para a vida dela, mas ela me repele sempre que tento me aproximar. Para o azar dela, eu não sou do tipo que desiste fácil das coisas. Algo me atrai para ela, e eu não fugir disso.

Nos últimos dias eu tenho acompanhado ela nas lutas no clube, e todos parecem ter acreditado que a Caçadora finalmente se amarrou a alguém. Hoje em especial vamos até lá apenas para assistir uma luta, Martina está se poupando para a luta que acontecerá no dia do leilão, que é daqui três dias.

Nossa convivência é baseada em ela me ignorando oitenta por cento do tempo e nos outros vinte por cento ela me ameaça de morte. Confesso que essa parte é bem divertida. Eu sei que ela poderia me machucar gravemente, porém ela nunca usa toda sua força comigo, o que me faz pensar que ela gosta um pouquinho de mim e não quer me machucar.

_Eu já estou pronta! _Ela diz surgindo no meu campo de visão vestindo seus habituais coturnos pretos, uma calça justa na mesma cor. Sua blusa é vermelha e bem justa deixando seu corpo marcado e seus seios visíveis. _Se continuar encarando meus seios eu vou socar seu rosto! _Ela rosna e eu olho para seu rosto.

_Você está absurdamente linda, baby! _Falo sorrindo e ela fecha a cara. _E como eu estou? _Falo dando uma voltinha e ela simplesmente sai andando me deixando para trás. _Ah qual é Martina, tem que elogiar o namorado!

Eu estou usando uma calça jeans escura, coturnos pretos, uma camisa branca e uma jaqueta de couro. Eu amo me vestir assim, e não ser obrigado a usar terno é o melhor presente que poderia ganhar na vida.

_Você é tão irritante! _Ela diz jogando um capacete para mim e eu pego no ar.

_Viu, não é tão difícil me elogiar! _Falo sorrindo e passo um braço por seus ombros saindo da sua casa. _ Você fica ainda mais linda com esse carinha de que quer me matar, baby.

_Felipe... _Ela me olha tentando conter o sorriso.

_Ai meu coração! _Coloco uma mão no peito e ela me olha preocupada. _Você me chamou de Felipe, eu não estava preparado para essa emoção. _Brinco e ela fecha a cara

_Vai se fuder, Black! _Ela diz brava subindo na moto. _Se não subir logo vai a pé.

_Black, não, Felipe! _Falo apenas para provoca-la e subo na moto a mesma acelera me fazendo agarrar sua cintura fina. _Pode correr Martina, eu amo velocidade. _Falo encarando seu rosto pelo retrovisor e a mesma dá um sorriso absurdamente sexy.

_Trouxe seu distintivo? Porque a polícia pode querer parar a gente! _Ela diz acelerando desviando dos carros com maestria

Poucos minutos depois ela estaciona em frente ao clube e nos dois descemos. Quando ela tira seu capacete fazendo seus cabelos loiros ficarem um pouco no seu rosto, eu me atrevo a erguer a mão e coloca-los atrás da orelha.

Ela me olha nos olhos e seus lábios me convidam para um beijo. Sinto minha garganta secar e ela passa a língua em seus lábios rosados e eu me sinto a beira da loucura.

_Diz que não sou apenas eu que sinto isso? _Sussurro olhando em seus olhos.

_Isso o que?

_Essa tesão entre nós dois! _Falo em seu ouvido. _Quero fode-la de todas as formas possíveis, quero ouvir meu nome saindo dos seus lábios quando gozar para mim. Quero marca-la como minha, Martina! _Sussurro e ouço ela arfar. _E quando nossos corpos estiverem exaustos, eu vou ama-la lentamente para que nunca se esqueça de mim.

Eu olhos em seus olhos e desejo é apalpável, então porque ela luta tanto contra isso. Ela me quer e eu a desejo ardentemente, qual o motivo para tanta resistência?

_Nós não podemos, Felipe! _Ela diz com a voz rouca e sua mão sobe lenta acariciando meu rosto. _Eu não posso!

_Do que tem tanto medo? Eu jamais machucaria você.

_Mas, eu machucaria você! _Ela diz tranquila e me beija lento e cheio de desejo fazendo todo meu corpo estremecer. _Somos como o céu e o inferno _ela diz com os lábios próximos aos meus. _Eu não posso subir para o céu e nem você pode descer para o inferno! _Ela diz se afastando de mim e eu a puxo pelo braço a trazendo de volta para mim.

_Vamos ter que achar um meio termo então, que tal irmos ao purgatório? _Falo beijando-a com todo meu desejo, tentando mostra a ela que somos bons juntos.

_Martina! _Uma voz chega a até nossos ouvidos e Martina se afasta rapidamente de mim. _Desculpa atrapalhar! _A Mia, melhor amiga da Martina, diz sorrindo.

_O que houve Mia? _Martina diz alarmada e segura nos braços da amiga como se procurasse por algo.

_Eu estou legal, Tina! Como ele é seu namorado não vai ter problema em saber. _Ela olha para nos dois. _O Death está atrás de você!

_Death? Quem é esse? _Falo olhando para Martina.

_Um assassino de aluguel! _Ela diz me olhando e passa a mão no rosto.

Porra! Estamos fudidos. 



E o Death surge de novo, o que será que ela quer com a Martina? 

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Até amanhã!

Martina- Série Irmãos Valente (Livro 2)Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum