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   Pretendiam ficar na casa de praia por um mês. Siren e Conan estavam juntos, como amantes, há mais de três semanas. Era a primeira semana na casa, que estava lotada de familiares e amigos. A casa era enorme, com vista para o mar azul turquesa. Conan tinha amigos de infância que moravam por perto, os quais encontrava todas as férias e feriados que passava lá. O francês, língua local, era muito bem falado por Conan e sua irmã. O idioma foi ensinado pela mãe, apesar de muitos na ilha também saberem se comunicar em inglês.

— Cony! — Gérard cumprimentava o velho amigo na calçada.

— Gerry! — os dois se abraçaram.

Os outros amigos de longa data de Conan vinham correndo em sua direção. Todos ali estavam muito crescidos, alguns riam por estarem quase irreconhecíveis. Alguns eram mais velhos, uns dois ou três anos, e alguns mais novos. A forma como agiam e como falavam fez Conan reparar que estavam mudados. Os assuntos e interesses já não eram mais os mesmos, mas resolveu não pensar muito sobre.

— E aí? Qual vai ser a boa desse verão? — Conan perguntou.

— Vai rolar um festival eletrônico aqui em Noumea. Finalmente algo de interessante vai acontecer nesse lugar.

— A cidade vai ficar cheia de mulher. — disse outro amigo — A gente não pode sair de mãos vazias dessas férias.

— E você, Conan? Veio pra cá solteiro ou deixou assuntos pendentes em casa? — eles riram.

— Mais ou menos. — Conan riu, um pouco tímido. — Estou com alguém, mas não sei se é oficial.

Ele sabia que era. Sabia que sentia fortes sentimentos por Siren. Era seu primeiro amor. Era como se estivesse enfeitiçado pela menina. Como se tudo fosse somente ela. Sabia que Siren era especial, a garota mais legal que já havia conhecido, mas no fundo não sabia se ela correspondia dessa maneira.

— Então, fica tranquilo! Tudo o que acontece na ilha, fica na ilha. — eles riram.

— É que ela meio que veio comigo. — Conan ficou um pouco nervoso ao contar isso aos amigos.

— E é por isso que eu não me prendo a ninguém! — um deles falou — Fala sério, deixa a lua de mel pra quando você tiver 30 anos.

Os amigos continuaram dando risadas e jogando conversa fora enquanto um deles foi até um jovem numa bicicleta que havia parado do outro lado da rua. Trocou uma sacola por um bolo de dinheiro.

— Agora sim a gente vai comemorar de verdade! — disse um dos mais velhos com a sacola na mão ao se aproximar do grupo.

— O que tem aí? — perguntou Conan. Os amigos riram.

— Doces — continuaram rindo — Só que melhores.

Conan acabou entendendo a ironia.

— Vão se drogar agora? Tá meio cedo, não acham? — Conan perguntou, rindo.

— São para a festa de mais tarde.

— Hoje eu não fico limpo! Vai com a gente, Cony? — o menino riu — Leva a sua mina. Essas turistas europeias adoram se unir a casais jovens, se é que me entende.

— É, eu acho que vou recusar. — Conan disse, rindo com timidez.

— Mostra uma foto dela, Conan!

— É que meu celular descarregou.

— Não vai apresentá-la para a gente?

— Ela saiu com a minha irmã, não sei quando vão chegar.

Conan não tinha mentido, mas também não queria apresentar a garota para não causar alardes, queria manter sua discrição. Não queria que isso chegasse aos ouvidos da sua família. Não que eles fossem desaprovar a relação dos dois, mas para ele a falta de privacidade estragaria a viagem.

chat

Gerry: conan, vc perdeu. nós ganhamos.

Conan: cala a boca gerry hahah

Marcel: é sério, cara ontem foi doideira

Yohan: a gente virou super herói

Gerry: não sei onde o Yohan arrumou aquilo mas nunca usei nada tão foda

Marcel: não sei quem tava mais doido, eu ou aquelas suecas malucas. ainda tô aqui no hotel delas

Yohan: a noite foi boa, hein? hahah

Marcel: heheh filmei tudo, mando daqui a pouco. cel vai descarregar

sirèneWhere stories live. Discover now