• Capítulo Cinquenta é cinco

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Princesa Narrando, duas semanas depois...

Me jogo no sofá olhando pro teto, faz duas semanas que eu não saio de dentro dessa casa.

Igor me jogou aqui e não deixa eu sair pra lugar nenhum, descobri que ele tá me escondendo do comando dele lá.

Sei que o Venom quer a minha cabeça mais deixa ele descobrir que tem gente da facção dele me escondendo aqui, é Igor a coisa não vai ficar bonita pro teu lado não parceiro.

Fiz amizade com os garotos que ficam na minha contenção, mais depois de pensar um pouco não sei se posso chamar de amizade, eles são de outra facção.

Ouço o portão lá fora se abrir e nem me movo talvez seja o embuste entrando.

Ele me forçou a dormir no mesmo quarto que ele, não me acostumei tô trocando o dia pela noite, sei que ele passa o dia todo fora de casa.

E bom a noite eu não consigo dormir com ele do meu lado, olho para o relógio em cima da porta e vejo que já passava das seis da tarde, e eu tinha acabado de acordar.

Quando um sercinho de um metro é quinze passar correndo pela porta, e logo depois o embuste.

Me sento olhando a criança correndo por toda a sala com os bracinhos para trás, Ih ala fã de naruto, esse menininho não me é estranho, acho que já vi ele em algum lugar.

Ig: Trouxe X-tudo pra gente — Ele diz e eu jogo meu corpo no sofá de novo encarando o teto.

Igor some pra cozinha junto com o garoto e eu continuo na mesma posição, ouvindo ele dar comida pro garoto.

Respiro fundo, não tenho paciência com criança, disse a pessoa que acabou de adotar um adolescente, até nos meus pensamentos eu consigo me contradizer.

Sinto a mão dele na minha perna, e ele aparece no meu campo de visão respiro fundo, não gosto do toque dele, não gosto quando ele toca em mim.

Ig: Vem comer — Fico em silêncio apenas olhando pro teto, escuto ele respirar fundo e a mão dele sai da minha coxa.

Ele continua sentado  no sofá posso sentir a presença dele, mais olhava pra parede como se pensasse em algo.

Ig: Naquela época — Respiro fundo não quero falar disso, coloco um braço sobre os meus olhos e respiro fundo — Eu..não tinha noção — Me sento de uma vez encarando ele que virou o rosto e me olhou atentamente.

— Você tinha noção — Ele balança a cabeça em negação — Claro que você tinha noção, Você tinha vinte anos, você não era a porra de uma criança, aliás a única criança naquela época era eu né — Balanço a cabeça em negação e me levanto subindo as escadas.

Ig: Vivian — Ele grita vindo atrás de mim, e eu entro no quarto tento fechar a porta mais ele é mais rápido abrindo ela de uma vez e segurando meus dois braços — Só me escuta.

— Se você fosse pai de uma menina? E um cara matasse ela, você escutaria ele?

Ig: E diferente...

— NÃO TEM NADA DE DIFERENTE — Eu grito, e logo depois escuto o menininho chamando pelo Igor — Porque naquela noite Igor você me matou — Empurro ele que dá alguns passos pra trás e fica me encarando, me sento na cama colocando as mãos sobre o rosto.

Xxx: Pai? — Levanto o rosto encarando ele, me culpando mentalmente por ter gritado, ele não tinha que presenciar isso, Igor tira o celular do bolso é entrega pro garoto.

Ig: Vai pro teu quarto Lorenzo — O garotinho apenas assente e sai com o celular, e o Igor se aproxima de novo, será que ele não entendeu que eu quero distância dele, não quero mais olhar pra cara dele? Ele para de repente e se afasta em passos largos até a porta — Me desculpa Vivian, de verdade.

— Onde tá a Mãe dele? — Ele para e olha pro chão — Onde ta a Mãe desse menino Igor?

Ig: Eu também não sei — Aperto os olhos é ele respira fundo saindo do quarto.

Alguns minutos depois eu escuto o portão se abrindo, sinal de que ele saiu.

Me levanto da cama e começo a caminhar pelo corredor até ver o Lorenzo em um dos quartos brincando com o celular do pai dele.

Me sento do lado dele que ri e se senta também.

— Então você é o Lorenzo né? — Ele balança a cabeça em confirmação rindo.

Lorenzo: Você é a namorada do meu papai?

— Não meu amor não sou não — Ele coça a cabeça fazendo uma careta — Cadê sua mamãe?

Lorenzo: Eu não sei, ela disse que ia voltar pra me pegar, só que meu papai me pegou antes dela, e agora eu tô com ele — Dessa vez eu que faço uma careta.

Eu nunca vi esse menino eu não conheço ele, ele me e familiar porque eu conheço a mãe dele.

Levo a mão a boca tentando controlar a respiração, mais puta merda.

— Lorenzo — Ele me encara — Qual o nome da sua mamãe?

Lorenzo: Daiana — Respiro fundo.

— Vou fazer pipoca quer? — Ele balança a cabeça em negação.

Saio do quarto e desço as escadas me sentando no sofá e colocando o rosto sobre as mãos.

Lorenzo foi sequestrado, eu fui sequestrada, se a Daiana fugiu e porque tinha coisa.

Minhas mãos começam a tremer. Eu sentia como se meu pulmão tivesse ficado minúsculo, e eu não conseguisse mais puxar o ar.

A palpitação do meu coração ficava cada vez mais alta e mais rápida, meus olhos lagrimejavam e eu só queria sair daqui, eu quero sair daqui.

Sinto uns bracinhos ao meu redor, ele me apertava, aos poucos fui sentindo o ar voltar pro meu pulmão quase que imediato.

Tiro as mãos do rosto e encaro o Lorenzo do meu lado, dou um beijo na cabeça dele.

Lorenzo: Minha mamãe tinha a mesma coisa, a tia Jô falava que era ataque de pânico — Dou um sorriso de lado e puxo ele pra um abraço, o garoto só tem oito anos e já é esperto desse jeito.

— Tem certeza que não vai querer a pipoca?

Lorenzo: Vou querer sim — Me levanto indo pra cozinha.

*Não esqueça do seu fav e do seu comentário.

Envolvida (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now