• Capitulo Catorze •

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Não consegui dormir depois do sexo, não sei o que me deu, mais o RD tá lá roncando na minha cama.

Folgado do caralho, vou te contar viu, tenho paciência não, mais também não vou negar tio, foi bom pra caralho.

Mais aonde que eu tava com a cabeça? Bom a minha eu não sei mais a dele eu sei aonde tava.

Me encosto na pia bebendo café, tava varadona na fome, e não tava afim de fazer nada não.

Mais sabe quando a gente tá com fome demais pra voltar pra cama? Bom essa sou eu.

Vou até o quarto e pego dinheiro dentro do armário, o dinheiro que eu tinha deixando antes de ir em cana tava aqui ainda.

Meu celular, resolvi ir a pé mesmo, a pensão da Ju e aqui perto, e eu tô precisando caminhar. Se eu fosse pra rosa eu ia morrer porque é lá pra cima do morro, tá doido vou não.

Saio de casa e fecho a porta, vendo o carro do encosto lá na frente.

Reviro os olhos e saio de casa cruzando os becos, tava um friozinho gostoso, tava toda arrepiada.

Passo pela rua e algumas pessoas me olham surpresas, outras só fecha a cara e a maioria balança a cabeça em negação, talvez por eu ser uma mulher e estar nessa vida.

FODA-se nenhum deles paga minhas contas, eu caguei pra opinião de cada um ali.

Entro na pensão da Ju vendo ela sobre o balcão mexendo no celular, não era horário de pico, então o local tava meio vaziosinho.

Me sentei naqueles banquinhos que fica no balcão e ela levantou o olhar me encarando e logo deu um sorriso de lado.

– Minha filha, meu Deus você voltou, e como sempre eu sou a última a saber né Vivian – Ju diz e eu dou risada.

Juliana era mãe do leozin e da Evylin que também tava sumida, assim que comecei a frequentar a casa dos dois essa mulher me acolheu pra caralho, devo muito a ela.

– Ih dona Juliana, custa muito eu te avisar antes de fazer as merda, era capaz de tu ir lá naquele presídio e botar o PM tudo em alerta, e ainda me meter o pau.

 Eu deveria fazer isso mesmo – Ela me encara seria e eu dou um sorriso de lado me levantando e abraçando ela – Tu fez falta Vivian, só tu pra colocar alguma coisa na cabeça da Evylin, o irmão dela que já partir pra violência, tão sem se falar o mó tempo – Balanço a cabeça em negação, e me sento de novo

– O que ela aprontou dessa vez po? – Ela me encara e eu já sei até o que, Evylin parece que não aprende cara, vive aí pegando homem casado, e acha ruim quando vai pro desenrolo por causa de briga com a fiel.

Já falei pra ela largar disso cara, quem se ferra sempre é Amante, se acha mesmo que o cópia do predella, vai defender amante na frente da fiel? Vai não po, eles finge que nem conhece.

A Ju termina de me contar do bafafa que deu lá e se afasta pra atender o celular, quando eu sinto alguém sentando do meu lado.

Olho e reviro os olhos, Mariana me encara de volta respirando fundo.

– Olha..

– Não – Interrompi ela é olhei ao redor esperando a Ju com a minha comida mais a mulher ainda tava no telefone.

– Só me escuta cara, eu já não sei o que fazer – Ela não começou a chorar na minha frente não né?

Todos ao redor começaram a olhar estranho pra gente e eu já tava ficando irritada.

– Iiiiiih po, para de chorar aí caralho – Ela me encara enxugando o rosto e eu encaro ela serio, me dando por vencida.

Por mais que eu não queira contato, quem errou comigo foi os pais dela e não ela, mais da mesma forma eu sinto que ela também errou comigo.

Se ela tá aqui e porque ela sabia da minha existência, agora eu parei pra reparar ela melhor, tava com uma calça Jens preta e um sapato gasto, uma blusa de magas vermelha como se tivesse pegando fogo, sabe o álbum do Ret? IMTRL tipo a capa do disco.

– Tu não é daqui né? – Ela me encara negando – Aonde eles moram?

– Brasilândia, são Paulo – Ela diz mais sem olhar pra mim.

– É tu veio pra cá atrás de mim? – Ela assente – Tem aonde ficar? – Ela me encara por um tempo mais não fala nada – Tô falando contigo, vai negar a voz? Eu já não tô boa – Ela balança a cabeça em negação.

Eu não acredito que eu tô pensando em fazer isso. Mais por um lado bom, seria uma ótima forma de conversar com ela, mesmo eu não querendo, mais a curiosidade falava mais alto.

A Juliana volta com a minha comida, e eu peço pra trazer mais uma pra ela, ela ia negar mais eu mando ela calar a boca, tô dando vai comer mermo tô nem aí.

Depois que a gente terminou de comer eu paguei e meu celular tocou revelando ser o RD, revirei os olhos, mais atendi.

Chamada📲

Coe caralho tá aonde?

Virou meu pai porra? – Escuto ele respirar fundo na linha e dou um sorriso ao saber que eu consegui irritar ele.

TÔ falando sério princesa, aliás acho que tu deveria trocar esse vulgo porque não combina nada contigo – Dessa vez sou eu que bufo e eu escuto a risada sínica dele do outro lado da linda, filha da puta.

Coe, tô ligado que tu tá na tia Juliana trás uma quentinha aí pra mim po.

Quentinha o caralho, e bom eu chegar aí e tu ter evaporado da minha casa

Chamada📱

Ele nem responde quando eu fui ver ele tinha desligado na minha cara, filha da puta.

Chamo a tua Ju e peço ela pra fazer uma quentinha, vou levar? Vou, mais vou fazer ele engolir essa porra garganta a baixo, vai vendo só.

Ela terminou de fazer paguei e chamei a mandada pra ir pra casa comigo, por mais que eu não gostasse não podia deixar a garota na rua.

Mais e aquilo né? Um olho na missa e outro no padre, deixa ela achando que eu tô de óculos.

*Não esqueça do seu fav e do seu comentário.

Envolvida (EM REVISÃO)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon