• Capítulo Quarenta e nove

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Abro os olhos sentindo uma dor de cabeça me atingir, meus olhos ardiam e eu podia sentir fisgadas nas minhas pálpebras.

Respiro fundo e tento me mexer mais era praticamente impossível, eu estava presa de todas as formas possíveis.

E pela primeira vez eu senti pânico, a situação estava fora do meu alcance, eu não conseguia pensar em nada pra sair daqui.

A porta se abre porém não olho, eu não quero ver quem é.

Ig: Vivian — A voz dele sai baixa, e eu me arrepio, meu corpo se endurece, o choro sobe assim como a vontade de vomitar.

— Igor — Digo já em lágrimas, eu quero sair daqui, eu não quero ficar nem mais um segundo nesse lugar, sinto ele se aproximar e alguma parte do colchão afundar.

Ele se sentou do meu lado e passou a mão no meu braço, naquele momento eu perdi o fôlego eu tentava respirar mais não conseguia.

Eu sentia como se meu pulmão tivesse ficado minúsculo, e eu não conseguisse mais puxar o ar.

Minhas mãos começaram a suar, e eu a me debater tentando sair dali, não me atrevi a abrir os olhos eu não queria olhar pra ele.

A palpitação do meu coração ficava cada vez mais alta e mais rápida, meus olhos lagrimejavam e eu só queria sair daqui, eu quero sair daqui.

— Socorro — Eu sussuro com pouca voz, mais e quase inaudível, estou sem fôlego não consigo falar mais alto, minhas pernas começaram a tremer, tô sentindo gastura por todo o meu corpo, e as coisa que vinham na minha mente, as lembranças era como uma tortura.

Eu tentava de toda forma puxar o ar, eu não consigo respirar, então é assim a sensação de morte? E assim que a gente se sente quando esta quase morrendo?

Por um minuto me veio uma lembrança na cabeça, acompanhada de várias outras.

A Evylin, a pequena, a Ju,o leo, Silas, Mariana, até mesmo o Rd.

Mais o mais importante, a Lívia, a Lívia me veio a cabeça, e junto com ela a frase "Não brinca com isso dói de mais".

No mesmo instante eu senti minhas forças voltarem e eu conseguia respirar novamente,o espaço em meu pulmão aumentou rapidamente, e eu consegui sentir o cheiro horroroso de mofo que tinha nesse lugar.

Ig: Vivian — Ele passa a mão no meu cabelo e enfim eu abro os olhos, claro que ele está totalmente diferente de anos atrás.

Quando eu conheci ele tinha apenas dezenove anos, tinha herdado a porra de um morro do pai.

Agora ele tá diferente tá mais moreno, deixou a barba crescer ta mais forte, o que me faz sentir enjoos.

— Tira a mão de mim — Digo entre dentes e cuspo na cara dele, pouco me importa se estou com cara de choro, ou o fato de eu ter acabado de cuspir na cara de um idiota.

Ele passa a mão no rosto limpando o mesmo e me encara sério, ele não diz absolutamente nada, apenas se levanta e caminha até a porta, antes de sair ele vira o rosto me encarando nos olhos.

Ig: Você é minha Vivian, sempre foi — Ele fecha a porta e eu viro o meu rosto pro lado, vomitando tudo o que eu tinha comido o dia todo.

Respiro fundo deixando as lágrimas descer, a porta se abre novamente revelando um menininho novo parecia ter uns dezesseis anos, tava segurando umas sacolas, atrás dele eu pude perceber mais alguns homens de guarda na porta.

Não dava nem pra tentar sair.

Ele fecha a porta e coloca a sacola em cima de uma mesa velha ali no canto.

E começa a caminhar em minha direção, desamarrar meus pés minhas mãos.

— Onde eu tô? — Ele me encara por um tempo mais continua em silêncio, pega a sacola e me entrega.

Xxx: Patrão pediu pá te dar isso tiu — Ele sai do quarto sem nem responder minha pergunta.

Respiro fundo abrindo a sacola e vendo que era uma quentinha uma garrafinha de água e uma latinha de refrigerante.

Seja o que for eu vou sair desse caralho, é não vai ser o Igor que vai me manter aqui.

Se isso e ideia dele provavelmente eu tô em um galpão no meio do nada, já vi ele fazendo isso uma vez, era a mulher de um inimigo ele sequestrou e trouxe pra um galpão.

Se esse for o caso aqui provavelmente não tem sinal nenhum, me lembro de ficar horas no carro sem fazer nada já que não tinha sinal nem de Wi-Fi e nem de telefone.

Desço da cama e começo a andar ao redor pra ver se tinha alguma maneira de escapar.

Nada!

O lugar era praticamente todo fechado, tinha apenas algumas aberturas em forma de quadradinhos em algumas paredes, impossível de sair daqui.

Respiro fundo voltando a me sentar na cama abro a sacola tirando a quentinha, abro vendo estrogonof de frango.

O que eu ia fazer pra Lívia hoje, respiro fundo, será que ela tá bem? Será que ela procurou o Leo.

A porta se abre novamente, porra isso aqui tá mais movimentando que porta de shopping.

Era ele, ele entrou e junto com ele o cheiro de maconha.

— Não fizeram nada com ela não né? — Ele me encara por um tempo e eu dou uma garfada na comida levando a boca.

Ig: Se tá falando da garota, relaxa ninguém mexeu com ela não — Ele fecha a porta e cruza os braços me encarando enquanto eu só queria comer em paz.

— E ai qual teu plano? — Ele faz uma careta — Se me trouxe aqui e porque tá planejando alguma coisa, o que ce tá planejando? Vai me prender aqui por um mês? E me soltar quando quiser? Vem cá qual teu problema comigo em?

Ig: Vivian...

— Princesa, pra você e princesa.

Ig: Vulgo? Virou traficante agora foi? — Fico em silêncio – Princesa? Você que fugiu da porra da prisão a um tempo atrás.

— Nossa descobriu a América — Ele se aproxima e eu me afasto, consigo manter uma conversa super normal com ele desde que esteja longe de mim essa porra.

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Envolvida (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now