• Capítulo Trinta e sete

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— Quem é ele Mariana? — Ela fica pálida e me encara, respiro fundo já esperando a merda.

Mariana: Silas — Arregalo os olhos e me levanto rápido da cama — Princesa? — Caminho até o meu quarto ignorando ela completamente e pegando a glock no armário, ela segura a minha mão me fazendo encarar ela — Foi só uma vez, não vai acontecer de novo.

Encaro ela por um tempo, ela tava morrendo de medo e isso dava pra ver na cara dela, coloco a pistola de volta e me jogo na cama e ela deita do meu lado colocando a cabeça no meu peito.

— Quando que isso começou a rolar?

Mariana: Quando você é o RD precisaram sair pra ir na reunião, e aí eu voltei pra casa com ele...

— Mais...

Mariana: Não, naquele dia não rolou nada porque eu não quis, eu sabia que ele tem fiel e tal, mais ontem foi mais forte que eu — Ela respira fundo — Não me julga princesa, foi so uma vez eu eu juro que não vai rolar de novo.

Respiro fundo passando a mão no rosto.

— Não vou te julgar, conheço uma pessoa que faz isso, e acredite por mais que de raiva, que você sabe que aquilo so vai prejudicar a ela, você lembra que são escolhas dela, Mariana isso foi uma escolha sua, tu já é grandinha e sabe dos teu proceder, mais pensa melhor okay? Isso não vai te levar a lugar nenhum — Me sento na cama e encaro ela — Vamos fazer um trato?

Mariana: Como assim? — Ela se senta ficando cara a cara comigo.

— Tu vai focar na tua faculdade ok? Sem distrações, falta quando tempo pa tu se formar?

Mariana: Seis meses.

— Depois da formatura, tu pensa sobre isso, sem distrações tá me ouvindo? — Ela balança a cabeça em confirmação.

Me jogo na cama de novo respirando fundo, aliviada por saber que não fizeram nada de errado com ela.

Mariana: E você o que tá te incomodando? — Me viro encarando ela.

— Tanta coisa, tô pensando em fazer um monte de coisas, porém tô ligada que vai ser um passo muito grande.

Mariana: Bom a vida é curta demais, se tá com vontade faz, não existe um momento certo pra ser um fracassado — Ela se levanta da cama rindo.

— Nossa, sua filha da puta.

Mariana: Me leva pra casa minha mãe deve tá preucupada — Assinto me levantando, pego a pistola colocando na cintura e dinheiro colocando na capinha do celular.

Saio de casa acompanhando ela e vejo o Silas pelo lado de fora, encaro a Mariana que abaixa a cabeça.

Ele vem caminhando até a gente e joga a bituca do cigarro no chão olhando para os dois lados do beco.

Silas: E ai princesa — Faz o toque comigo — Dona Juliana tá putona contigo, tá te chamando lá na pensão — Fico um tempo em silêncio olhando pra cara de sínico dele.

— Tá — Ele desvia o olhar de mim é olha pra Mariana.

Silas: Tá bem? Eles fizeram alguma coisa contigo? — E por um momento eu vi sinceridade no olhar dele, caralho o que eu tô fazendo não é certo.

Respiro fundo vendo que eu viu fazer merda concerteza.

— Rd cadê? — Silas volta a me encarar.

Silas: Não apareceu na boca hoje não, nem vi o patrão.

— Leva a Mariana na casa dela, que eu to indo pra pensão da Ju, te dou vinte minutos pra tu aparecer lá que a gente vai trocar umas ideia — Mariana me encara e eu dou uma piscadela descendo o morro e deixando os dois juntos.

Depois de alguns minutos encosto na pensão, Evelyn tá sentada no balcão de cabeça baixa rodando o dedo sobre o vidro rachado.

Chego mais perto dando um beijo na cabeça dela que nem muda de posição.

— Cadê a Ju? — Ela finalmente me encara deitando a cabeça no balcão.

Evelyn: Tá lá dentro fazendo não sei o que — respiro fundo sabendo que tem alguma coisa de errado, puxo o banquinho e me sento de frente pra ela.

— O que tá pegando? — Ela respira fundo e olha pra cima, puta merda chora não, ela me encara de volta.

Evelyn: Briguei com o Leo.

— O que não e nenhuma novidade né Evelyn, vocês vivem se batendo por aí.

Evelyn: Dessa vez foi diferente, você sente vergonha de mim? Se você fosse a minha irmã você sentiria vergonha de dizer por ai que é a minha irmã? —Encaro ela seria.

— Como assim "se você fosse a minha irmã?" — Ela respira fundo — Que porra e essa Evelyn?

Evelyn: Não entenda errado princesa, você é minha irmã do coração, só que quando falam de você não associam seu nome ao meu, a gente é irmã, eu você é o Leo desde a adolescência, porém as pessoas não chegam assim e você sabe, mais voltando ao assunto, você teria vergonha de falar que eu sou sua irmã?

— Claro que não Evelyn porra, tá doidona? Porque ele falou isso? — Ela balança a cabeça em confirmação, e eu respiro fundo — Quero que tu saia do morro — Ela arregala os olhos me encarando.

Evelyn: Que? Pra que?

— Quero tu focando nos seus estudos, não quero que tu acabe como eu ou seu irmão, se você continuar assim você sabe que vai ser um fim bem pior, não vai achando que é mil maravilhas ser mulher de bandido porque não e não Evelyn, se tu entra numa dessa pra soltar depois e difícil, tu tá ligada que só terminam quando eles querem, e se conseguir terminar tu ainda corre o risco de ficar careca e sem poder pegar ninguém por três meses.

Evelyn: Princesa.

— Sem princesa, já passou da hora de tu tomar um rumo na vida, entrar em uma faculdade pensar no futuro e não em sair no tapa com mulher de mavambo, me escuta Evelyn e pro teu bem, pensa nisso que eu arrumo os bagulho tudo pra ti — Me levanto bem na hora que a Juliana aparece na porta.

Juliana: Princesa eu vou te matar — Joga o pano de prato na minha direção e eu começo a rir.

— Ihh Coroa o que eu aprontei dessa vez...

* Não esqueçam do sei fav e do seu comentário.

Envolvida (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now