• Capítulo Quarenta e seis

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Dois dias depois...

Tô aqui do lado do burro do Rd que conseguiu levar um tiro de raspão e quebrar o braço na invasão, bixo burro do caralho vou te falar viu.

Rd: Ai mó vontade de comer um podrão — Desligo o celular e encaro ele que estava sentado com o braço enfaixado.

— Mó vontade de mandar você tomar no cu — Ele fecha a cara e eu me levanto indo até ele.

Passo a mão no cabelo dele e ele me encara por um tempo.

Rd: Ai namoral eu tô salivando querendo um X-tudo cara, vai atrás dessa meta pra mim — Reviro os olhos.

— Você sabe que não — Ele Revira os olhos e fica igual uma criança birrenta.

Rd: Ce não ia buscar a garota hoje? — Cruzo os braços encarando ele.

— Vou depois que você receber alta, e você vai comigo ai eu tenho a certeza de que você não vai pedir pra nenhum dos seus pau mandado pra pegar besteira pra tu comer — Ele Revira os olhos de novo e eu puxo fraco o cabelo dele, vendo o médico entrar na sala.

— Doutor Emanuel — Digo assim que vejo que é o mesmo médico que me atendeu da última vez, Rd Revira os olhos.

Rd: Doutor emanuelll — Me imita e eu mostro o dedo do meio pra ele.

O médico ri olhando pra gente.

Dr.Emanuel: Senhorita Vivian, como está? —Rd Revira os olhos.

— Bem — O médico assente.

Dr.Emanuel: Assine aqui Vivian, e o senhor Rodrigo vai estar liberado — Assinto pegando a caderneta. Assino e entrego pra ele — A enfermeira vai.... — Ele para de falar assim  que vê o Rd tirar a gulha do soro do braço sozinho.

Rd: Tirar isso aqui? — Levanta a agulha ensanguentada pro doutor que assente.

Dr.Emanuel: Bom, ela não vai mais precisar vir aqui.

Rd se levanta da cama e o médico sai da sala deixando a gente sozinhos, pego meu celular e a pistola que está a está a cima da escrivaninha e encaro ele.

Saio daquele postinho maldito e entro no banco do motorista enquanto o Rd  entra no carona, ele respira fundo e segura a minha mão me impedindo de rodar a porcaria da chave.

— Tira a mão, ou vai ter dois braços quebrados — Ele ri.

Rd: Acho que tô — Ele fica em silêncio por alguns segundos — Acho que tô nervoso — Dou uma risada de lado.

— Eu não sei o que te falar — Coço a cabeça encarando ele — Eu também tô.

Ele tira a mão da minha e eu giro a chave ligando o carro e saindo do morro, quando eu estava na metade do caminho meu rádio toca.

Silas: O princesa caralho, cadê a porra do meu carro?

— Eu enfiei no cu, com ele caralho.

Silas: Sabe, e tão mais fácil pedir as coisas,ao enves de pegar e desaparecer.

— E verdade, mais e bem mais divertido deixar você igual um tonto procurando o próprio carro.

Silas: Tu gosta ? De fazer bandido de otario, só o ódio da tua cara pow, aparece na minha frente não.

— Ih ala irritadinho ele, se eu aparece na tua frente tu vai fazer Nada, sabe o que e nada?

Silas: Aparece aqui entãoDiz bolado é eu caio na gargalhada, Silas e muito engraçado quando tá com raiva, ele fica putinho parece uma criança.

Devolvo teu carro em uma hora.

Silas: E o mínimo...

— Vai a merda Silas eu ein — Desligo o meu celular jogando ele no banco de trás e encaro o Rd que batia os dedos inquietavelmente na janela do carro.

Rd: Para o carro —Encaro ele.

— Não — Ele suspira.

Rd: Só para o carro eu preciso respirar —Paro o carro e ele desce respirando fundo, encosto minha cabeça no volante respirando fundo.

Talvez eu esteja tomando uma atitude precipitada,não adotar a Lívia eu tenho total certeza disso, mais sim em envolver o Rd nisso.

Talvez ele realmente não queira, e não esteja preparado, talvez a gente não esteja preparado pra ficarmos juntos, e ainda cuidar de uma dolescente.

Ele entra no carro de novo, e abre os vidros, não levanto a cabeça, não me mexo, apenas fico quieta sabendo que a partir do momento que eu levantasse a cabeça e começasse a falar com ele tudo iria mudar.

Rd: Princesa?

— Vamo conversar na pureza? — Ele faz uma careta.

Rd: Que foi?

— Você realmente quer isso?

Rd: Claro que eu quero, Vivian da onde você tá tirando isso? De novo a mesma coisa?

— Você não quer, talvez queira ficar comigo, morar comigo, mais não tá pronto pra ser responsável por outra pessoa, uma adolescente, você se sente incapaz, e acha que não vai dar certo, porque você é uma pessoa horrível...

Rd: Tá escutando o que tu tá falando? — Ele se exalta.

— E eu tô mentindo? — Ele fica em silêncio, e eu dou um suspiro, quem Cala consente.

Ele respira fundo descendo do carro, fecha a porta e me encara pela janela.

Rd: Vai pegar sua garota Vivian, vai atrás do que você quer — Ele diz, e eu seguro o choro, não vou chorar na frente dele, não dessa vez — Eu preciso de um tempo.

Ligo o carro saindo dali, desde muito nova aprendi a me controlar, a ser uma pessoa que não demonstra sentimentos, mais eu estou com tanta raiva,e tão magoada com ele agora que eu não sei o que fazer.

Eu não posso ir buscar a Lívia assim, o que ela vai pensar?

Respiro fundo e continuo seguindo meu caminho até o orfanato, E o único lugar ao qual me veem a cabeça  ao consigo pensar em mais nenhum lugar.

*Não se esqueça do seu fav e do seu comentário.

Gente, eu não sei ao certo dizer quando um livro meu está chegando ao fim, porque as vezes eu planejo um final e do nada surge novas ideias, então fiquem preparado para qualquer coisa, porque Eu acho que está chegando ao fim.🥲

Envolvida (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now