One hundred and fourteen

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─Primeira vez no parque? ─perguntou ele puxando assunto.

─Sim, vim conhecer o lugar. ─respondi. ─E você?

─Terceira vez. ─respondeu ele.

─Uau. ─comentei admirada.

─Deixa eu adivinhar, não é daqui, não é? ─perguntou como se tivesse a total certeza.

─Novaiorquina. ─respondi.

─Sabia! ─ele sorri como se tivesse acertado na loteria. ─Você não tem jeito de quem parece ser daqui mesmo. ─deu de ombros. ─E eu britânico.

─Aliás, Any. ─estiquei minha mão em sua direção como cumprimento, ele segurou minha mão devolvendo o cumprimento. ─Já ouvi essa história antes... ─franzi o senho tentando me recordar de onde eu lembrava dessa palavra.

─Harvey! ─sorriu gentil. ─Muito prazer.

Harvey era o típico garoto branco, loirinho, dos olhos azuis, com um humor incrível, que tenho certeza que qualquer garota ficaria doida pra namorar e que pra mim seria um grande amigo.

─O prazer é todo meu, Harvey! ─sorri ainda com o senho franzido.

─Como assim? ─ele perguntou curioso.

─Ah sim, lembrei! ─disse após estalar o dedo. ─Conheço uma pessoa que também é britânico.

─Sério? ─perguntou interessado no assunto, assenti num balanço de cabeça. ─Que legal. ─sorri concordando. ─E essa pessoa, especificamente ele. ─deu ênfase na palavra ele. ─Por acaso seria seu namorado? ─me encarou fixamente.

─Sim. ─respondi o encarando surpresa. ─Como adivinhou? ─mantinha minha face franzida, mesmo ainda surpresa.

─Isso é óbvio, né. ─revirou os olhos como se o que ele havisse perguntado era algo idiota. ─É óbvio que uma garota linda como você, jamais estaria sozinha.

─Eu poderia estar sozinha, sim, inclusive, até uns tempos atrás eu era essa garota. ─respondi.

─Talvez se eu estivesse chegado antes... ─brincou ele, me lançando um olhar divertido, me fazendo rir junto. ─Brincadeiras a parte. ─riu mais uma vez.

─Você é engraçado. ─comentei.

─Obrigado, tomarei isso como um elogio! ─sorriu.

Atenção aqui! ─gritou o homem responsável pelo brinquedo, fazendo todos pararem de tagarelar e prestarem atenção nele. ─Apertem os cintos, por que o brinquedo sairá em apenas três segundos, pra depois não ficarem reclamando que eu não avisei que nós ligaríamos ele, e ninguém aqui ficou sabendo! ─gritou alto o homem para que todos alí pudessem o ouvir. ─Então por favor peço encarecidamente para que se ajeitem em seus lugares!

E então finalmente o brinquedo começou a balançar de um lado para o outro lentamente, anunciando que estava na hora, começando a arrancar gritos das pessoas que estavam ao meu redor, tratei de apertar meus dedos sobre a segurança que rodeava meus ombros e então começou a acelerar a velocidade.

O frio veio na barriga e voltou, quando a barca ficou pendida quase de cabeça pra baixo, encarei o solo que parecia tão distante agora.

─Ai meu Deus... ─sussurrei para mim mesma, em forma de prece, fechando meus olhos com força, na mesma hora que o brinquedo despencou com toda força, fazendo meu coração quase sair pela boca, quando ele subiu outra vez, dessa vez nos deixando totalmente de cabeça para baixo, senti o almoço querendo sair, mas tive que rezar mentalmente para que tudo desse certo.

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