02. Ma Déese

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~Brittney Hans~

Do nada acordo em um local estranho, mas o que aconteceu ontem? Ah! Aquele cara, claro. Sinto minha cabeça latejar e quando tento me mexer apenas se torna impossível. Estou amarrada, droga! O local é escuro e só tem uma luz vinda de uma janela minúscula, tento me mexer novamente mas só ouço barulho de correntes.

— Socorro!! Alguém me ajuda!!

Silêncio. Era o que se deveria esperar né Brittney. Caio em desespero, eu sei que ninguém faz ideia do meu daparecimento, talvez Diego note por eu não o ter acordado pela manhã com uma chamada, a curiosidade e dúvida me consomem para descobrir o que aquele monstro quer de mim, eu nunca o vi em toda minha vida. Merda! Porque isso foi acontecer logo comigo? Ai por Deus.

Após quase horas ali ouço um barulho vindo de um dos cantos, parecia que alguém destrancara uma porta, o som da maçaneta girando soou como eco pelo local, me encolho com medo de que seja o meu pior pesadelo de sempre, até que vejo uma silhueta de um homem alto e forte. Aperto meus olhos para me acostumar com a luz, a pessoa se aproxima de mim em passos lentos que torturam meus ouvidos e me agustiam, até que finalmente chega perto, não me atrevo a dizer uma única palavra.

— Desculpa... Me perdoa por te deixar neste local imundo, ele não serve para uma deusa como você mas você foi teimosa e eu tive que fazer o que fiz. — tenta tocar minha bochecha mas esquivo me encolhendo ainda mais quase chorando. — Entendo...

Estou actualmente com os olhos fechados mas ouço barulho de correntes caindo ao chão. Ele me soltou, e tentou me tocar.

— Não! Não me toca! Me deixa em paz! — com a voz trémula grito, o medo me dominou.

— Eu prometo não lhe fazer mal meu amor, por favor, deixe me tirá-la de cá.

— Cara eu nem te conheço! Você me sequestrou! Eu nunca te perdoaria!

— Vejo que quer que seja do jeito difícil. — ele brutalmente me tira do chão em uma velocidade tão rápida que nem tive tempo de raciocínar. Ele me carrega como se eu fosse um saco de batata e eu bato em suas costas implorando que me solte.

[...]

— Vista! — sou ordenada a vestir um vestido preto curto, exatamente no meu tamanho e que provavelmente deixará um decote.

Após ser retirada do que parecida ser um porão fui levada para uma mansão enorme, bem bonita e bem decorada, puro luxo. O meu sequestrador cujo não sei ainda seu nome levou me para um quarto e exigiu que tomasse um banho, e actualmente estou sendo obrigada a vestir esse vestido que olhando assim, é puro luxo.

Apesar de não ser uma situação assim boa eu pude notar que ele é um pedaço de mal caminho, seu corpo músculo e forte, pele morena e tatuagens pelos braços não tão exageradas, algo que o deixava extremamente com uma aparência "sexy", cabelos negros e lisos que aparentam ser macios mais que algodão, olhos negros e profundos, como que se por trás dele houvesse um turbilhão de sentimentos ou pensamentos sem alguma explicação exata, ele é maravilhoso, mas se não fosse pela situação que me encontro  não sei o que faria. Mas rapidamente volto a realidade.

Estranhamente esse cara sabe tudo sobre mim, meu nome completo, quem são meus pais, onde moro, onde trabalho, minha cor favorita, minha comida preferida, tudo! Até que tamanho de roupa eu visto e que tamanho de sapato calço.

Me visto e calço os saltos que me foram dados pelo mesmo, olho para um espelho presente no quanto e me observo, até que ficou bem em mim mas não me sinto bem assim, não me sinto bem aqui, não me sinto bem com ele, eu tenho que tentar fugir.

-— Pronto? Nossa... — diz ele me olhando com os olhos brilhantes e uma cara safada e maliciosa. — Perfeito como imaginei que estaria. Agora arrume esse cabelo e faça uma ótima maquiagem, quero você toda para mim hoje.

— Quem diabos você pensa que é?

— Perdão?

— Isso mesmo? Acha que eu sou uma simples prostituta? Ah? Eu não sou dessas, eu não mereço estar aqui, eu não deveria estar aqui e você é um doente seu maníaco!

— Shhhhh. — diz vindo em minha direção com uma feição totalmente diferente. — Cuidado com a língua Brittney, que eu posso até cortá-la para que se cale. — vejo raiva em seu olhar sobre mim, engulo em seco. — Agora. Faça. O que. Eu. Mandei. — diz e saí batendo a porta.

Eu não posso me deixar ficar nessa droga de lugar, não posso! Faço a maquiagem com total desgosto e arrumo o cabelo. Sempre tive uma autoestima bem alta mas me olhando assim eu não vejo o mesmo brilho que eu tinha, eu não estava gostando do que via pela primeira vez, eu estava me odiando completamente pelo que eu estava fazendo.

Após terminar o "sinistro" entra no quarto e me agarra com uma brutalidade que nossa, vontade de chutar um lugar aí que ele necessita não faltou mas ele é o dobro do meu tamanho, tentei recusar seu toque mas foi impossível. Sou levada até um local completamente esquisito, passando por um corredor tem uma porta vermelha, ele dá uma última olhada como se dissesse "Se correr ou tentar fugir te mato!" mas apenas engulo em seco.

Ele abre a porta e me faz entrar, parece um mini bar, grande, com tons de vinho e vermelho pelo local, sofás da cor vinho, tapete, parede... A maior parte daquilo era vinho ou vermelho, luz led e o ar condicionado ligado deixava o lugar com uma temperatura muito agradável. Olhando pelo local vejo um mini bar com várias bebidas, e uma barra de pole no centro dos sofás.

— Sente-se.

— Por que me trouxe aqui? — pergunto.

— Primeiro sente princesa. — tenta tocar minha bochecha mas desvio o enervado mas ele permanece calado e vai até o pequeno bar.

O vejo servido dois shots de vodka, e pela marca é uma vodka bem cara, não bebia uma dessas desde que tinha uma amiga rica. Ele vem em minha direção e me entrega um dos shots, apenas o olho, imagina se tem veneno ali?

— Se faz favor ma déese¹. — apenas o ignoro. - Se acha que eu vou te envenenar está muito enganada, você me serve mais viva do que morta. Agora leva essa porra. — levo a bebida e viro de uma vez. Se eu morrer já sabem quem foi.

— Agora me explica, que diabos estou fazendo aqui?

— Bom... — ele se aproxima mas eu vou me afastando para trás. — Eu andei te observando por um tempo e simplesmente me encantei como nunca tinha me acontecido antes. Digamos que eu nunca fui o melhor com relações amorosas.

— Dá pra ver... — sussuro.

— Enfim, te vi e simplesmente te quis de imediato, você é simplesmente maravilhosa Brittney Hans, uma plena perfeição. — enquanto tento recuar evitando nossa proximidade caiu no sofá deitada e ele vem por cima de mim. — Desde a sua primeira atuação que eu quis sentir seu cheiro. — cheira o meu pescoço. — Sentir sua pele macia. - passa uma de suas mãos em minha perna nua. — Olhar em seus maravilhosos olhos esmeralda e sentir cada fio de seu cabelo negro como a noite.

Eu simplesmente permaneci calada e quase sem ar de tanto medo, eu não conseguia nem me mexer, cada toque seu me dava arrepios como se a qualquer momento ele poderia me machucar gravemente, suas palavras passavam pelos meus ouvidos como facas e a cada milímetro a mais que se aproxima sentia como se fosse infartar. Até que o mesmo olha profundamente em meus olhos e profere as palavras...

— Me apaixonei por cada centímetro de seu corpo, seu sorriso, seus olhos, sua boca, seu cabelo, eu te amo como nunca amei ninguém, eu simplesmente estou louco por você. Quero que seja minha, só minha, que mais ninguém tenha acesso a você a não ser eu... - volta a passar sua mão pela minha perda fazendo com que um arrepiado me suba pela minha espinha. - E eu quero que dance para mim, exclusivamente para mim, quero que me deixe mais excitado do que alguma vez estive, quero que satisfaça esse desejo que tenho por você.

Continua...

Tradução:

[Ma déese¹ - Francês, minha deusa]

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