🅁🄸🅅🄰🄸🅂 - Mateus Vital.

chapter 43.

mar, 21

Bianca Gómez

Já ia dar quatro horas da manhã e eu ainda estava acordada. Eu não sei se isso é excesso de preocupação ou apenas insônia; só sei que não é normal eu estar acordada esse horário.

Algo na minha mente me disse para eu ir olhar se Mateus estava dormindo e eu automaticamente aceitei.

Me levantei vagarosamente e andei nas pontas dos pés até o corredor. Primeiro eu parei para olhar Lucca e ele ainda dormia... vai chover!

Segui meu caminho e encontrei Mateus na sala. Ele ainda estava acordado e muito provável que esteja mexendo no Twitter.

— que susto, Bianca! — exclamou em um sussurro.

— foi mal. — gargalho levemente da sua expressão assustada.

— por que está acordada? — perguntou enquanto se sentava para que eu me sentasse do seu lado e assim o fiz.

— eu não consigo dormir. — suspiro tentando conter o choro... péssimos hormônios! — eu estou tão preocupada, eu não quero perder Jazmin e nem essas crianças... eles são minha vida, o que eu faria sem todas essas pessoas na minha vida?

— eu lamento muito por vocês estarem passando por isso. — ofereceu sua mão para eu segurá-la e eu sorri internamente, aceitando sua forma de me apoiar. — Bianca, quantas vezes você já foi forte? Quantas vezes você se sentiu mal e mesmo assim foi forte?

— foram muitas vezes, MUITAS. Mas dessa vez é diferente...

— não, dessa vez não é, e não será diferente. — me interrompeu. — você vai ser forte independente de qualquer decisão que seu irmão tiver em relação ao casamento dele, e se você se sentir mal eu vou estar aqui. Lembra que eu disse que pode sempre contar comigo?

— mesmo eu te xingando e implicando o dia todo?

— sim. Mesmo você sendo essa chata que você é, eu vou interpretar o papel de "melhor amigo" e vou te consolar toda vez que precisar. — sorriu confortavelmente.

Cara, eu odeio ter que dizer isso, mas amo tanto esse menino... a forma que ele sorri ao terminar uma frase ou me oferece todo o seu apoio quando é necessário... hmmm, eu quero ele.

— Mateus... — chamo pelo seu nome com a voz fraca. — você é incrível e eu não digo isso da boca para fora. Você me trás segurança, me passa conforto, me ouve quando eu quero desabafar, me aconselha quando eu estou prestes a fazer merda, me ama mesmo eu sendo essa maluca e tem paciência comigo mesmo eu não merecendo... obrigada por ser você.

— eu não sabia que te fazia tão bem... você é tão complicada que as vezes eu fico com medo de não te ajudar da forma como você quer. — riu fraco. —apesar dessa má fase que estamos vivendo, eu te amo e nunca deixaria de deixar claro isso.

— eu também te amo. — respiro aliviada.

O jogador se levantou do sofá sem pressa alguma e estendeu sua mão para que eu me levantasse também.

Me levantei calmamente com o apoio do brasileiro e em código morse; ele pediu para eu abraçá-lo.

Sem pensar duas vezes, joguei meus braços ao redor de seu pescoço, enlaçando o mesmo. Para isso, precisei ficar na ponta dos pés.