chapter 7.

1.6K 56 94
                                    

jan, 21

Bianca Gómez

— por que você é tão... esfomeada? — perguntou após eu pegar outra batata de seu lanche.

— porque comer é bom... — dou de ombros e ele riu. Continuei comendo suas batatas e o mesmo me encarou.

— pega logo tudo, vai! — disse me dando todas suas fritas.

— te amo seu lindo. — falo comendo.

— o interesse é foda. — negou com a cabeça enquanto ria.

— acha que meu irmão iria gostar de ver nós juntos? — mudo de assunto.

— não faço ideia... — suspirou. — acho que eu e você somos praticamente amantes; só podemos nos ver escondidos, não podemos contar de nós para ninguém, temos que ser espertos e guardar segredos que só o tempo pode revelar. Isso dói, mas é a verdade.

— e o que nós somos? — pergunto séria.

— nós somos Bia e Mateus; os rivais que eram para ser rivais, mas, se tornaram amigos. — sorriu sugestivo.

— somos Bia e Mateus... — repito quase em um sussuro.

— sim... — me encara.
Ficamos em silêncio por alguns segundos, até eu perceber que ele me encarava.

Rolei meus olhos pelo seu corpo, até chegar em seus olhos cor de mel; que me olhavam como se eu fosse a coisa mais preciosa que já tinham visto. Sorri internamente e meu coração se acelerou ao ver que Mateus desviou seus olhos para minha boca.

— você confia em mim? — perguntou sem quebrar seu contato visual.

— por que a pergunta?

— você confia? Sim ou não? — insistiu e abri um sorriso sincero e ansioso.

— confio. — afirmo.

Mateus quebrou a distância que havia entre nós e juntou nossas bocas em um beijo.
Na hora que nossos lábios se encontraram, foi como se tudo ao nosso redor parasse e só existisse nós.

Senti meus pelos se arrepiarem e minhas mãos/pernas começarem a tremer. No início, eu me assustei, mas depois, eu me senti segura com seu contato inesperado.

Senti minha respiração falhar e uma insegurança me invadir. Quebrei o beijo e Mateus me olhou confuso.

— não podemos... — nego com a cabeça.

— por que?

— você sabe... — encaro o escudo do Corinthians de sua camisa.

— ah... — era a única coisa que saiu de sua boca. Ficamos calados por alguns segundos e um clima diferente se instalou entre nós.

— aliás, você ouviu a música que te disse? — quebro o silêncio.

— ouvi, e eu amei essa música.

— ela é a minha música favorita... — suspiro. — ela me lembra uma pessoa que chegou em pouco tempo e já se tornou alguém especial.

— essa pessoa deve ser incrível...

🅁🄸🅅🄰🄸🅂 - Mateus Vital. Where stories live. Discover now