chapter 15.

1.2K 46 20
                                    

jan, 21

Bianca Gómez

— você não precisa dizer nada. Eu só quero saber; você sente o mesmo por mim?

— sim, Mateus Vital. O que nunca ninguém havia feito por mim, você fez em poucos dias... saiba meus sentimentos por você não tem medidas e muito menos explicação. Mas... eu não posso.

— isso é sério Bia? — arqueou sua sobrancelha.

— eu não posso fazer isso com o meu irmão, ele é a única pessoa que eu tenho.

— e eu?

— você também... mas, eu digo como família, sabe? Gustavo pode ser insuportável, mas foi o único que esteve ao meu lado todo esse tempo. — me explico.

— para de pensar só no seu irmão... você pode foder a Jazmin por conta dele...

— isso é culpa sua! — o interrompo. — se você não tivesse me mandado aquela merda daquele " oi " eu não estaria indecisa.

— ah, então vai colocar a culpa em mim? O problema é seu se você quis responder a " merda " do oi. — disse voltando sua atenção para a estrada.

— e agora estamos assim... por nossa culpa. — me viro novamente para a janela. Fecho os olhos e respiro fundo; isso vai passar, eu tenho certeza que vai passar.

— não adianta me ignorar, isso não vai resolver nossos problemas.

— você é idiota. — murmuro sem desviar meus olhos da janela.

— o que faremos? — perguntou perdido.

— seremos apenas amigos... isso não pode mais acontecer... nós não podemos acontecer. — digo tentando conter o choro.

— isso é sério? Você vai fazer isso com a gente? — perguntou irritado e apenas assenti com a cabeça. — droga, Bianca! 

— eu não sei o que fazer, ok? Eu estou com medo.

— e é por conta da porra do seu medo que não vamos para frente... olha Bianca, eu não te falo mais nada. — esbravejou.

— podemos ser amigos...

— depois de tudo que aconteceu? Acho impossível. — negou com a cabeça.

Um silêncio consequente se instalou entre nós; não era possível escutar nada, nem ao menos o barulho dos carros na avenida.

Meu coração está tão apertado... vai ser muito difícil, mas se for para o meu bem e o bem do meu irmão, é melhor assim.

Eu jamais me senti tão mal quanto estou me sentindo agora. Onde diabos eu fui me meter?

— bom... chegamos. — parou o carro à uma rua do condomínio.

— obrigada pelo jantar e pela carona. — sorrio gentil.

— obrigado por ser minha companhia, mesmo que você seja um pouco...

— burra? — o interrompo.

— sim.

— eu sei que sou. Me perdoa por isso, se quiser amanhã depois do seu treino podemos conversar... — proponho.

🅁🄸🅅🄰🄸🅂 - Mateus Vital. Where stories live. Discover now