17.

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Okay, eu só posso estar maluco. É isso. Não é possível Donyia estar exatamente aqui, agora e na minha frente.

- Donyia? - Pergunto para ter certeza de que meus olhos não estão me enganando. - O que você tá fazendo aqui?

- Pensou que ia se esconder por quanto tempo? - Ela cruza os braços e se passam trezentas perguntas por segundo na minha cabeça - Bora, não tô de graça, entra logo no carro.

Sinto raiva por ela estar aqui sem motivo algum e ainda me tratar feito um irresponsável de 15 anos.

- Não, vai embora. - Me viro e tento andar, mas tudo parece girar mais do que antes.

- Meu Deus, além de bêbado tá respondão. - Ela murmura e ouço sua voz mais próxima de mim. - Você tá indo onde? - Donyia pega no meu braço.

- Para casa. Me solta! - Tento me desvencilhar do braço dela e recebo um peteleco na parte de trás da cabeça.

- Você não sabe nem onde tá seu nariz, imagina o caminho de casa. - Donyia vai me levando até o carro enquanto esfrego minha cabeça no lugar do tapa que levei. Nem foi forte, mas minha cabeça parece oca.

Desisto de resistir contra Donyia, sei que ela está irritada e não vai desistir de me levar para casa.

Quando olho pelo retrovisor, noto que estávamos bem na frente do hospital. Até que não estava no caminho errado para a volta para casa, eu poderia ter voltado sozinho.

A pergunta que mais passa pela minha cabeça e sinto calafrio pela possível resposta é “Por que Donyia estava bem aqui no hospital?”.

Durante o caminho de volta para casa, o silencioso permaneceu entre nós dois. Eu me sinto envergonhado de ter sido encontrado no meu pior estado pela minha irmã. Não deveria ao menos ter saído, bebido até perder alguns sentidos e encrencado com Harry.

Ao chegar em casa, Donyia - que está mais calma que antes - me manda ir tomar um banho gelado e eu vou, já que não estou mais na posição de questionar qualquer ordem e nem tenho forças para isso.

Assim que volto, ela me entrega uma xícara de café tem quente, forte e amargo que nem tenho certeza se vou conseguir beber tudo. Porém, parece que Donyia tem todos o tempo do mundo e não vai abrir a boca para chegar onde realmente pretende até que eu o beba inteiro. E eu faço, demoro um tempo, mas assim que tomo o último gole e o coloco em cima da mesa de centro da sala, Donyia se vira para mim.

- Não vai falar nada? - Ela pergunta com os braços cruzados e com a voz branda.

- Vou falar depois de tudo isso? - Respondo dando de ombros. Talvez ainda tenha doses significantes de bebida correndo pelo meu corpo, eu sinto coragem de dizer qualquer coisa agora, mas ainda sim, não farei.

- Tudo bem então, já que não quer falar nada eu vou começar e vou começar respondendo pela sua pergunta do “Por quê estou aqui”. Eu tô aqui por que você passou a semana inteira sem dar 1 sinal de vida e eu já viria atrás de você por isso, já que eu liguei para Niall e o mesmo disse que não tinha notícias suas também.

Merda. Ela falou com Niall, eu deveria ter desconfiado disso. Donyia sempre liga para a casa dos Horan quando não consegue falar comigo.

- O seu melhor amigo, vizinho da frente da sua casa não tem notícias suas? Tinha realmente algo muito estranho e por isso eu já tinha motivo o suficiente para vir.

- Foi mal.

- Você só tem isso a dizer? - Eu assinto elá suspira fundo e me fita. - Tá bom, então eu mesma toco no assunto. Eu não vim até aqui só por isso. O hospital me ligou também - Ouvir isso fez todas as veias do meu corpo congelarem e minha respiração perder o ritmo. Ela sabe e eu não tenho mais como fugir - Era para você ter ido essa semana marcar suas sessões, mas você decidiu ignorar todo mundo essa semana. Então eles ligaram para o outro número que você deixou lá.

Stars - Ziam Where stories live. Discover now