Capítulo 15- Orgulho e desejo

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Olá, pessoal. Desculpem-me a demora em postar. Estou tendo uma semana complicada e está sendo difícil escrever os capítulos como normalmente faço. Não por falta de criatividade, e sim por falta de tempo e outros problemas pessoais que me atrapalharam essa semana. Eu sei que estou atrasada com minhas outras histórias também, mas, prometo atualizar aos pouquinhos. Tenham paciência comigo. E por favor, não deixem de comentar, pois é um incentivo enorme ao escritor quando seus leitores compartilham suas opiniões. Beijos, Rosana.



ANNE E GILBERT

Eram sete da manhã, e uma neblina espessa cobria toda Villa Vincenze, tornando as estradas que serpenteavam por ali um tanto perigosas para quem precisasse fazer uso delas para chegar aos vilarejos mais próximos, ou mesmo em suas casas.

Como em todas as manhãs, Gilbert estava sentando em seu escritório em companhia de uma boa xícara de café, e o jornal diário onde ele percorria os olhos avidamente nas páginas de economia e eventos locais que fossem relacionados com vinho. Havia sempre uma vinícola vizinha para visitar e comparar a qualidade da bebida com a sua, e também travar novas amizades de negócios, e ficar por dentro do que acontecia em todos os seguimentos que envolvia sua função como vinicultor.

Ainda era cedo para o café da manhã. e ele sequer estava vestido para o trabalho, mas, o rapaz apreciava ficar em companhia de si mesmo logo que se levantava da cama, pois assim podia ler seu jornal com calma e depois ir para a vinícola completamente informado de tudo o que precisava saber sobre o mundo dos investimentos e bolsas de valores.

Logo, ele já tinha devorado com os olhos todas as partes do jornal que lhe interessavam, e em seguida, se pôs a ler outras sessões apenas por curiosidade, e porque lhe sobrava bastante tempo até que tomasse um banho e fosse para a sala de refeições onde ele todos os dias tomava café em companhia de Anne.

A imagem da ruivinha se insinuou em sua mente como um fruto tentador demais aos seus sentidos, porém, Gilbert a expulsou para longe, pois não queria acabar com o excelente humor no qual acordara aquela manhã, e iniciar seu dia de forma tensa e estressante, pois nos últimos dias pensar nela era tudo o que conseguia como resultado de suas fantasias noturnas. Ele acordava insatisfeito, chateado e pronto para discutir com qualquer um que o tirasse do sério, menos com Anne, pois a ruivinha desenvolvera uma nova maneira de ignorá-la que o estava deixando louco.

Primeiro ela o cumprimentava educadamente assim que descia para o café, se fechava em um mutismo absoluto, e somente respondia por monossílabos o que Gilbert queria saber. Quando o assunto era sobre trabalho, ela não se incomodava nem um pouco em descrever cada detalhe minucioso das operações que desenvolvia com Cole, mostrando-se extremamente satisfeita com seu próprio desempenho, o que Gilbert ouvia fascinado por ver uma outra Anne surgindo por trás da sua rebeldia dos primeiros dias ali. Ela estava adquirindo um tipo de confiança em si mesma que também a transformava como mulher, o que o atraia terrivelmente e também lhe causava medo, porque com a criança rebelde ele sabia lidar e até ignorar se ela o irritasse demais, porém com a garota linda que ia pouco a pouco batendo suas asas e se transformando em um pássaro livre e extraordinário, ele pisava em ovos, tinha receio de deixar-se
envolver demais por seus encantos, e perder o autocontrole de si mesmo que ele levara anos para construir. Depois de Winifred, o Conde descobrira a duras penas a nunca mais se deixar levar por suas paixões, e nem permitir que qualquer mulher o enredasse em sua teia, por mais atraente que pudesse parecer.

Contudo, havia alguma coisa diferente em Anne que ele ainda não decifrara, e que apesar de seus dezoito anos, e nenhuma experiência na vida adulta a não ser a que Gilbert lhe proporcionara, ela conseguia fazê-lo se sentir totalmente abalado com um daqueles seus olhares ainda inocentes, intocados pelo mundo da dor e decepção. Anne ainda não sofrera as desilusões da vida que poderiam facilmente transformar toda aquela doçura em amargura, e se ele pudesse a manteria sempre assim, como quisera fazer com Diana, mas, infelizmente não conseguira, pois sua irmã por mais bem preparada que tivesse sido por sua mãe e por ele, não escapara do destino e conhecera o pior tipo de ser humano que pudesse existir para tirar-lhe a pureza. Não que o fato de sua irmã não ser mais virgem importasse. O que o magoava era que ela tivera sua primeira vez com um homem que não soubera apreciar e entender o quão valiosa ela era, e acabara grávida e abandonada. Por sorte, ela encontrara um rapaz que a amava de verdade e que queria dar um nome a sua filha.

Passion and Desire- Anne with an eWhere stories live. Discover now