Capítulo 2- A vingança é um prato que se come frio

374 43 34
                                    

Olá, segundo capítulo. Espero que gostem e me deixem seus comentários e votos. Eles me animam demais. Beijos.


GILBERT

Gilbert nunca dirigira tão rápido em toda a sua vida. Logo ele que sempre criticara Jerry pelo seu gosto por velocidade, se via naquele momento desesperado para chegar ao hospital. Ele não sabia quantas leis de trânsito tinha burlado, pois a única coisa que lhe vinha à mente era Diana lutando pela vida em um leito e hospital.

Ele olhou sua imagem no espelho retrovisor do carro, e o que via em seus olhos era medo. Nunca pensara que veria sua irmãzinha tão amada naquela situação, e ao tentar pensar em um motivo, ele não conseguia encontrar nenhum. Diana sempre tivera tudo o que uma moça em sua posição poderia desejar, estudara em bons colégios e estava se preparando para entrar em uma boa faculdade de arquitetura que era sua paixão, tinha bons amigos, liberdade para sair e se divertir. Então, Gilbert não conseguia entender o que se passara na cabeça dela para decidir que colocaria um ponto final em uma vida que estava apenas começando.

Será que ela fora acometida por uma depressão, ou outro sentimento negativo? E se isso ocorrera, por que ele ou sua mãe não perceberam que Diana estava com problemas? Ele ficara três semanas na França, e por isso talvez tinha deixado passar alguma mudança de humor dela, ainda assim, era difícil aceitar a ideia de que sua princesinha tinha preferido o vale escuro da morte do que se agarrar a luz e tentar resolver seus problemas diante de qualquer situação que a levara a aquilo,

Gilbert balançou a cabeça, e disse a si mesmo que se culpar pelo que Diana tinha feito não a tiraria do hospital naquele instante. Ele pisou mais uma vez no acelerador, e suas mão seguravam o volante com firmeza, e só respirou aliviado quando viu o prédio do hospital para onde Diana tinha sido levada, e inspirou profundamente. Em seguida, ele desceu do carro, trancou-o rapidamente, e quase correndo, ele alcançou a recepção onde conseguira descobrir após falar com a recepcionista qual quarto ela estava, e foi para lá quase que imediatamente.

O barulho de seus passos no chão frio do hospital sequer chamou sua atenção. Gilbert estava focado em um único pensamento, o qual o fazia rezar pela recuperação de Diana, desejando encontra-la em melhores condições do que imaginava que ela estaria. Ao alcançar o quarto que lhe fora indicado, ele viu sua mãe sentada em um poltrona perto da janela. Seu rosto bonito parecia cansado, e quando ela levantou o olhar, e se deparou com seu filho mais velho, seu rosto se iluminou, fazendo-a se levantar e ir de encontro a ele.

- Como ela está?- ele perguntou, beijando o rosto perfumado da mãe, enquanto seu olhar pousava em sua irmã deitada na cama com um tubo de soro espetado em suas veias, e uma palidez mortal estampava em seu rosto bonito e jovem que lhe causava calafrios.

- Ela está fora de perigo, o que o médico considerou um milagre depois da quantidade de remédios que tomou.- a mãe dele relatou com a voz trêmula.

- O que aconteceu, mamãe? Eu não entendo o que levou alguém tão jovem e cheia de vida como Diana a querer acabar com a própria vida.- A Condessa o olhou com um sofrimento que Gilbert não via no rosto dela desde que seu pai falecera a cinco anos., e respondeu quase chorando:

- A culpa foi minha. Eu não cuidei dela como devia. Talvez tenha lhe dado liberdade demais, porém aos vinte dois anos não achei que ela fosse ingênua a ponto de se deixar levar por uma paixão.

- O que está me dizendo, mamãe?- Gilbert perguntou cada vez mais confuso.

- Eu encontrei isso no quarto dela.- A condessa tirou do bolso de sua saía uma carta e a entregou a Gilbert, que a pegou, desdobrou o papel simples com a caligrafia arredondada de sua irmã e começou a ler.

Passion and Desire- Anne with an eOnde histórias criam vida. Descubra agora