TRÊS

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Lena aproveitava o domingo para passar um tempinho com o filho. Logan era tudo pra ela, era o amor de sua vida, e fazia de tudo para deixa-lo feliz.

O menino não tinha um pai presente, e evitava o máximo falar sobre o assunto. Lena nunca entrava nesse assunto em casa, era algo que tinha deixado em seu passando.

A gravidez foi uma gestação tranquila, e com muita ajuda do pai e do irmão, que sempre a ajudou com o filho. No sétimo mês teve complicações que não gostava de lembrar, pois o mesmo tinha trazido muita dor e sofrimento.

Olhando para o seu pequeno milagre, ali deitado ao seu lado, só de cueca - era como gostava de ficar,quando estava em casa - Lena tinha uma conversa seria com o menino sobre seu comportamento na escolinha. Era a segunda vez que Lena falava sobre aquilo.

- mais Momy, eu não gritei com tia Gaby - o pequeno Luthor disse alto olhando nos olhos verdes da mãe.

- Abaixe o tom de voz mocinho. - Pediu séria fazendo o garoto se encolher ao seu lado.

-Desculpa, momy - pediu por ter falado alto.

- Então você esta me dizendo que a tia Gaby, esta mentindo? - Logan balançou a cabeça negando - Então além de se comporta mal, você esta mentindo?

O menino nada disse. Lena se sentia frustrada com aquilo, e se perguntava aonde tinha errado. Sempre estava ali para o filho, nunca deixou de coloca-lo para dormir, nunca perdeu um jantar, e sempre tirava um tempo para brincar e passear com ele, mesmo que estivesse cansada ou cheia de trabalho.

- A avó grita com todo mundo, porquê eu não posso?

O menino de olhos esverdeados mexia na bainha da camiseta da mãe. Entendendo o do porque de tal comportamento, Lena suspirou derrotada, ela precisava com urgência conversa com a mãe.

A mulher tinha mania de dar ordens, e não pensar nas palavras, principalmente quando se tratava dos funcionários.

- Meu amor, não é legal falar alto com as pessoas. Você gosta quando alguém grita com você?

- Não, momy.

- Então pare com isso por favor. Você é um bom menino, e não precisava ficar imitando as atitudes de sua avó. Eu não quero mais ouvir reclamações de você, estamos entendidos?

- Sim.

- Ótimo. Segunda vamos pedir desculpas a tia Gaby, e a tia Wilson.

O menino assentiu abraçando a mãe. Lena trouxe o filho para cima de seu corpo, beijando todo o seu rosto.

- Eu amo você.

- Também, te amo, momy.

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No pequeno e aconchegante apartamento de Alex, Kara se divertia com a fofura de Luna, que dentro de seu quarto experimentava todas as roupas da mãe.

A loira adorava esses momentos com a filha. Luna era uma criança doce, que apesar de conviver com muitos adultos em sua volta, não era acostumada com crianças de sua idade, o que Kara estava trabalhando, com idas ha um parquinho em frente ao prédio. E a procura de uma boa creche próximo ao trabalho.

Danvers sabia o quanto era importante desses passos para a menina, queria criar sua filha como uma menina independente. Muitos pensam que uma criança com síndrome de Down não pode ter uma vida normal, e que o melhor para eles é estudar em uma escola para crianças "especiais". Mas muitos psicólogos indicam que eles estudem em uma escola regular, e a importância deles serem tratados como todas as crianças para eles não se sentirem diferentes. E sim iguais aos outros.

Eles (crianças com síndrome de Down) podem fazer faculdade, trabalhar como qualquer um, e até mesmo forma uma família. E Kara queria isso para a vida de sua garotinha, uma vida normal.

Luna mandou beijo para a loira deitada na cama, com a cabeça apoiada no punho.

- Agora dê uma voltinha pra, mamãe-pediu a loira que usava o óculos de descanso.

A mulher sentiu o celular vibrar ao seu lado na cama. Sem esperar desbloqueio o aparelho constatando ser uma mensagem de sua mãe perguntando da netinha. Kara apenas respondeu que a menina estava bem, e enviou uma foto de Luna com os trajes.

As duas não estenderam muito o assunto. A relação de mãe e filha estava abalado desda saída de Kara de sua casa, Elisa era contra essa mudança da filha com a neta.

Danvers ficou mais um pouco brincando com a filha, e depois a levou para jantar assim que Alex avisou que estava pronto. Além de ser uma ótima secretaria, a ruiva era uma cozinheira de mão cheia.

Conversaram sobre o trabalho, e Kara não parava de elogiar a sua mais nova chefe.

- Simpatia é a marca registrada dos Luthor's, tirando Dona Lilian -disse a ruiva afastando o prato ao ter terminado sua refeição.

- Lilian, é a mãe dela, certo?- perguntou a loira tentando fazer a filha a comer sua couve-flor.

- Sim. Para a nossa sorte, ela raramente comparece por lá. Hm, eu vou pro meu banho.

Alex arrastou a cadeira se levantando do lugar. A ruiva deixou a louça na pia, e voltou para deixar um beijo de boa noite na testa de Luna, e de Kara.

Kara não tardou a escovar os dentes da pequena Danvers, e coloca-la para dormir. A loira ficou feliz ao perceber, que a filha dormiu sem pedir por mamadeira.

Sem sono nenhum, a loira tirou o celular do carregador, e saiu do quarto com o óculos na mão. Ligou a tevê e colocando na netflix ,procurou por Orange Is the New Black, ainda estava no final da quinta temporada, pois assistia apenas quando Luna dormia.

Enquanto assistia deitada no sofá, coberta por uma manta, sentiu o celular vibrar. Imaginou ser a sua mãe mais uma vez, mas foi surpreendida com o nome de Lena na tela.

Lena: Boa noite! Para sairmos da rotina, nossa marcação de agenda será na cafeteria Mitchell's.

Kara: Onde fica?

Lena: Próximo ao Big Ben. Fica fora de mão, mas vale apena, a vista de lá é linda.

Kara começou a calcular quantos ela gastaria de passagem. O Big Ben ficava milhas de distância de seu apartamento. E de táxi sairia mais caro ainda.

E como se Lena lesse seus pensamentos.

Lena: Me mande seu endereço, eu passo te pegar

Kara : bairro ***

Lena: Até amanhã ;)

Kara: Até amanhã.

E ansiosamente, Kara contou os segundos para amanhecer. O que soou patético em sua cabeça.

E Lena não estava diferente. Sentia coisas que não conseguia entender, e muito menos explicar. Precisava com urgência que sua melhor amiga voltasse de viagem logo. Samantha Arias era a única de sua extrema confiança.


(N/a)

Vamos lá, como vocês perceberam se fala muito sobre Síndrome de Down, eu não sou nenhuma especialista no assunto. Se sem querer acabar passando uma informação que não coincide com o caso, mil desculpas e podem me corrigir por isso.

Espero de coração que vocês estejam gostando dessa história. ♡

Destino | KarlenaWhere stories live. Discover now