- Vocês são doidas, eles só não te mataram porque sabiam que vocês são propriedades de alto valor. - Repreendi a atitude dela e de Ayla.

- Eu sei, mas valeu a pena, porque eu vi um corredor escondido atrás de uma porta branca, que leva até uma fábrica deles de drogas que fica no subsolo de pet shop, o mesmo pet shop da van.

- Eles seriam tão burros de usar uma van com o nome da empresa que no sub solo tem uma fábrica?

- Mas seriam inteligentes demais se armarem dizendo que a van e roubada, sendo que na verdade eles mesmo pegou a van e mentiu que está roubada, ninguém nunca imaginaria.

- Verdade!

- Será que e a fábrica matriz?

- É ela, eu olhei um pouco pela porta e é enorme, e digamos que Ayla acessou um dos computadores dele e baixamos todo o mapa onde fica as outras fábricas subordinadas dessa. - Jasmine disse com um sorriso sapeca nos lábios e eu sorri.

- Está onde?

- Muito bem escondido.

- Chegam de papo suas cadelas, chegou a hora do leilão! - Beck falou alto e claro para todas nós ouvirmos, então parei de conversar com Jasmine.

- Chegou a hora de vocês me renderem uma boa grana, então levantem todas vocês e as mercadorias especiais vestem seus sobretudo, que os compradores estão ansiosos para verem vocês mexerem essa bunda na cara deles.

- Ela se acha com esse vocabulário baixo. - Jasmine disse rindo baixo e eu me segurei para não cair na gargalhada.

       Então peguei o meu sobretudo e vesti, agradecendo por ele ser quentinho já que eu estava já com frio daquele ar condicionado e eu de lingerie de renda. Dois capangas começaram a andar na frente e Beck nos guiou em uma fila única, e atrás havia mais dois bandidos.

- Entrem no palco, e sentessem no chão, na cadeira, segurem no poli dance, e lembressem quando a cortina abrir e a música começar, vocês tem que rebolar e seduzir aqueles mafiosos, se não eu vou lá e vou aplicar algo em vocês que deixaram vocês mais acessas que árvore de Natal. - Beck comentou seria e de cara fechada.

- Como você acha que iremos dançar se a cada movimento que eu faço, doi o meu corpo todo? - Ayla perguntou seria e com ironia e deboche na voz.

- O problema é seu, ou você dança ou a droga fará efeito neste teu corpo.

- Vão, agora! - Beck gritou alto.

      E todas nós entramos no palco, que estava com as cortinas ainda fechadas e algumas sentou em umas cadeiras e outras ficaram em pé, tentando segurar o choro, porque os olhos já estavam marejados de lágrimas.
      Observei que Ayla se sentou no chão, enquanto Céline sentou na e Jasmine ficou em pé, igual a mim.

- Está preparada? - Perguntei para Jasmine que estava perto de mim.

- Nem um pouco, e você?

- Só queria fugir daqui neste momento. - Falei sentindo o meu corpo todo tremer.

- Somos duas então.

- Ainda lembra de algo das aulas de dança?

- Acho que lembraria se não tivesse homens atrás de nós com metralhadoras e mafiosos na nossa frente querendo nos comprar como propriedades, além de ter que dançar pra um bando de desconhecidos e o meu marido com raiva de mim por eu tentar fazer o certo. - Jasmine desabafou baixo olhando para cada canto, para ter certeza que ninguém ouviu o que ela disse.

- Queria te falar palavras reconfortantes, mas neste momento minha mente não está funcionando muito bem.

- Acho que a melhor coisa neste momento e fazer a mente não funcionar é apenas dançar, porque e melhor dançar consciente do que drogada.

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