ᴅᴇsɪʀᴇ ᴀɴᴅ ᴀᴍʙɪᴛɪᴏɴ | sᴛᴇᴘʜᴇɴ sᴛʀᴀɴɢᴇ

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Ela não gostava se sentir o que estava sentindo no momento. Era um sentimento ridículo que a fazia sentir-se totalmente entregue à Stephen, e até os simples olhares e movimentos do homem faziam com que o coração dela acelerasse sem motivo aparente.

E obviamente Stephen se sentia da mesma forma.

— Procurando por algo?— ele sorriu para a mulher, observando com muita satisfação o quanto ela parecia vulnerável com a sua presença ali.

— Só um livro de magia específico.— ela respondeu simplesmente, virando-se de costas enquanto voltava a revirar a estante apenas para não precisar encarar Stephen nos olhos.

— O livro de Fundamentos da Magia? Acredito que você está segurando ele.

S/N paralisou e olhou para suas mãos, que seguravam o exemplar empoeirado do extenso livro que ela estava à procura. Maldito seja esse homem!

Ah, sim.— ela riu de modo nervoso, tentando não transparecer o nervosismo no seu tom de voz.— Muito obrigada, Strange.

Ela deu dois passos na direção da saída, pronta para fugir dali em disparada. Mas Stephen fora mais rápido e abriu um portal na sua frente, saindo pelo mesmo enquanto caminhava na direção da mulher, que havia recuado uns bons passos para trás em uma tentativa falha de se afastar do homem.

— O que é isso?— ela questionou confusa, tentando inutilmente desviar do mago que continuava a avançar na sua direção, deixando-a sem saídas.

Quando suas costas tocaram a parede de pedras da biblioteca ela simplesmente paralisou, sentindo o olhar de Stephen queimar sobre seu rosto. Não conseguia se mexer ou sequer usar sua magia para sair daquela situação sufocante à qual estava sendo acometida, e isso estava a deixando levemente desesperada. Ser encurralada e derrotada eram as coisas que a mulher mais odiava no mundo.

Stephen, por sua vez, só conseguia pensar em o quanto S/N ficava mais atraente quando estava sem reação e totalmente submissa à sua aproximação, paralisada em algum tipo de transe aparente.

Quando a distância entre os dois sumiu por completo e o rosto de Stephen estava a centímetros do da mulher, ele abriu um grande sorriso de admiração, passando seu olhar pelos lábios e pelo pescoço nu da mesma, que mostravam o máximo da sua pele sensível e arrepiada no momento.

Mesmo sem querer, S/N havia gostado na sensação.

— V-você...— a mulher tentou intervir, mas havia se esquecido como se formulava uma simples frase. A onda repentina de adrenalina que corria por todo o seu corpo no momento era uma das melhores sensações que já havia prestigiado; seu corpo inteiro pareceu vibrar no instante em que o dedo indicador de Stephen tocou os lábios entreabertos da mulher, indicando silêncio.

O toque do homem era calmo e delicado; não do tipo que faz com que você queira se afastar, e sim aquele que faz com que queira mais. Stephen ergueu lentamente o queixo da mulher com a ponta dos dedos, fazendo com que ela olhasse diretamente para ele.

Em questão de instantes, algo similar a uma explosão aconteceu dentro do peito da mulher.

Por que agora tudo fazia sentido. Porque ela estava apaixonada; quanto mais Stephen a importunava, mais interessada por ele a mesma ficava. Porque, desde o dia em que pôs seus olhos no homem, soube que sua arrogância e impertinência iriam causar sérios problemas. E aí estava: ela não queria admitir, mas não podia deixar de notar a tensão e a atração que se instalava entre ela e Stephen todas as vezes que se encontravam, desde o dia em que se conheceram. Porque S/N sabia da "antiga" vida do homem, e sabia o quão ambicioso e debochado ele havia sido— e com certeza ainda era. Ela parecia entender cada motivo para que que Strange fosse como ele era atualmente, e isso fazia-a se sentir muito mais próxima do homem; até mais do que ela mesma gostaria

Enquanto isso, Stephen só conseguia pensar em quanto S/N era muito mais atraente de perto.

— O que os seus livros sobre os conhecimentos de poderes e manipulações dizem sobre o amor?— Stephen sussurrou próximo à boca da mulher, arrancando um suspiro entrecortado da mesma em resposta.

— Não sei. Eu ainda não cheguei nessa parte.— S/N respondeu, engolindo em seco.

— Deveriam colocar isso na primeira página.

— É. Deveriam.

Stephen inclinou sua cabeça lentamente para frente e a mulher teve a total certeza de que iriam realmente se beijar. Ela fechou seus olhos e, ainda apertando o livro de magias contra o peito, deixou-se levar pela sensação prazerosa dos lábios se Stephen tocando os seus, iniciando um beijo lento e suave. Quando o homem levou as mãos até os quadris da mulher e os apertou de leve, puxando para mais perto, S/N perdeu toda a dignidade presente dentro do seu corpo. E, aparentemente, Stephen também.

Ambos não queriam admitir, mas todo o desejo acumulado desde a última vez em que quase se beijaram foi atendido quando suas bocas começaram a se mover de modo necessitado, aumentando a fricção dos corpos. Quando separaram os lábios em uníssono, foi para trocar olhares admiráveis e cheios de desejo e ambição.

— Vou precisar usar o Olho de Agamotto para voltar no tempo e reviver esse momento inúmeras vezes.— Stephen sussurrou, deixando escapar um sorriso ladino nos lábios.

A mulher sorriu em resposta, baixando seus olhos para o peito de Stephen onde estava o amuleto mágico, sentindo o seu coração palpitar.

— S/N! Onde você está!?

A mulher arregalou os olhos, desvencilhando-se do corpo de Stephen enquanto tentava se recompor do que havia acabado de acontecer. Quando Wong adentrou na biblioteca em passos largos e pesados S/N já havia voltado a revirar os livros na estante de modo descontraído, como se tivesse permanecido lá o tempo todo.

— Achou o livro?— ele questionou de modo impaciente, aproximando-se da mulher.— O que está fazendo aqui, Stephen? Era para você estar treinando com o Barão Mordo.

— S/N precisou de ajuda e eu vim atendê-la.— Strange respondeu simplesmente, entrelaçando as mãos atrás das costas enquanto abria um grande sorriso cínico.

Você? Ajudando ela?— Wong indagou desacreditado, negando lentamente com a cabeça.

— Para certas situações até os melhores magos precisam de uma ajudinha.— S/N interviu, piscando de modo disfarçado para Stephen.

O homem sorriu, sentindo todas as suas estruturas internas se desfazerem por completo. Agora ele finalmente sabia que não restava mais dúvidas; aquela mulher astuta e graciosa havia o pegado de jeito, deixando-o, pela primeira vez, sem saber o que fazer a respeito.

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