ᴅᴇsɪʀᴇ ᴀɴᴅ ᴀᴍʙɪᴛɪᴏɴ | sᴛᴇᴘʜᴇɴ sᴛʀᴀɴɢᴇ

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Trechos desse imagine foram retirados da minha outra obra que eu enterrei a sete palmos debaixo da terra e nem pretendo postá-la mais uma vez. Peço imensas desculpas se alguém ainda acompanhava aquilo, mas eu não conseguia mais escrever para aquela obra. Eu comecei ela como imagines que teriam apenas uma linha temporal única, uma história contínua, mas aí percebi que não gostava de me prender somente à uma história. Enfim, pretendo trazer alguns imagines daquela obra para cá, e caso alguém lembrar de algum em específico pode pedir que eu tento adaptar em um único capítulo aqui. 

Ninguém podia contestar que S/N era a mais poderosa daquele lugar.

Astuta, respeitada e dominante. Ela poderia ser facilmente definida por apenas essas poucas palavras. A Anciã a considerava praticamente a sua filha antes da sua morte e, com esse fatídico acidente trágico, S/N passou a ser a encarregada do Templo. Orientava e treinava as muitas pessoas que apareciam ali sem rumo e as fazia acreditar que tudo ainda tinha um propósito; seu treinamento era um completo mistério, assim como ela mesma. Até mesmo para Wong, que era seu fiel ajudante e companheiro desde o exato momento em que a mulher ficou encarregada do importante cargo de representante da Anciã. Era uma tarefa árdua e extremamente cansativa algumas vezes, mas S/N realmente sentia que estava se saindo muito bem isso.

Até que, em um dia normal como qualquer outro dentro do Templo— se é que normal incluía conjurar portais para os mais diferentes lugares e usar poderes místicos para atividades simples do dia a dia—, o grandiosamente renomado e extremamente arrogante ex-neurocirurgião Stephen Strange caiu aos pés de S/N e, após pôr sua estupidez e aspereza em prova, Strange finalmente percebeu que quem iria pegar no seu pé durante toda a sua estadia ali seria a poderosa e astuta mulher. Ele realmente gostaria de dizer que não havia ficado feliz ao saber disso. Mas seria uma completa mentira.

E embora ninguém — literalmente ninguém— gostasse muito de admitir, Stephen havia evoluído bastante em comparação aos outros alunos ali no Templo. Entretanto, o que ele tinha tinha de talento e persistência, tinha de deboche e arrogância.

S/N e Stephen haviam se tornado bons amigos conforme os dias foram passando, e isso se dava pelo fato de que a mulher sabia exatamente como lidar com o temperamento Strange da maneira certa, e isso incluía geralmente ignorá-lo por muito tempo até que ele parasse de falar e finalmente percebesse o quão inconveniente estava sendo. Funcionava na grande maioria das vezes. Outras, nem tanto.

Totalmente absorta em seus pensamentos enquanto procurava por alguns livros nas extensas e monstruosas prateleiras da biblioteca, S/N nem notou quando Stephen aproximou-se em total silêncio dela, observando todos os seus movimentos com muita atenção. Enquanto ela passava os dedos pelas lombadas dos livros de magia dispostos na grandiosa estante Strange estava escorado em uma mesa mais ao fundo do cômodo analisando cautelosamente a expressão concentrada no rosto da mulher, assim como seus traços mais marcantes e sua fisionomia notável.

Quando S/N notou a presença de Stephen ali acabou por se assustar e rapidamente largou um pesado livro de magia no chão, fazendo com que o barulho estridente ecoasse pela biblioteca silenciosa. Ela pigarreou de modo disfarçado e recolheu o livro do chão, apertando-o contra seu peito enquanto olhava para Stephen, subitamente temendo a sua presença ali.

Mesmo que S/N não quisesse admitir, havia algo tentador no meio da amizade dos dois magos; algo como uma paixão, fervescente e sigilosa, que fazia com que cada palavra dita e cada momento juntos se tornasse algo incrível. Infelizmente — ou felizmente— isso já havia se tornado algo que ambos sabiam exatamente o que era, só não sabiam exatamente como iriam dar o primeiro passo.

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