Suspiro {Jjk+Pjm}

É

— Você não deveria propor coisas que não sabe o que significa, Ji. — depois de minutos caçoando do tritão e afogado em gargalhos; advirto-o, segurando meu abdômen dolorido.

— Só pareceu uma palavra legal... Por que está rindo tanto? — Contesta enrugando a testa. Cubro os lábios, tentando me recuperar.

— Só foi uma péssima escolha.

— Por que?

— Um romance é uma ligação muito forte, Ji, acho que não entenderia.

— Creio que a pessoa qual não compreende aqui, é você, lua. — pleteia eretando a postura, um bico fecha-se nas partes cheinhas dos lábios insatisfeito. Fico segundos estático com tal reação. 'Que fofo.

— Talvez tenha razão. — sou sincero, os lábios já estavam abertos antes mesmo que eu pudesse pensar em falar. Inclinando levemente a cabeça, por um habito conhecido, encaro meu corpo. Preciso de um banho. Constato voltando a fitar Park Jimin, qual absorve uma expressão tristonha, mirando a própria barbatana. — O que houve? — indago sem receber um resquício de atenção.

— Não sei o que fazer... — admitiu quase incompreensível. É minha vez de apoiar os braços cruzado na beirada da banheira, o dorso da destra recebe meu queixo com leveza.

— Está se referindo a sua barbatana? — ele consente.

— Sim... Eu não vou conseguir nadar.

— Não?

— Vivemos em uma camada profunda do oceano. Pra ficar mais fácil, é no meio termo entre a "Zona abissopelágica" e "Zona hadopelágica".

  ' Isto foi pra facilitar minha compreensão? Não sei se estou cético. Sou péssimo em ciência, biologia, geografia; seja lá do que este assunto trata-se.'

— Como isso aconteceu com você? — questiono o que tanto quero porém o ressentimento qual sinto ao ver pelota tão amargurado não faz a pergunta valer a pena.

— Eu vim ver os tubarões...

— ver os tubarões?

— Já que a maré baixou, eles vieram pra uma temporada de caça.

— Então vocês também chamam assim?

— Como?

  Balanço a cabeça, disposto a deixar tal comentário de lado.

— Esquece, apenas continue.

— Certo. Eu só vim dar uma olhada em como tudo ia quando uma rede enorme me prendeu.

— Malditos pescadores! Você perdeu a barbatana tentando escapar?

— Não sei ao certo, muita coisa aconteceu, algo chocou-se com muita força contra minha cabeça antes de eu ter consciência que tenha conseguido fugir. Foi quando avistei-te.

'Entendo.

— Estou admirado que tenha nadado tanto.

— Mas não vou mais. — sussurrou, os ombros coibiram-se antes de sobressaltar em um soluço. Lágrimas como as de qualquer ser humano deslizaram pelas laterais do globo ocular pequenino, o que fez as barreiras de meu coração parecerem apertadas. — Está acontecendo de novo, meu olho tão vazando! O que faço!?

  Perguntou com a linha da testa alvoroçada, tremendo similar sua cabeça, só que essa, de maneira sutil, enquanto variava entre demonstrar desespero, medo, e tristeza. Aqui dentro está tão apertado, meu coração está com tão pouco espaço. O tritão encara-me sem desviar um segunda, confuso. Um ser que nunca tinha compartilhado de tal tristeza, encontrava-se embebido nela pela segunda vez perante a mim. Talvez o problema esteja na 'superfície'; sentimentos ruins só são atrelados aos humanos; parece-me isto. Você parece demais pra estar aqui, Park Jimin.