Meus

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Narrador ON

    Ele nunca tinha sentindo-se daquele jeito.

   Jungkook, acreditava que em todos os seus anos de vida tinha mais a ensinar do que aprender.

  Nunca que iria concluir estar tão errado como neste instante...

  Este, no qual sua destra segurava firme em uma das cadeiras do laboratório, jogando as pernas canuladas dela diversas vezes contra a cabine de água onde estavam armazenando pelota. A sirene do alarme era alta, as luzes de brancas, ofuscavam em um vermelho sangue mas nada disso importava.

   Como no dia em que pedalou fortemente naquela chuva atrás de Nila, o surfista não controlava a raiva; bateu no vidro ainda mais convicto até que ele partisse e jorrasse parte da água contra os estilhaços a baixo de sua chinela, apertou a cadeira ainda mais forte no último impacto. Foi quando eclodiu. O corpo do tritão caiu aos seus pés em meio toda aquela água, ele agachou-se tirando o respirador, as tantas agulhas pelos braços, elotroudos presentes no peitoral de pelota.

  Do outro lado da porta emperrada por armários, mesas quais Jeon jogou na frente, o grupo de pesquisadores estavam desesperados em ver que seu novo projeto estava sendo ameaçado. Seguranças do local sacaram armas, correram ao segundo andar o mais rápido que puderam desde o instante qual o alarme tocou.

— Ji!? Ji!? — chamou desesperado, os dedos roçaram pelo rosto escamoso do tritão. Mas não havia reação alguma, nem mesmo dos cílios, as guelras estavam em um cinza escuro coladas nas orelhas pontuadas. — Jimin... Por favor...

  O surfista sabia que não adiantava clamar. Fortemente segurou a baixo da calda de sereia, as costas mais magras do que a própria pele recordava de sentir, então se ergueu. Não havia saída, chutes despejados na porta automático uma hora iriam romper o que aquele amontoado de móveis jogados lá estavam evitando. Aterrando o nariz pelo pescoço repleto de brânquias do tritão, Jeon caminhou até as janelas de vidro do laboratório. Sua atenção foi ao chão do primeiro andar, a mata avantajada, o caminho que teria que percorrer até a guarita. Pensou o quanto inútil aquilo poderia ser na mesma medida qual concluiu que iria tentar. Encarar o rosto de pelota desacordado certamente era mais doloroso do que se imaginar na cadeia ou quebrando uma perna.

   Rápido ele destravou a parte que evitava arrastar o vidro a esquerda, liberando a seus dedos a sensação de não se estar mais na cerâmica, mas sim do nada. Agora ele encarava sem divisão alguma o chão do primeiro andar.

   Seus ombros recolheram, o corpo abaixou um pouco quando de repente um disparo foi proferido atrás da porta. Os pesquisadores iriam entrar. Segurou mais forte seu tritão por concluir, os lábios foram mordidos, a distância não parecia tanto se pulasse na grama e do jeito certo. Mas quem disse que teria tempo? Foi só se preparar, apoiar o corpo do tritão sobre os ombros que outro disparo atravessou a entrada do laboratório, e mesmo que não tivesse sido nesta intenção, acertou sua panturrilha.

O surfista de cidade pequena, nunca nem sequer havia visto uma arma na vida. Sentir a bala entrando em contato com sua pele o apavorou, seu corpo saltou do segundo andar, caiu com tudo no primeiro. O estalo do seu joelho forçado pelos calcanhares que encontraram o chão antes de entrar em contato com a grama, como o rosto de Jungkook contra o asfalto, só não foi mais alto que o barulho da porta automática arrastando os móveis quebrados, sendo aberta.

Suspiro {Jjk+Pjm} Where stories live. Discover now