33- Começo de uma grande aventura

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A madrugada passada foi difícil; não consegui pregar o olho. Logo cedo, todos já estavam de pé para embarcarmos na missão. Faltava apenas James e a família chegar. Resolvi sair para dar uma volta e escapar da agitação que estava dentro do palácio. Oscar logo se ofereceu para me acompanhar, parecia tão incomodado quanto eu.

— Já falou com seu pai? - Ele perguntou.

— Sim. E o humano, vai mesmo com você? - Perguntei, enquanto observava pequenos lobos brincarem no gramado.

— Sim, ele sabe como funciona cada coisa dentro daquele prédio, será de grande ajuda.

— Falei com ele mais cedo.

— O que ele disse?

— Implorou para que eu salvasse a amiga.

— Serão longos dias para conseguirmos libertá-los... se ainda estiverem vivos. - Oscar parecia aflito.

Olhei para ele.

— Vamos ser confiantes. - Coloquei minha mão sobre seu ombro, e ele a beijou.

— Sim.

Um carro parou em frente ao palácio. Dele saíram James e a família, todos em passos bem formais. Denise, ao me ver, revirou os olhos.

"Eu mereço."

— Olá, como vai, Aurora? - Perguntou Celina ao parar em nossa frente.

Apertei sua mão e a do marido.

— Muito bem.

— Onde está Lucian? - Perguntou James.

— Lá dentro, com os outros. - Respondeu Oscar.

— Ótimo, se nos der licença, vamos falar com ele.

— É claro. - Disse.

James e Celina logo passam pelos portões, deixando somente eu, Oscar e os filhos.

— Está melhor, Aurora? - Benício se aproxima.

— Sim, foi só um mal-estar.

— Fico feliz que esteja bem...

— O carro está cheio de malas. - Denise o interrompe. - Será que você pode ir chamar um criado? - Ela se dirige a Oscar como se ele fosse seu serviçal.

— É cla...

— Não. Ele não pode. Mas você pode entrar lá e chamar um.

Sorrio sem humor.

Ela me encara com desdém e logo depois lança um sorriso forçado.

— É claro, eu já estava indo pra lá mesmo.

— Ótimo.

— Até porque eu quero ver Lucian. Ai, aqueles olhos dourados - ela suspira - deve estar louco para me ver, depois do beijo que nos damos ontem. - Ela parecia saborear cada palavrinha.

"Beijo?"

— Um beijo? - A encarava séria, e sem que quisesse, fiz os portões tremerem.

Todos me olham.

— Sim, Aurora, um beijo que...

— Um beijo que você roubou e não foi correspondido. - Lídia aparece entre nós comendo uma maçã.

Denise fecha a cara e cerra os punhos.

— Bruxa.

— Sim. Como vai, Denise?

Ela não responde e entra no palácio, pisando duro. Poderia apostar que ela nos esquartejava em pensamento.

— Me desculpe por minha irmã. - Disse Benício se retirando envergonhado.

Lobos- Encontro De Almas| Livro 01| Concluído| Livro Físico Em BreveWhere stories live. Discover now