Truce

154 14 4
                                    


— Não gosto do Sprout, você deveria tomar cuidado com ele – afirmou Riddle, enquanto caminhava com Ilka.

— Eu não gosto de horcruxes, mas parece que você não deu muita moral para isso – retrucou a garota, frustrada.

— Dá para parar de ficar mencionando isso em voz alta? – Repreendeu, irritado.

— Ok, desculpe. Mas qual é o motivo da sua aversão ao Leonard? Ele me pareceu bastante simpático hoje.

— Sua reputação pode começar a cair, afinal, de mestiço que conversa com você já basta eu – começou, enquanto desacelerava o seu passo e procurava algum lugar para sentar-se. – Sprout tem uma má fama, principalmente entre nós da Sonserina, ele é extrovertido, amigável demais com todos. Gente assim não é confiável, pode ser um iniciador de boatos. Entende?

— Quer dizer que por ele ser educado com todos ele é um fofoqueiro? Você já teve argumentos melhores Riddle.

Tom pareceu incomodado com toda a defensoria que a Grindelwald dava ao Sprout, não esperava que ela fosse ser tão fiel a alguém que havia acabado de conhecer. Ambos decidiram sentar-se no pátio da torre do relógio, pois ali existiam alguns bancos e os alunos ainda não haviam tomado conta completamente do espaço, já que a sua grande maioria ainda estava em aula.

— Gostaria de pedir desculpas pela minha impulsividade ontem e hoje, sinto que acabei lhe atingindo diretamente com minhas ações – se desculpou Tom, de cabeça baixa.

— Olhe para mim enquanto fala, por favor – pediu Ilka e o rapaz levantou a cabeça para encará-la. – Você entende por que fiquei tão frustrada com seu pequeno experimento, não entende?

— Acredito que seja pelo fato de não ser uma adepta da ideia, e por ter sido tudo muito arriscado.

— A alma é a essência de um bruxo, Tom. É o que nos torna o que somos, o que molda a nossa personalidade. Toda vez que usamos uma maldição, principalmente as que envolvem assassinato, é como se nossa alma recebesse uma pequena fissura, o que nos prejudica até mesmo fisicamente, tira a nossa essência aos poucos, olhe para mim como exemplo – explicou, referindo-se aos seus olhos dourados, que não costumavam ser assim, não parecendo de orgulhar. – O que você usou com aquela garota para conseguir transformar o seu diário foi simplesmente brutal, não causou somente uma fissura... Fragmentou parte de sua alma.

— Eu sei, eu senti – revelou ele. – Mas eu precisava fazer. Você sabe o que eu almejo, e talvez não surgisse outra oportunidade como aquela tão cedo. Eu o fiz porque eu queria, e sabia das consequências.

— Tudo bem, eu não vou mais lhe julgar por isso. Você já sabe o que eu penso sobre, não vou mais ficar chateada porque você tentou atingir seus objetivos, nós temos opiniões de caminhos diferentes a serem seguidos. E se você acredita que esse é o melhor para seguir, não vou tentar intervir. Estamos resolvidos? – Perguntou Ilka, levantando-se e lhe esticando a mão, com o objetivo de selar a paz dos dois.

— Você sabe que estamos – respondeu ele, levantando-se e abraçando-a, ignorando o braço esticado. – Aliás, você sabia que seu sotaque fica mais evidente quando você está brava? – Tom brincou, tentando irritá-la.

— Mentiroso! – Ela riu em retorno.

E os dois seguiram, finalmente resolvidos, rumo ao salão principal, pois já estava escurecendo e muito provavelmente o restante da escola já começava a se reunir ali para o banquete de jantar.

Quando Tom e Ilka chegaram ao salão principal, o local já estava bastante cheio, com poucos lugares disponíveis na mesa de Sonserina. Riddle foi para a ponta da mesa, sentando-se perto de Abraxas Malfoy e Alphard Black, deixando que a garota se sentasse mais para o centro, perto de sua amiga Macmillan.

I M P E R I U Sजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें