Oliver sempre soube muito pouco sobre o pai, sua única informação se resumia ao fato dele ser um estrangeiro que engravidou sua mãe e desapareceu sem deixar rastros. Após anos desaparecido seu pai ressurge de maneira inesperada e em um momento de g...
— Não estamos fofocando. Apenas perguntei ao Noah como estava a patrulha — gritou Hussein.
— Vou fingir que acredito — respondeu Farid — Noah, vamos trabalhar! Ao contrário desse velho comedor de porcaria, nós temos que patrulhar.
Noah sorriu para Hussein, o rosto furioso do velho ficou muito engraçado.
— Até logo, Senhor Hussein! — se despediu Noah.
— Até logo, Noah — respondeu Hussein.
Noah e Farid voltaram a caminhar lado a lado pela longa rua repleta de mansões, enquanto Farid parecia dar uma bronca que duraria quase toda a noite.
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Hussein fechou a cabine e esfregou as mãos uma na outra. No exato momento que sentou o portão automático começou a se movimentar sozinho. O botão vermelho no painel acendia como se tivesse sido acionado por ele. Parecia que acidentalmente ele havia aberto o portão automático de ferro.
Hussein esperou o portão terminar de abrir e tentou fechar. Para sua surpresa nada aconteceu.
— Não acredito que essa porcaria quebrou de novo.
Hussein colocou um casaco e saiu da cabine, caminhou até a trava e começou a chutar o portão que agora estava totalmente escancarado. O estranho movimento chamou a atenção da dupla de policiais que faziam a tradicional segurança do outro lado da rua.
— O que aconteceu? — perguntou um dos policiais saindo da viatura.
— Acho que essa porcaria quebrou de novo! — gritou Hussein.
— Espera ai vou tentar te ajudar — respondeu o policial.
No rádio a voz da central solicitou que ambos os agentes fossem averiguar uma possível invasão em uma mansão a três quadras dali.
— Você vai ficar bem? — perguntou o policial antes de entrar novamente na viatura.
— Eu vou! O pessoal da patrulha interna vai me ajudar com isso.
Os policiais partiram para averiguar a ocorrência. Hussein olhou no relógio, eram 00:12. Já estava começando achar tudo muito suspeito quando a máquina do portão pareceu dar um tranco rápido, como se algo a estivesse travando. Hussein se aproximou da catraca, foi nesse momento que sentiu um soco no peito, em seguida o calor no local ficou insuportável.
Ao pôr a mão no local do impacto ele não acreditou... Era sangue?! Ele tinha sido baleado?!
Sem força nas pernas, Hussein caiu. Uma van com faróis acesos saiu de uma esquina e parou ao seu lado. Ao abrir a porta, dois homens armados com fuzis equipados com silenciadores o arrastaram para dentro da cabine e o amarraram na cadeira usando algema de plástico. Para alguém do lado de fora, havia a aparência de que ele estava sentado observando as câmeras.
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O grupo entrou novamente na van e fechou o portão por controle remoto. A van seguiu seu caminho pelas ruas do complexo residencial. Dentro da van, seis homens e uma mulher faziam planos e olhavam o mapa projetado em um tablet segurado por ela. Todos estavam mascarados.
— Daryna, me diga por que entramos pelo portão da frente? — perguntou um dos homens para única mulher do grupo.
— Porque por incrível que pareça é o local menos vigiado e com menos sensores. A propriedade do barão é cercada por todo o tipo de vigilância, exceto na entrada principal — respondeu a mulher — eu também não gostei, tem noção de como foi difícil hackear o sinal do portão.
— Eu também não queria ter que balear aquele velho, mas foi necessário. Serão US $200.000 para cada um, então nós temos motivo o suficiente para fazer isso — disse um dos homens encapuçados.
A van parou ao lado de uma viatura policial estacionada próximo a entrada da mansão Rapidamente um dos homem atirou nos dois policias que faziam a segurança do local. Em seguida o veículo foi conduzido até o acesso a propriedade do Barão de Monte Noire, também conhecido como Mikhail Wong. Daryna pegou seu notebook e fez sua mágica novamente antes que o portão também fosse aberto.
— Desativou o alarme? — perguntou o homem que havia atirado no vigia.
— Aleksey, eu sei fazer meu trabalho — respondeu Daryna.
A van entrou calmamente pela pequena estrada da propriedade até que por trás das árvores que protegem a residência de olhares mais curiosos a mansão foi descortinada.