Vision

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Abro lentamente os olhos, entrando no meu campo de visão algumas imagens desfocadas que com o passar de algum tempo começam a ficar mais nitidas. Suspiro ao sentir o meu corpo normal, pois isso significa que não me aconteceu nada de mal.

Sinto a minha cabeça á roda, devido á substância que o meu progenitor inseriu no meu corpo a noite passada.

A primeira coisa que vem á minha cabeça e em quem penso rapidamente é Ashton. Como é que ele está? Será que está muito magoado? Provavelmente sim, pois o meu pai bateu-lhe. E bateu-lhe com bastante força.

Olho á minha volta e dou conta que este não é o meu quarto. As paredes são todas brancas, assim como todos os móveis neste. A meu lado direito, a parede estava cheia de janelas, onde o brilho do sol conseguia penetrar para dentro do compartimento. A cama onde estava deitada era pequena, isto é, não é uma cama de casal, é só uma cama normal.

Levanto-me rapidamente da cama e vou até a um espelho que estava num canto do compartimento. Meto-me á frente deste e olho para mim própria. Estava com um pijama branco, mas quente, o meu aspeto era horrivel. A pele morena da minha cara estava agora pálida assim como o resto do meu corpo. Notavam-se totalmente as olheiras, que eu antes conseguiria tapar com a maquilhagem mas agora não.

Decido voltar rapidamente para a cama, deitada, sem querer ver mais nada.

Passam segundos, passam minutos, passam horas até que finalmente alguém entra neste compartimento branco.

- Bom dia Jenna. Como te sentes? - Uma senhora simpática pergunta assim que se aproxima de mim

- Sinto-me... bem - digo confusa e ao mesmo tempo assustada, porque não sei onde estou ou o que fazer.

- Preparada para a nossa sessão? - a senhora pergunta

- Desculpe, mas onde é que eu estou?

- Os teus pais não te contaram?

- Não - nego

- Jenna, tu estás num hospital psiquiátrico - a senhora afirma e imediatamente a minha boca faz um 'o' perfeito.

Como é que os meus pais foram capazes de me meterem aqui? Eu não sou maluca! Eu sou uma adolescente normal que só precisa da sua liberdade e de estar com as pessoas que gosta.

- Mas como? - pergunto

- O teu estado psicológico está grave, segundo os teus pais e precisas tratamentos. Isto pode ajudar-te, a sério. Mas para isso tens que colaborar comigo e com as enfermeiras todas deste hospital.

- Eu quero sair daqui - choramingo

- Eu sei que queres, e tu vais - a senhora diz

- Então deixem-me sair! - quase que grito com a mulher

- Nós não podemos fazer isso Jenna, tens que compreender.

- Eu tenho 18 anos, os meus pais metera-me aqui contra a minha vontade! - digo

- Eles são teus pais querida, eles preocupam-se contigo.

PREOCUPAM-SE O TANAS!

- Se eles o fizessem não me tinham posto num hospital para malucos. - defendo

- Lá por estares num hospital psiquiátrico não significa que sejas maluca, muito pelo contrário, isso só prova que és forte o suficiente para enfrentar tudo.

- NÃO! NÃO! NÃO! - grito - EU QUERO SAIR DAQUI. JÁ. EU QUERO IR VER O ASHTON E DIZER-LHE O QUANTO O AMO E O QUANTO EU PRECISO DELE.

Sinto os meus olhos a ficarem cada vez mais molhado, e sinto necessidade de chorar e desabar tudo. As lágrimas salgadas escorrem pelos meus olhos até ao fim do meu rosto, caindo assim para os lençóis da cama.

Beside You 2 // Ashton IrwinOnde as histórias ganham vida. Descobre agora