Capitulo 46

1.5K 129 7
                                    

Vitória White

Em cada 100 vezes, eu tive ressaca em no máximo umas 6 vezes, com certeza essa era uma, não tive coragem de abrir o olho, mas sentia a claridade na minha pele, quando finalmente tive coragem.

Tomei o maior susto da minha vida, aonde eu estou? De quem é essa roupa? Estava usando uma camisa social e o que me parecia uma cueca box.

Olhei ao redor, encontrei uma poltrona com minha lingerie e uma cropped.

Corri até ela, tentando ao máximo não fazer barulho e não acordar Henrique, mas que caralho?? Ele tem uma bundinha gostosa -sorri- MAS QUE PORRA VITÓRIA? PRESTA ATENÇÃO- meu subconsciente grita na minha cabeça.

Visto o que sobrou da minha roupa, afinal aonde está o meu vestido? Coloco a camisa do Henrique, mesmo sabendo que ela não cobria muita coisa, mas agora eu tinha algo a meu favor. Uma calcinha, o que no caso me protegia do seu charme.

- Vitória! Volta pra cama - ele fala com uma voz rouca.

- Fala sério - reclamo cruzando os braços.

- Aí do seu lado - ele fala e aponta para uma espécie de cômoda - tem anticoncepcionais.

- Você sabe aonde está meu vestido? - pergunto irritada.

- Toma o anticoncepcional - ele ordena.

- Vem cá filhote do cão - falo apontando para ele - você por acaso sabe os efeitos disso?

- Sei, ou você toma ou engravida.

- Não vou tomar - cruzo os braços.

- Então vai ter um filho meu - ele fala se levantando me dando uma bela visão do seu peitoral malhado.

Por sorte ou por azar, ele usava uma cueca branca.

- Claro - falo e os olhos dele se iluminam - mais um na hora do testamento.

- Vá se foder Vitória - ele me mostra o dedo do meio.

- Com certeza irei, mas primeiro, quero meu vestido.

- Vai ter que sair assim na rua - ele fala e se encosta na porta.

Está na hora de brincar um pouco.

- Tudo bem - falo passando pela porta.

- Você não vai sair assim!

- Ora, não vejo motivos para que não saia - falo rodando a maçaneta, abrindo a porta.

Em um movimento rápido, Henrique se coloca na minha frente fechando a porta.

- Vai sair muito assim. Vai nessa fera - ele fala e eu volto para o quarto rindo.

Me sento na cama prendendo o cabelo em um coque.

- Então... como eu vim parar aqui?

- Você não se lembra?

- Não, mas a gente não? - falo olhando para cama.

- Definitivamente não te tocaria enquanto você estivesse bêbada.

- Espero não ter perdido a linha - falo encostando as costas na cabeceira.

- Com certeza perdeu - ele fala segurando o riso.

- Me fala que eu não subi em nenhuma mesa - suplico.

- Subiu - ele fala rindo.

- Merda, achei que tivesse sido um sonho.

Henrique deita ao meu lado na cama, passo um tempo pensando em como agir.

Até que por puro impulso, vou para o colo do Henrique, ele continua deitado enquanto eu me ponho encima dele, com minhas pernas ao lado do corpo dele, ele encara os meus olhos, ficando aos poucos com a pupila levemente dilatada.

Acaso perigoso - livro 1 da série: Os MendonçaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora