Capitulo 39

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Vitória White

Não sei responder exatamente o porque que eu vou para Nova Iorque, digamos que Henrique sabe muito bem como me convencer, esse efeito que ele tem é como se fosse uma droga que afeta completamente todo o meu corpo, todo o meu sistema.

- Minha menina - Lua fala atraindo minha atenção - sua mala já está lá na entrada, Lucky está consideravelmente ansioso para falar com você.

Ela termina de falar, logo na minha mente aparece a imagem do Lucky, um dálmata de apenas 2 meses, não tem nem tamanho para conseguir subir um degrau.

- Já vou descer- falo e lua me olha com uma sobrancelha arqueada, já que eu ainda estava de toalha.

Meu cabelo estava solto, meio desarrumado, mas eu não iria arruma-lo, coloquei a cinta liga, que era tipo um body, coloquei uma saia de couro, que ia até um pouco acima da metade da minha coxa.

Coloquei uma camiseta por cima, coloquei um tênis preto e peguei minha jaqueta jeans.

- Oi meu bebê - falo enquanto me sento no final da escada, pegando Lucky no colo.

Seu rabo pequeno com algumas bolinhas pretas, mexia de um lado para o outro, ele lambeu meu rosto me fazendo rir, Lua ri junto, até que Lucky late reclamando quando eu o coloquei no chão.

- Eu volto o mais rápido que puder - falo e sorrio sabendo que vou aproveitar aquele corpinho gostoso que o Henrique tem ao máximo.

- Ficaremos te aguardando mamãe - Lua fala com uma voz mais fina, tentando fingir ser Lucky, que rosna para ela em desaprovação.

Aproveito a deixa para sair pela grande porta rindo, vi que o meu motorista me esperava, o cumprimento e seguimos para o aeroporto.

Fiz o check in no balcão, e segui para o avião, não peguei o jatinho já que Megan precisou dele emprestado ontem, para voltar a Paris.

Me sento na primeira classe, aonde marcava ser o meu acento, tento colocar o cinto mas parece estar emperrado.

- Mas que droga - sussurro.

Alguém limpa a garganta, quando eu olho para cima, percebo um homem, com ombros largos, com uma camisa social e uma calça social preta, ele tinha um cabelo um pouco cumprido, barba grande, no tom loiro igual o cabelo.

- Posso? - ele pergunta enquanto aponta para o cinto na minha cintura. Faço que sim com a cabeça, minha respiração fica um pouco descontrolada, eu tento me acalmar.

Olho para as mãos ágeis, depois para os olhos azuis, ele ri de lado, mostrando um canino de ouro na parte superior da boca no lado direito.

- Muito obrigada - falo quando cinto as mãos dele checando se o meu cinto está realmente fixo.

- Viagem de negócios? - ele pergunta passando a mão no cumprimento do cabelo.

- Sempre é - falo e suspiro.

Ele confere o acento dele, se senta ao meu lado e coloca o cinto.

- A viagem vai ser boa - ele fala enquanto prende o cabelo em um coque.

Olhei para a janela quando o avião decolou, sempre amei essa sensação.

(...)

- Não acredito - falo puxando minha mala já no aeroporto de Nova Iorque.

- Foi meu primeiro amor - ele fala e ri.

- Coisa de louco - falo e avisto Henrique encostado na Porsche dele.

Ele fica lindo distraído, mas eu não posso me apaixonar, tenho um histórico péssimo, se ele for realmente bom e ficar comigo, ele se torna ruim.

Como minha mãe sempre falou na minha infância, tudo que eu toco morre.

Acaso perigoso - livro 1 da série: Os MendonçaWhere stories live. Discover now