Capítulo 31

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Sua respiração batia lentamente contra a pele do meu pescoço. Suas mãos estavam separadas, cada uma sobre uma mão minha. Eu olhava atentamente pra frente, meu coração estava acelerado. 

— Repete pra mim! — Ele diz calmamente, me permitindo sentir seu hálito quente me tocar.

— Eu tenho que Acionar a embreagem, empurrar o pedal esquerdo para baixo e solte a embreagem lentamente em seguida. — Respiro fundo, sentindo as mãos de Matt sair de cima das minhas, e repousar em minha cintura.

— Você já sabe o que fazer. Agora é só ligar! — Inclino a minha cabeça olhando pra ele, que ainda me fitava pacientemente.

— Eu não sei se isso é uma boa ideia não... Eu sou ruim sobre duas rodas, eu nem ando de bicicleta, pois já atropelei umas três pessoas durante a vida — Eu protestava choramingando. O fazendo gargalhar instantaneamente.

— Você é um perigo pra sociedade. —  brinca — Mas eu estou aqui, bem atrás de você. Se algo de errado acontecer, eu vou te corrigir. Vai lá, liga a moto!

Eu suspiro pela última vez, tomando a posição que Matt havia me ensinado mais cedo. E então ligando a moto, seguindo passo a passo do que eu havia aprendido, sentindo a moto sair lentamente do lugar. Minhas mãos tremiam e eu tentava o máximo me equilibrar sobre o automóvel em movimento.

— Eu tô dirigindo! — Eu gargalhava, enquanto ainda com dificuldade, dava a volta na rua, vendo minha casa se aproximar. Ele acompanha minha ação, rindo alegremente e beijando meu pescoço. 

— Eu não disse que você ia conseguir? — responde ligeiramente. Respiro fundo, apertando levemente os freios e parando em frente a nossa residência. 

— Já são 15:30. Está na hora de você ir pra gravadora! — O alerto, olhando seu relógio de pulso. Ele suspira, e pressiona mais seu corpo contra o meu, mordendo meu pescoço.

— Quando eu voltar nós poderíamos fazer algo. Assistir um filme, sair pra comer, trepar a noite toda... — Sugere brincalhão, me fazendo gargalhar.

— A última opção parece atraente... — Tiro suas mãos de mim e desço da moto, me virando pra o olhar em seguida — Agora vai, o álbum não vai ficar pronto sozinho

Ele pega na minha cintura, e me puxa pra mais perto. Colando sua boca na minha e a invadindo com sua língua no mesmo instante. Levo minhas mãos até sua cabeça, entrelaçando meus dedos entre os fios de seu cabelo. Ficamos daquela forma por alguns segundos, enquanto nossas línguas travavam uma batalha quente. O gosto de cigarro e menta de Matt invadira cada parte da minha boca. E como eu amava aquele gosto!

Até o ar nos faltar, obrigando ambos a se separarem. Ainda ofegante ele deposita três selinhos sobre meus lábios molhados, e desce com os beijos até meu pescoço, brincando com ele. 

— Eu te amo pra caralho...— Ele resmunga no meu ouvido, beijando o lóbulo de minha orelha logo depois. E então, levanta sua cabeça fitando os meus olhos. Mordo os lábios encarando fixamente aquelas íris esverdeadas.

— Eu também te amo...— Balbicio, fraca e tremula. Seu sorriso cresce de orelha a orelha e ele me encara ainda mais profundamente, com aqueles dentes a mostra. — O que foi? — Indago confusa.

— Foi a primeira vez que você disse isso... — Explica ligeiramente. Me fazendo suspirar e engolir em seco, dobrando os braços.

— Foi o calor do momento... — Brinco, fazendo seu sorriso se alargar ainda mais. — Agora vai logo. — Me viro lentamente, me ponto a andar. Antes de sentir a mão de Mylles batendo com toda força contra minha bunda e ele resmungar “gostosa” me fazendo abrir um enorme sorriso. Mas continuar andando em olhar pra trás.

Matt Mylles, minha deplorável perdição (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora