Capítulo 12

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Abro a porta da frente, entrando vagarosamente na casa que se encontrava silenciosa. e com luzes fracas. Suspiro fundo, enquanto olhava ao redor e notava que todos já estavam recolhidos em seus quartos. Já se passavam das 00:30, Arthur acabara de me deixar em casa, tínhamos saído, jantado, e finalmente depois de tantos dias transado. Não foi bom, não cheguei nem perto de um orgasmo, e isso estava me deixando louca.

Subo lentamente a escada, parando em frente a minha porta e olhando por baixo da fresta do quarto de Matt. A luz estava acesa, ele ainda estava acordado. Fico parada por alguns segundos, enquanto olhava pra claridade que saia daquele vão. E suspiro, abrindo a porta do meu quarto e entrando logo em seguida.

Ao entrar naquele local eu arrancava todas as minhas roupas, e me dirigia o mais rápido que eu podia para o chuveiro. Entrando debaixo da água morna, que ocupara cada parte do meu corpo, se livrando dos maus pensamentos, e fazendo cada músculo relaxar instantaneamente. Eu sentia cada parte do meu corpo entrando em sincronia com a água, enquanto eu espremia meus olhos e esperava o tempo passar. Tentava esquecer tudo que estava acontecendo na minha vida, e tentava quase que inutilmente tirar Matt da minha cabeça.

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Deitada na cama, eu tentava com todas as minhas vontades, pegar no sono, lutando contra minhas energias, para que meu corpo finalmente cedesse ao cansaço. Suspiro, me sentando nela e olhando ao redor. Eu não estava conseguindo, em minha mente se passava um turbilhão de pensamentos.

Levanto-me quase que como um pulo, e ando com toda a vontade até a gaveta que ficava do outro lado do quarto, abrindo ela e pegando em minhas mãos o objeto rosado. Respiro fundo, praticamente me jogando na cama. E então, tirando rapidamente minha calcinha. Ficando apenas com aquela blusa grande e desbotada do AC/DC.

Eu me contorcia enquanto penetrava aquele objeto em mim, respirava fundo e tentava o máximo que eu podia me concentrar no que eu estava fazendo. Eu sabia exatamente do que eu precisava, e sabia mais ainda que não o encontraria ali.

Eu tinha necessidade daqueles toques brutos, daquelas palavras sujas que Matt me dirigia sem pudor, eu precisava da sua mão no meu pescoço, e precisava das humilhações verbais que me faziam molhar sem a menor decência. Eu precisava sentir a dor que ele me causava.

Eu bufo, quase chorando. Enquanto tiro aquele consolo de dentro de mim e o jogo longe. Passando as mãos pelo rosto e refletindo.

— Eu não vou fazer isso! — Murmurava com as mãos abafando o som que saia da minha boca. — Eu não posso! — Repetia pra mim mesmo, tentava com todas as minhas forças lutar contra aquela minha vontade insana de me entregar Matt.

Quando eu menos esperava meus pés estavam no chão, e eu andava o mais rápido que conseguia em direção ao quarto da frente, em direção ao quarto de Matt. Eu abri a porta rápido, entrando no local e olhando ao redor. Vendo o homem deitado desleixadamente na sua cama, com uma mão em baixo da cabeça enquanto lia atentamente um livro que estava em sua outra mão. Ele se espanta, olhando em minha direção. E franzindo seu cenho ao notar quem estava ali.

— O que você quer, Luna? — Pergunta, se levantando e andando em direção a mim lentamente. Vestia apenas uma calça moletom cinza, literalmente apenas uma calça moletom cinza. Me fazendo salivar ao notar seu membro balançando enquanto ele se movia em minha direção. — O que você quer? —  Ele pergunta novamente, dessa vez mais perto de mim. Fecho meus olhos, respirando fundo.

— Eu… quero que brinque comigo. — Balbucio, ainda com os olhos fechados. E ouço uma risada vinda do homem.

— O quê? Quer que eu brinque com você?- — Ele pregunta, me fazendo abrir os olhos e o ver bem mais perto de mim, me olhando anestesiado, com aquele sorriso perverso nos lábios. — Eu esperaria por tudo, mas por isso…

— Por favor —  Digo, agora encarando os seus olhos que ainda me fitavam com toda aquela perversidade e malevolência que transbordava.

— O que aconteceu, Luna? Cansou de se masturbar no escurinho do seu quarto? — Indaga, agora bem mais perto de mim, me fazendo arrepiar e estremecer. — Ou você acha que eu não ouço aqueles seus gemidos gostosinhos abafados toda noite? — Ele morde o lóbulo da minha orelha. — Eu sabia que não aguentaria aquilo por muito tempo. Mas nunca imaginei que você fosse me procurar quando se cansasse...

Suas mãos corriam por todo o meu corpo, alisando e apoupando cada parte sensível que eu tinha. Me fazendo ter calafrios, enquanto o tesão me consumia cada vez mais.

— Eu sabia que você gostava de ser tratada igual uma puta barata. Você não tem o menor pudor, é mais vadia do que eu imaginei! — As palavras do homem me faziam delirar, eu estava me sentindo finalmente viva após tanto tempo. Aquele momento que eu tanto fantasiei viver novamente finalmente estava acontecendo. — Mas eu não tenho tanta certeza se quero fazer isso, Luna. —  Diz, segurando meu rosto com força, e inclinando a mesma pra cima. —  Você vai ter que implorar. 

— Implorar? — Eu Indago, meus olhos brilhavam e eu jurava poder sentir minhas pupilas dilatarem.

— Ajoelha! — Ordena, pegando em meus cabelos e me forçando a ajoelhar. Eu olhava pro homem de baixo, esperando atentamente a próxima ordem do mesmo. — Agora implora, sua vagabunda. Implora pra eu brincar com você.

— Por favor, Matt. Eu imploro! —  choramingo, enquanto olhava manhosa, pro homem.

— É isso que você quer? — Ele pregunta, segurando no meu queixo. — Quer que eu ta faça de cachorra? Essa ideia não te parece mais tão absurda assim, né? Eu aposto que só de imaginar a sua bucetinha molha — Ironiza, enquanto me encarava com desdém. —  Que tal te por uma coleira e te fazer ir buscar a bolinha? Ou eu poderia te deixar aí, plantada de castigo. Só pra te torturar

— Não, por favor! —  Eu implorava, mesmo sabendo que tudo que ele estava fazendo era brincando comigo, assim como eu havia pedido. Mas eu queria mais, eu queria ser tocada, eu precisava das mãos de Matt me estimulando e me fazendo delirar.

— Você só fala quando eu mandar, Luna. Só quando eu mandar. Se eu ouvir qualquer ruído sem minha permissão, eu juro que te arranco dai e vou bater tanto nessa sua budinha gostosa, que vou me certificar de que você não andará por uma semana! Eu fui claro? — Ele indaga, e eu concordo com a cabeça. O homem me encara por alguns segundos, de cima, com um semblante vívido de superioridade. E agarra meus cabelos me arrastando com toda a brutalidade até uma mesinha ali perto, e me jogando de bruços sobre a mesma. 

Ele se afasta por uns segundos, e volta logo depois, puxando meus braços pra trás e os evolvendo com algo, dando um nó forte que impedia qualquer movimentação de meus braços.

—  Olha só como você me deixa! — Ele diz, pressionando seu pau agora totalmente ereto contra minha bunda - Eu vou meter tão forte em você, que sua buceta vai tomar a forma do meu pau. —  Termina, mordendo o meu pescoço logo depois, me fazendo quase soltar ruídos de prazer. Mas eu me obrigava a ficar calada até segundas ordens de Matt. Eu queria, mais-que-tudo, que o homem se sentisse satisfeito comigp. Eu queria o agradar como nunca quis agradar ninguém antes. Naquele momento eu queria ser dele, e eu queria ser perfeita pra ele. E então, eu notei, que desejava pertencer a Matt de todas as formas. Não só fisicamente, mas eu queria que ele me possuísse mentalmente também. Eu queria me entregar àquele homem com todas as minhas forças, como eu nunca quis me entregar a ninguém.

 Três batidas na porta me tiram do transe, me fazendo pular de susto e encarar Matt com os olhos arregalados.

— Matt? — Henry murmura, do outro lado da porta — Você está ocupado? 

— Não… — Matt mente trêmulo, enquanto me encarava fazendo sinal de silêncio.

— Eu estou com algumas complicações numas papeladas de adoção. O Derick está com dor de cabeça e a Luna provavelmente ainda não chegou. Você poderia me ajudar? —  Ele indaga, grudado na porta. Suspiro, me segurando pra não gargalhar.

— Claro, eu vou arrumar umas coisas aqui e já desço!

— Ok, estarei no aguardo — É tudo que ele fala antes de ser possível ouvir seus passos se afastando.

Matt Mylles, minha deplorável perdição (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora