Capítulo 15

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 Olhava para o aparelho celular em minhas mãos enquanto jogava algo aleatório. Em meus braços uma bolsa de praia e do meu lado se encontrava Aba, presa em sua cadeirinha enquanto brincava com seu Mickey de borracha.

— Obrigada por cuidar dela! — Henry diz, ao passar pela porta e nos alcançar.

— Eu sou tia agora, não sou? — Falo lançando um sorriso simpático ao tirar meus olhos da tela do aparelho.

— Olha, estamos indo na frente. Matt disse que seus amigos chegam em alguns minutos! —  Afirma, pegando a garota nos braços e a cadeira dela em sua mão.

— Tudo bem! Não tenho pressa... Porra! —  Resmunguei, quando me dei conta que havia perdido a partida. — Tchau Aba! — Termino, olhando para menina e abrindo um sorriso simpático. Henry gargalha ao ver seu sorriso.

— Amor — Grita o homem — Vamos logo. Não quero enfrentar muito trânsito mais tarde!

— Já estou aqui! —  Resmunga Derick ao passar pela porta, enquanto ainda abotoava sua camisa florida. — Eu estou lindo ou não estou?

— Está perfeito! — Henry responde rapidamente, beijando o homem que retribui com gentiliza.

— Vocês são tão piegas! — Ironizo baixo, os vendo gargalhar.

— Somos ou não somos a família perfeita? Admite, maninha! —  Meu irmão diz, sorriso maroto.

— Droga... Pior é que são mesmo. — Afirmo suspirando.

— Certo, certo. Vamos embora! — Diz Henry, e logos os três sumiram pela porta da frente.

Já virara quase um ritual, era rotina ir à casa da praia no último fim de semana do mês. Aquela casa cujo eu passara grande parte da minha infância e que eu guardava lembranças tão belas. Por um bom tempo foi apenas eu, meu pai e meu irmão. Fomos sempre tão unidos, mesmo meu pai raramente estando presente. Ele sempre estava aqui, por ligação, por cartas, ou por mensagens. Nada nunca nos abalava. Sempre que algo acontecia eramos nós contra o mundo. 

Aos 10 anos, Derick se assumiu gay por confessar o quão lindo e atraente eram os braços musculosos do Max steel. Nunca foi uma surpresa, e meu pai, por ser um homem de mente tão aberta ao menos se importou. Quando Derick se assumiu de verdade pela primeira vez na adolescência, admitindo ter um namorado. Tudo que meu pai fez foi preparar um jantar, e pedir para meu irmão chamar seu novo companheiro. E foi assim, que descobri a homossexualidade aos 9 anos. 

— Não chegaram ainda? — Uma voz indaga, me tirando dos meus devaneios.

— Ah, não! — Afirmo, olhando pra Matt que estava parado no meio da sala me encarando com os braços cruzados.

— Seu namoradinho não vai? — Pergunta sarcástico.

— Está viajando a trabalho! — Dou de ombros, encarando minhas unhas.

— Pra variar, não é? —  Brinca. Se sentando do meu lado.

— E a sua?

— Eu não tenho mais uma! — Abre um sorriso debochado. Cerro os olhos o encarando. Uma buzina forte soa alto na porta de casa, me fazendo pular rapidamente. Dou passos largos em direção a ela, a abrindo em seguida e dando de cara com um carro vermelho.

— Vamos pra praia! — Karol grita sorridente. Balanço a cabeça em negação. Matt passa por mim em seguida, com bolsas em suas mãos, andando em direção ao carro.

-Só temos lugar pra um de vocês.- Chiri afirma, quando coloca sua cabeça pra fora do carro.

— Ótimo, Matt vai de moto!- Aviso, andando  até a porta e passando a chave na fechadura. Ao me virar, noto que o homem já estava sentado no banco que outrora estava vago.

— Eu não vou de moto. São cinco horas de viagem!- Ele protesta. Dando de ombros.

— Mas onde eu vou?- Indago dobrando os braços e encarando aquela situação perplexa. Vendo ele me lançar um sorriso irônico e bater três vezes gentilmente em seu colo. Suspiro.

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Olhava pela janela daquele carro enquanto visualizava diversos coqueiros. O sol estava se pondo, dando lugar ao lindo céu escuro e estrelado. Do meu lado, Katarine e Kaio, os dois irmãos adolescentes de Karol dormiam tranquilamente. Eu particularmente sempre achei meio brega isso de nomear os filhos com nomes cujo possuem as mesmas letras inicial. No banco da frente Karol também dormia, enquanto Chiri dirigia atentamente, olhando pra estrada. 

Matt se encontrava acordado, o homem balançava a cabeça lentamente enquanto ouvia algo em seus fones de ouvido. Esquivo-me um pouco, olhando pro rosto dele que me encara por alguns segundos. E então abre um sorriso. Uma de suas mãos estavam repousadas gentilmente em minha coxa, intacta. Respiro fundo, olhando pra frente novamente e me mexendo em seu no colo tentando mudar, mesmo que simetricamente de posição. Sentia toda a minha perna formigando insuportavelmente. Às duas mãos de Matt automaticamente vão até minha cintura, segurando ela com redizes.

— Porra... Não faz isso! — Ele cochicha, se inclinando pra ficar bem perto do meu ouvido. E então pressionando ainda mais seu colo contra minha bunda, me fazendo sentir o pau endurecido do mesmo. — Olha o que você fez

— Foi sem querer! — Resmungo tão baixo quanto o homem. Sentindo uma de suas mãos passearem até minha virilha. — O Chiri vai ver!

— Estamos atrás do banco do motorista, Luna. A visão daqui é bem limitada! — Rebate rapidamente. Abrindo minhas pernas, e colocando sua mão no meio delas, alisando minha intimidade por cima da calcinha.

— Matt! — Eu resmungo, enquanto sinto ele pegar na minha cintura, e a mover pra frente e pra trás. Me fazendo rebolar contra seu pau. Eu suspirava fundo, tombando minha cabeça.

— Quer que eu te faça gozar, luna? — Indaga, após mordiscar o lóbulo da minha orelha — É só pedir! — Espremo meus olhos, agora rebolando com toda vontade sobre o colo dele, que ficava cada vez mais duro. — Você quer? — pergunta novamente. Me fazendo arrepiar ao sentir sua respiração bater contra a pele do meu pescoço.

— Sim! — Resmungo, enquanto respirava fundo. Logo a mão do homem estava na minha calcinha, colocando ela pro lado, deixando toda minha intimidade visível. E então, dois dedos dele estavam no meu clítoris, massageando ele gentilmente. Me fazendo arfar, enquanto ainda rebolava com furor no colo dele.

— É isso que você quer? Que eu te dede num carro cheio de gente? Você é mesmo uma vadia pervertida — Ele cochichava no meu ouvido, me fazendo estremecer ainda mais. Matt pega uma coberta que se encontrava em cima das pernas de um dos irmãos de Karol, colando ela sobre minhas pernas.

— Não geme, vagabunda! — Ordena, quando ao enfiar dois dedos dentro de mim eu reclamei baixo, quase inaudível. Agora os dedos dele estavam movendo-se rapidamente, indo cada vez mais fundo, me fazendo delirar com a sensação prazerosa que aquilo estava me proporcionando. — Isso, sua cachorra. Rebola no colo do seu macho! — Cochichava, enquanto ainda dava fortes estocadas dentro de mim. Travo meu maxilar, sentindo uma onda de prazer exorbitantemente forte me atingir. Matt leva uma de suas mãos até minha boca, a tampando, enquanto me inclinava pro lado, totalmente fora do campo de visão de Chiri, assim que nota que eu estava chegando lá. Os dedos dele iam cada vez mais fundos, me levando a loucura. — Goza, minha putinha, goza! — Mordo meus lábios com toda força que eu conseguia, sentindo cada parte do meu corpo travar, eu alcançava o orgasmo mais intenso que eu me lembrava ter sentido.

Sinto um alívio extremo quando toda aquela sensação passa, e então abro os olhos. Sentindo minhas pernas tremerem excessivamente. Matt morde meu pescoço, enquanto colocava minha calcinha no lugar. Ergo-me pra olhar pra ele, que agora me encarava com um sorriso cínico e um olhar orgulhoso. 

Matt Mylles, minha deplorável perdição (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora