Dia em família

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Pov. Brasil

O sol está alpino no céu azul claro e sem nuvens. O dia está quente e um tanto abafado. Angola me passou a água de Coco. Dei um gole e então devolvi para ele. Macau estava em baixo da sombra enquanto conversava com nosso pai, que estava tomando um sol assim como eu e o angolano.
Eu olhava atenta para a água. Sem perder de vista meu marido e meu filho. Os dois brincavam na água tranquilamente, então acho que não preciso me preocupar.

Voltei a conversar com os meus irmãos e meu pai. O diálogo se estendeu por um bom tempinho até que senti o sol ser bloqueado e algumas gotas caírem em minhas costas. Me virei e me deparei com a figura alta do alemão encharcado e ao lado dele nosso filho.

Bra: eu já estava pensando que vocês iriam morar no mar! - eu exclamei brincalhona e ele sorriram. Alemanha se sentou ao meu lado na toalha que estava estendida na areia. - está cansado?

Ale: muito! - ele falou ofegante. Realmente nosso filho era elétrico e demora para gastar sua energia. Ele me lembra de mim mesma quando era criança.

Alesil: Mãe! Já que o papai cansou, é sua vez de vir comigo! - o garotinho animado falou e eu o observei.

Bra: meu deus! Olha só pra você! Está parecendo um camarão! - eu exclamei vendo a pele avermelhada do meu filho.

Ale: ah, nem está TÃO vermelho assim! - eu me virei para olha-lo.

Bra: é! Comparado a você não está ruim mesmo! Você está parecendo uma lagosta, Alemanha! - eu exclamei olhando para o europeu de óculos escuros. Ele levantou os óculos e olhou para o seus ombros.

Ale: ah, não está tão queimado assim! - ele falou ainda olhando para sua pele que antes era amarela.

Bra: aé? - eu toquei de leve seu ombro.

Ale: aí! - ele disse em dor.

Bra: foi o que eu pensei! Vamos! Pra debaixo do guarda sol, os dois! - eu mandei e eles me obedeceram. Eu peguei da bolsa dois protetores e duas toalhas. Entreguei uma delas pro meu marido e com a outra eu sequei meu filho, que por sua vez dava alguns gemidinhos de dor assim como o pai.
- eu avisei pra passarem bem o protetor! Agora estão parecendo uma dupla de um circo dos horrores! O homem lagosta e o menino camarão! - meu filho deu risada do que eu falei e logo o resto do pessoal também. Depois de seco, eu passei o protetor solar nele que então se sentou para brincar na sombra. - vira de costas! - eu falei e o alemão me obedeceu. Passei o creme branco em suas costas e depois guardei tudo na bolsa.

Ale: eu não entendo, como você não se queima mesmo ficando no sol por horas?! - ele exclamou enquanto se sentava no chão para ajudar o filho a fazer um castelo de areia.

Bra: ah, deve ser genética! - eu respondi me juntando a eles.

Mc: então por que eu me queimo tão rápido?! - o asiático perguntou confuso.

Ang: talvez por que você nunca toma sol e quando toma, não passa protetor direito! - o africano respondeu simplista e nós demos risada.

Alesil: vovó! - ele correu para abraça-la.

Rom: oi pequeno! Parece que virou um camarãozinho, não foi? - ela perguntou brincalhona e ele deu uma risadinha.

Alesil: a mamãe disse que eu sou o menino camarão e meu pai é o homem lagosta! - ela deu uma boa risada com o que ele falou. Logo Alesil voltou para onde eu e seu pai estávamos e Romênia se sentou na cadeira ao lado do Macau.

Rom: trouxe sua água! Está geladinha! - ela entregou a garrafa para o asiático.

Mc: valeu mãe! - ele agradeceu. Sim, MÃE. Meu pai se casou de novo. Foi pouco tempo depois do meu casamento com o Alemanha. No início demorou um pouco para nos acostumarmos com a ideia de ter uma mãe. Mas agora Romênia faz parte da nossa família e nossas vidas. Realmente passamos a vê-la como nossa mãe!

Rom: e pra variar o pai de vocês apagou, não foi? - todos nós respondemos que sim. Então uma brilhante ideia surgiu na minha mente. Sorrindo arteira, eu me levantei e fui até meu pai. Logo meus irmãos se juntaram a mim. Nos sorriamos feito três capetas.

Ale: o que vocês vão fazer? - meu marido perguntou enquanto se aproximava e segurava Alesil no colo. 

Ang: só uma brincadeirinha que a gente não faz há muito tempo! - ele deu uma risadinha maléfica. Nós nos agachamos e ficamos de joelhos ao lado do português deitado sobre a areia. Com as mãos, começamos a jogar a areia em suas pernas.

Alesil: eu também quero! - ele exclamou animado e Alemanha o soltou. Os dois vieram até mim e ficaram do meu lado, logo fazendo o mesmo que eu.

Rom: bom, acho que não faz mal uma brincadeirinha em família! - ela disse sorrindo e se ajoelhou ao lado do Macau e do Angola.

Cobrimos as pernas do português com a areia e ele continuava a estar no sétimo sono. Começamos a moldar os grãos até ficar na forma que nós queríamos. Assim que terminamos de fazer isso, desenhamos as escamas com os dedos.

Ang: espera! Eu vou ir atrás de umas conchas! - ele falou saindo disparado e Macau foi atrás dele. Nós terminamos de fazer os desenhos e meu pai continuava a dormir.

Mc: voltamos! - o asiático pronunciou. Então Angola foi até o tronco de nosso pai e em cada um de seus peitos ele colocou uma estrela do mar. Já o mais velho foi para a cabeça. Ele arrumou a bola de algas marinhas na cabeça do português até que ficassem parecidas com um cabelo.

Ang: prontinho! - nós paramos para observar nossa obra de arte. Romênia pegou o celular e tirou várias fotos do marido.

Rom: eu vou imprimir isso numa caneca! - ela falou risonha.

Bra: agora só falta uma coisa! - eu peguei o baldinho de plástico vermelho do Alesil e fui correndo para a água. Enchi o balde e voltei. - no três! - eu falei e todos nós contamos. Quando chegamos no três eu despejei toda a água na cara do portuga. Meu pai acordou no susto e apoiou os cotovelos na areia. Ele parecia um tanto confuso, enquanto todos nós riamos de sua situação.

Port: o quê que aconteceu? - ele perguntou confundido ainda com as estrelas do mar em seus peitos e as algas na cabeça.

Alesil: você virou uma sereia, vovô! - o pequeno falou rindo alto assim como nós. O europeu se tocou e então tirou as algas da cabeça.

Port: seu danadinho! Então entrou na brincadeira da sua mãe e dos seus tios, não é? - ele falava risonho e nós continuamos a rir. - então já que eu sou uma sereia... Eu vou te levar pro mar e te afogar! - meu pai de repente se levantou desmanchando a cauda de areia. Alesil deu um grito e então o avô saiu correndo atrás do neto. O português corria atrás do garotinho de 5 anos enquanto ele gritava desesperado. Todos nós estávamos morrendo de rir com a cena.

Bra: ele parece você gritando de noite quando tem pesadelo! - eu disse dando risada e o alemão que me segurava pela cintura fechou a cara. - eu só tô brincando, bobo! - eu falei e dei um selinho nele. - eu te amo, sabia? - ele me deu mais um selinho.

Ale: ich liebe dich auch! - ele me respondeu e então demos início a um beijo calmo e apaixonado.



Eu não poderia desejar uma família ou uma vida melhor!


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Eai? Gostaram do fim? 💖💖

🌹Agradecimentos🌹

Gnt, muito obrigada por lerem essa fic! Fico muito feliz vendo todo o carinho que vocês deram a ela! No início eu pensei que ninguém iria ler, mas bem no fim eu fiquei até surpresa com o tanto de leituras e votos que essa história ganhou!

Sério! Muito obrigada mesmo! Vcs significam muito pra mim e me incentivam a continuar escrevendo! Eu nem sei como agradecer vcs! ❤❤❤

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Ich liebe dich auch = eu também te amo

Espero que tenham gostado!

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É isso! Beijinhos✨✨✨

🐾Em Quatro Patas🐾 Where stories live. Discover now