Contra a parede

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Pov. Alemanha

Saí do elevador e vi a esverdeada conversando com a Ucrânia no corredor. Passei por elas e novamente fui ignorado. Segui no corredor e entrei na minha sala. Nem percebi que tinha um sorriso no rosto. Deixei minhas coisas em cima da mesa e então me sentei. Em poucos minutos a porta se abriu revelando ser o inglês.

Ing: bom dia Alemanha! - ele arrumou suas coisas e se sentou.

Ale: bom dia Inglaterra! - eu o respondi sorridente.

Ing: uau!Posso saber o motivo de estar tão sorridente hoje? - o outro europeu me perguntou com curiosidade.

Ale: acordei de bom humor hoje! - eu menti e ele acreditou. Não posso simplesmente dizer: ah, sabe, eu estou feliz porque espanquei seu filho ontem a noite! Sem falar mais nada, ambos de nós voltamos a trabalhar em silêncio.

Pov. Brasil

Eu me despedi da ucraniana que foi para sua sala e então eu para a minha. Entrei e vi que as coisas da japonesa estavam lá. Sem dar muita atenção para isso, eu me sentei e então comecei a dar uma olhada nas coisas que tenho para hoje. Logo ouvi a japonesa entrar, nos cumprimentamos e ela se sentou em sua mesa com seu copo de café. Tivemos uma breve conversa e então começamos a trabalhar. Nossa paz não durou muito tempo, pois alguém escancarou a porta. Me virei para olhar a pessoa e meus olhos se arregalaram.

Bra: América?! O que aconteceu com você?! - eu perguntei preocupada enquanto me levantava da cadeira e ia em direção a ele. O americano tinha hematomas no rosto e um de seus olhos estava meio inchado e rocho. Coloquei uma de minhas mãos em sua bochecha e ele deu um leve gemido de dor.
- quem fez isso?! - eu perguntei e ele hesitou em me responder. Fiz um olhar ameaçador e então ele finalmente abriu a boca.

Ame: foi o Alemanha, ontem a noite. - ele falou de forma baixa. Senti a raiva tomar conta de mim. Meu sangue ferveu nas veias e meus dentes trincaram. - Bra... - não o deixei terminar. Empurrei o listrado pra sair de minha frente e fui pra o corredor. A passos largos e pesados, meus saltos soavam pelo lugar. Nem me importei em bater na porta e a escancarei como se fosse uma vistoria do FBI. O alemão e o inglês levaram um susto. Sem me importar com a presença do meu "tio" eu fui direto para o germânico. Agarrei a gola de sua camisa e o trouxe mais pra perto. Seu rosto também tinha alguns machucados, mas só dava para ver olhando de perto. Minha raiva estava incontrolável e tudo que eu via era vermelho.

Pov. Alemanha

A brasileira me agarrou pela gola e aproximou nossos rostos. Sentia sua respiração quente bater contra meu rosto. Ela tinha sangue nos olhos e parecia um leão pronto para me matar.

Bra: então quer dizer que além de mentiroso agora você também é covarde?! - ela esbravejou e eu continuei em um silêncio confuso.

Ing: Brasil! Solte ele! - o inglês chegou mais perto e segurou seu braço, mas ela o empurrou.

Bra: vamos! Me responda! - ela novamente esbravejou.

Ale: d-do que você está falando?! - eu a respondi e vi sua raiva aumentar, mas antes de qualquer coisa outra voz soou na sala.

Ame: Brasil! - o americano chamou por ela, que por sua vez não deu ouvidos. Continuava a me encarar. Aquele rostinho angelical agora transparecia a fúria de um demônio.

Ing: filho o que aconteceu?! - o inglês preocupado com a cria perguntou.

Bra: foi esse desgraçado aqui! - ela falou ainda me segurando, porém agora olhando para os outros dois.

Ing: Alemanha?! Isso é verdade?! - ele exclamou desacreditado.

Ame: é sim! Foi ontem a noite no estacionamento! Ele queria que eu ficasse longe da Brasil! - ele respondeu e eu vi a raiva tomar conta do rosto de meu colega.

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