Truques e bombons

607 51 37
                                    

Pov. Alemanha

Tudo que a brasileira disse era verdade. Na época, sempre que precisávamos trabalhar juntos, eu ficava ansioso pra receber sua ligação. Acho que acabei desenvolvendo um certo apreço. Achei algo ótimo ela ter vindo me visitar ao invés de apenas se guiar no que falavam. Brasilien realmente havia prometido me ajudar, mas no final trocou de lado. Eu fiquei tão bravo quando soube daquilo! Me senti um otário por ter acreditado nela e tê-la deixado me fazer de trouxa. Agora, sobre o jogo... foi mais uma pequena maneira de descontar a raiva que sinto. Embora tenha sido satisfatório, ainda fiquei com certo peso na consciência vendo ela chorar daquele jeito, mas não dei muita importância pra isso. Afinal, eu sempre ficava fazendo piadinhas sobre o assunto, mas não fazia ideia de que ela sabia de tudo.

Talvez eu tenha sido babaca? É talvez...

Deixei a trupe das bêbadas na sala e fui pro quarto da brasileira. Pelo menos vou ficar com a cama todinha pra mim hoje!

》》》Quebra de tempo《《《

Pov. Brasil

Abri meus olhos lentamente. A luz que vinha da janela me cegava. Me apoiei nas mãos e me sentei. Estava com a cabeça latejando e cheirando a álcool.  Assim que consegui abrir totalmente os olhos eu dei uma observada ao meu redor.

Eu estava no chão, Ucrânia estava dormindo na escada, Indonésia estava apagada no sofá. Não vi as outras. Me levantei e olhei pela sala. Sem nenhum sinal delas. Fui pra cozinha, que estava uma bagunça, porém também vazia. Percebi que a porta dos fundos estava aberta. Talvez estejam lá. Caminhei até a porta aberta e logo vi as três.

Colômbia estava apagada na beira da piscina, enquanto a mexicana estava flutuando numa boia gigante. Já a japonesa tinha apenas duas boinhas infláveis de braço e boiava de barriga pra cima. O sol já está bem forte, deve ser por volta das onze. É melhor tirar elas dali antes que se queimem.

Peguei a rede de limpar piscina e bati o objeto na cabeça da mexicana, que soltou um grunhido de dor e caiu da boia. Então bati na japonesa, que afundou na água e depois voltou a superfície, debatendo os braços loucamente como se estivesse se afogando.

Mex: relaxa aí caramba! - a norte americana falou nadando até a asiática que parecia estar em pânico.

Jap: ONDE É QUE EU TÔ?! ME TIRA DAQUI! - a bicolor se esguelava pedindo socorro, assim também acordando a colombiana, que ficou no mesmo lugar. México apenas agarrou a pequena asiática e nadou com ela até a borda.

Bra: as sereias dormiram bem? - perguntei tirando sarro.

Mex: como a gente veio parar aqui? - a mexicana perguntou enquanto ajudava a Japão, que agora estava mais calma, a sair da água.

Bra: eu não me lembro... - ela e a pequena bicolor se sentaram na borda e me encararam. - japa, você tá legal?

Jap: tô sim, só tive um sonho ruim...

Col: gente... que horas são? - a outra sulista perguntou com a voz rouca.

Bra: por volta das onze. - eu respondi e ela arregalou os olhos.

Col: MÉXICO! A GENTE TINHA QUE IR ALMOÇAR COM O NOSSO PAI! - ela gritou desesperada, e a mexicana entrou no mesmo estado.

Mex: meu deus! Tinha me esquecido disso! - ela falou se levantando. - Foi mal Bra, não vou poder te ajudar com a limpeza hoje!

Bra: tudo bem! Eu me viro sozinha! - todas nós fomos lá pra dentro. Eu dei uma toalha pra japonesa enquanto as irmãs hispânicas se despediram e foram embora apressadamente. Logo que eu me virei para acordar a Ucrânia, vi o cachorro descer as escadas. Quando o mesmo passou por mim, fiz um rápido carinho em suas costas.
- cachorro sortudo, aposto que tá feliz por ter ficado com a cama só pra você! - ele me olhou e depois foi pra cozinha.

🐾Em Quatro Patas🐾 Where stories live. Discover now