Inseguranças

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Pov. Brasil

Meu coração parou por um momento ao ouvir as palavras proferidas pelo europeu. Seus olhos brilhavam em esperança. Meu coração me fala para dizer sim e me jogar em seus braços. Porém minha cabeça me lembra de todos os momentos ruins. Me lembra daqueles documentos e o quanto isso me afetou. Me faz ficar paranoica. E se ele só estiver fazendo isso porque não conseguiu atingir seu objetivo da maneira que esperava? Em dúvida, respirei fundo e então tomei minha decisão.

Bra: Eu... Bom, eu não sei bem como falar isso... - o brilho nos olhos do tricolor se dissolveram em suas íris azuis e seu rosto tomou uma feição preocupada. Reuni coragem e novamente voltei a falar. - é que... - as palavras simplesmente não queriam sair da minha boca, então o alemão interviu.

Ale: pode falar, Brasilien! - ele disse em tom de entendimento, me encorajando.

Bra: é que eu... e-eu não confio em você! - eu botei tudo pra fora e com um pouco de medo da sua reação, olhei nos olhos dele. Parecia triste e sentido. Isso fez meu coração apertar, não gosto de vê-lo desse jeito. Mas também não posso me permitir sair machucada mais uma vez. O alemão suspirou de forma pesada.

Ale: eu entendo, Brasilien... Faria o mesmo se estivesse em seu lugar. Mas acho que você não entendeu muito bem... - ele falou e eu fiquei confusa. O europeu tomou minha mão livre na sua e me olhou diretamente nos olhos.
- eu sei que tivemos nossas desavenças no passado... E creio que deveríamos deixar tudo isso lá! Eu realmente teria feito o que estava naqueles papéis. Mas então tudo aquilo aconteceu e eu mudei! Meus sentimentos mudaram! Todo aquele rancor sumiu! Agora eu só tenho vontade de ter você ao meu lado!
- seus olhos transpareciam sinceridade.
- sobre os papéis, eu tinha separado eles para jogar fora! - ele colocou sua outra mão na minha bochecha e fez carinho. - Eu sei que isso te machucou, e te fez perder toda a confiança que tinha em mim. Eu sinto muito por te magoar! Mas saiba que nunca irei fazer algo para te machucar! - isso tudo parecia ser genuíno. Aquelas palavras pareciam vir de seu coração. Mas eu continuo insegura.

Bra: Ale... Eu também sinto o mesmo, mas... - eu dei uma breve pausa e então voltei a falar. - eu ainda me sinto muito insegura. Por favor, não entenda errado é só que... - o alemão me cortou.

Ale: ei... tá tudo bem! Eu entendo o seu lado. - ele então colocou uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha.
- Entendo que você precisa de um tempo, e eu não vou te forçar a me responder agora. Eu demorei anos para perceber quem era o amor da minha vida, então acho que consigo esperar mais um pouco! - nós demos uma leve risada com a última parte.

Bra: obrigada, Ale... - eu sorri fraco e ele me correspondeu.

Ale: bom, acho que já está meio tarde... - ele falou dando uma rápida olhada para o céu totalmente escuro e um pouco estrelado. Logo eu me levantei ainda com o filhote de Spitz alemão nos braços. O europeu fez o mesmo e então fomos lá pra dentro. Abri a porta e ele pisou do lado de fora. - ah, mais uma coisa! - então ele pareceu hesitar em continuar o que iria dizer. - Humm... você está livre amanhã? - ele perguntou um pouco envergonhado e eu sorri aberto.

Bra: eu estou sim! - respondi sorrindo e ele fez o mesmo. O de olhos azuis então pegou minha mão e a beijou. Eu corei e ele sorriu.

Ale: até amanhã, Brasilien! - ele falou e senti meu interior se derreter.

Bra: tchau! - eu falei baixinho e envergonhada. Logo ele me deu as costas e caminhou em direção ao seu carro. Ele abriu a porta e antes de entrar me deu um tchau. Eu retribuí o gesto e ele entrou no Audi. Fiquei observando o veículo até ele sair da minha vista.

Fechei a porta, tranquei e  encostei as costas nela. Suspirei e então voltei a realidade. Coloquei Pomerode no chão e fui para o sofá. Eu me sentei e então percebi que sorria boba.
Ouvi um latido. Olhei para baixo e peguei a cadelinha. Novamente em meu colo, comecei a acariciar seu pelo. Isso me lembrou de quando o Alemanha versão cachorro colocava a cabeça no meu colo. Eu sorri mais ainda. Suspirei e então joguei a cabeça para trás. Olhei pro teto branco. Bom, acho que podemos recomeçar mais uma vez... Mesmo que eu ainda esteja com medo de sair machucada, penso que é melhor dar mais uma chance ao amor.

Quem sabe dessa vez seja para sempre...

Pov. Alemanha

Ambas de minhas mãos estavam no volante. Eu olhava para o asfalto em minha frente. Um grande sorriso aberto estava presente no meu rosto. Aposto que devo estar parecendo um maníaco ou um idiota. Minha felicidade me preenche. Me sinto nas nuvens mesmo estando no chão.

Dasacelerei e então estacionei o carro em frente ao prédio da asiática. Tirei o cinto e então repousei o peso do meu tronco no banco. Eu dei um suspiro de felicidade. É impressionante o jeito como ela me deixa!
Saí do carro e entrei no prédio. Dei oi para o segurança que estranhou meu comportamento, já que nunca fazia isso quando vinha aqui. Por sorte o elevador já estava no térreo. Entrei e apertei o devido botão. O elevador começou a subir e eu me olhei no espelho da parede. Não conseguia parar de sorrir! Logo as portas se abriram e eu saí. Segui no corredor em direção ao apartamento da japonesa, porém uma voz familiar soou no lugar silencioso.

Asean: é a primeira vez que o vejo feliz desse jeito! - eu me virei e olhei para a senhorinha sorrindo para mim.

Ale: você só me viu duas vezes! E uma como cachorro! - eu exclamei bem humorado e ela deu uma risadinha.

Asean: você realmente mudou, garoto! Fico feliz em ver que aprendeu sua lição! - ela falou sorridente. - acho que valeu a pena te transformar em um cachorro!

Ale: acho que alguns males vem para o bem! Ah, bom, como você já está aqui eu queria pedir desculpas pelo meu comportamento aquele dia!

Asean: ah, criança... não foi o seu comportamento comigo que me fez fazer aquilo! - ela disse sorrindo e eu fiquei confuso. - eu já via o que você carregava em seu interior há muito tempo! Sabia que você não mudaria sozinho. Então aquele dia foi uma pequena brecha que criei para eu poder colocá-lo na linha! - ela explicou simplista.

Ale: você já planejava fazer isso antes?! - eu perguntei surpreso e ela riu enquanto fazia que sim com a cabeça.

Asean: sim, garoto! Eu já havia pensado em tudo desde a primeira vez que te vi com a Japão! - ela falou sorridente.

Ale: então você já sabia o que iria acontecer antes de acontecer?! - eu ainda estava surpreso, mesmo já sabendo que ela era uma bruxa.

Asean: Mais ou menos, na verdade é um pouco complicado. Mas quando eu te vi... não pude deixar de notar o rancor que você carregava sem necessidade! E também já sabia que a Brasil sentia o mesmo por você! Então vi que ela seria a pessoa perfeita para te ajudar! O destino apenas fez seu trabalho e te levou direto para ela! - eu fiquei sem palavras com sua explicação.

Ale: uau...

Asean: fico feliz em olhar para dentro de você e ver que tudo que nutria de ruim deu lugar a algo puro! Estou muito orgulhosa, Alemanha! - ela disse sincera.

Ale: obrigada! - eu agradeci em um tom calmo e um tanto fraco.

Asean: bom, acho que eu já vou indo! Não quero atrapalhar seus planos! Até a próxima, Alemanha! - ela sorriu docemente e eu retribuí como despedida. Observei ela ir até seu apartamento enquanto ficava parado no lugar, ainda um tanto em choque. Ela abriu a porta e sorriu para mim uma última vez antes de entrar.

Suspirei e então me lembrei do motivo de ter vindo até aqui. Segui caminho no corredor de carpete vermelho e parei em frente a porta da asiática. Bati três vezes e depois de alguns instantes ela abriu.

Jap: deu certo? - ela perguntou esperançosa e eu dei um enorme sorriso demonstrando minha resposta.

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Oq vcs querem q a Bra e o Ale façam no primeiro encontro de verdade deles? 🤡

Espero que tenham gostado!

Deixem seus comentários!

É isso! Beijinhos✨✨✨

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