Cafeteria

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Pov. Brasil

Saí do elevador e com certa dificuldade, atravessei o corredor tumultuado. Cheguei mais tarde hoje. Dei bom dia para alguns países e então finalmente cheguei a minha sala.

Jap: bom dia Bra! - ela falou animadamente.

Bra: bom dia japinha! - eu respondi e coloquei minhas coisas em cima da mesa.

Jap: acordou tarde hoje é?

Bra: eh, eu demorei pra pegar no sono ontem a noite! - eu a expliquei.

Jap: não conseguiu dormir porque estava pensando em um certo alguém? - ela deu um sorriso safado e mexeu as sobrancelhas pra cima e para baixo. Fiquei confusa com seu questionamento.

Bra: como assim? - eu perguntei sem saber o que ela queria dizer e me sentei na minha cadeira.

Jap: ahh, sabe... alguém especial! Ou que pode vir a se tornar especial! - ela continuava a fazer a mesma expressão e eu fiquei levemente corada com sua explicação. De fato estava pensando em alguém ontem... Mas é por que eu ainda estou tentando compreender o que aconteceu... eu acho.

Bra: não seja besta, japa! Eu não estava pensando em ninguém! Só bebi muito café ontem! - eu dei minha desculpa na esperança de que ela não notasse que era mentira.

Jap: se você diz... - ela continuou com aquele sorrisinho e então voltou sua concentração para seus afazeres. Eu olhei para a minha mesa e vi um papelzinho branco ali em cima.

Peguei o pedaço de folha branca e então desdobrei.

"Me encontre na cafeteria depois do trabalho."

Eu ri mentalmente ao ler o bilhete. Agora tudo que a japa falou faz sentido.

Alemanha... as vezes você consegue ser muito burro!

Ele mesmo estava na sala quando eu escrevi as cartas para a turca e para a chilena. Como ele pode pensar que eu não saberia que era ele? Além do mais, ele tem uma caligrafia definitivamente inconfundível! De certa forma sua escrita me lembra da caligrafia da maioria dos médicos.

Percebi que estava sorrindo inconscientemente. Respirei fundo para não rir da tentativa do alemão de se manter em anonimato. Me acalmei e então comecei a fazer o que tenho para hoje.

》》》Quebra de tempo 《《《

Pov. Alemanha

Olhei para o relógio no meu pulso e vi que já faltava meia hora para o fim do expediente.

Ing: você parece ansioso! Conseguiu chamar a tal garota para um encontro? - ele me perguntou sorrindo sugestivamente.

Ale: não é encontro. Bem... não exatamente. - respondi o inglês enquanto levantava da cadeira.
Coloquei meu sobretudo preto e peguei minha maleta.

Ing: bom... de qualquer forma, boa sorte! - eu o agradeci e então nós nos despedimos. Saí da sala e segui em direção ao elevador. Por sorte ele já estava parado neste andar, então apenas entrei nele e fui para o subsolo.
Peguei o carro e deixei o estacionamento. Dirigi por alguns meros metros e parei na frente da cafeteria. Tranquei o Audi e então entrei no estabelecimento. Era bem moderno. As luminárias pretas que estavam penduradas no teto eram bonitas. As paredes eram ocupadas por plantas, folhas e flores. Fui para o lado de fora, onde há uma espécie de varanda, que é decorada do mesmo jeito que o interior. Por sorte todas as mesas estavam vazias. Me sentei em uma que ficava colada na madeira que constitui o apoio da varanda. Respirei fundo e agora é só esperar!

》》》Quebra de tempo《《《 

Já fazem trinta minutos que o horário de serviço acabou. E ainda sim, nada dela aparecer. Já estou ficando inseguro em relação a sua vinda. O atendente já me perguntou se eu estava pronto para fazer meu pedido umas três vezes. Será que ela vai vir mesmo?

Suspirei pesadamente e olhei lá para fora. O céu já estava escuro e nenhum sinal dela. Talvez seja melhor eu ir embora. Me levantei da cadeira e ajeitei meu sobretudo, porém uma doce voz soou atrás de mim.

Bra: já vai embora? Pensei que quisesse me encontrar! - eu me virei para olha-la e vi que em seu rosto estava estampado um sorriso sapeca. Seus olhos se fixaram nos meus e senti minhas bochechas arderem levemente.

Ale: está atrasada como sempre! - eu falei e nos sentamos na mesa.

Bra: eu tinha alguns assuntos pra resolver... - ela falou baixo. - mas enfim, por que quis me encontrar? Eu fui atrás de você no almoço mas não consegui te achar! - ela falou e eu fiquei surpreso por ela ter ido a minha procura.

Ale: sério?! E por que foi atrás de mim? - eu perguntei ansioso por sua resposta e esperançoso ao mesmo tempo.

Bra: por causa do bilhete! - ela respondeu simplista.

Ale: c-como sabia que era eu? - eu perguntei envergonhado e ela deu risada.

Bra: Alemanha, admito que você é muito inteligente... Mas as vezes você consegue ser muito burro! - ela falou risonha e minhas bochechas esquentaram. - você achou mesmo que eu não iria reconhecer sua letra? Eu literalmente já copiei ela, e você estava junto! - ela continuou com aquele sorrisinho que me lembra o de uma criança levada. Minhas bochechas continuaram a esquentar enquanto olho a esverdeada rindo. Meu coração acelerou um pouco e para disfarçar minha vergonha eu franzi o cenho.

Ale: ei! Eu não sou burro! - eu falei e depois percebi que parecia uma criança.

Bra: ah, não. Com certeza você não é o cara que olhou pra um inverno de -41° e disse dane-se. - com isso ela voltou a rir, ou melhor a gargalhar. Normalmente eu teria ficado ofendido, mas sua risada é tão contagiante que me puxou com ela. Nossas risadas preenchiam o local, porém logo fomos nos acalmando. - você deveria sorrir mais vezes! - ela falou inocentemente e eu corei.

Ale: o-obrigado! - eu agradeci envergonhado e então nossos olhares se cruzaram. Ficamos nos encarando. Parecia que toda minha consciência tivesse ido embora com o vento. O lugar ao nosso redor não existia. Nada mais existia. Só aquele par de olhos castanhos. Mas nosso momento foi cortado pelo som de um celular tocando.  A esverdeada tirou o aparelho da bolsa, olhou para a tela e desligou a chamada. - quem era? - eu perguntei curioso e ela se levantou da mesa.

Bra: foi mal, Alemanha. Eu vou ter que ir, combinei de jantar com o América hoje! - ela se desculpou envergonhada e eu senti uma pontada no coração, porém disfarcei.

Ale: tudo bem... - ela se virou para ir embora mas eu a chamei de volta. - ei! Você está livre amanhã? - eu perguntei olhando em seus olhos e vi que ela havia ficado surpresa.

Bra: ah... claro! - ela respondeu ainda com vergonha. Eu abri a boca para falar, mas seu celular tocou novamente. Ela recusou a chamada e então voltou a me olhar. - te vejo amanhã então! - ela sorriu docemente e então foi embora. Eu apenas fiquei observando sua figura até que ela saísse do estabelecimento.

Descansei as costas no encosto da cadeira e respirei fundo na tentativa de acalmar meu coração. Nem percebi o sorriso que estava presente em meu rosto.

Porém meu sorriso só  cresceu ao me lembrar de que a veria amanhã.

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Ent gente, no cap anterior eu pedi pra vcs escolherem um daqueles trios.

🇩🇪x🇧🇷x🇷🇺 foi o mais votado.

Então respondam a minha pergunta pois suas vidas dependem disso 😊🔪

Vcs preferem Alesil ou Russil?

Apenas respondam pq eu n quero dar spoiler!

( vou ser honesta, eu tô no time do Ale. hihi 🤡)

Espero que tenham gostado!

Deixem seus comentários!

É isso! Beijinhos✨✨✨

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