Destinados A Reinar

Capítulo Cinco: Reflexo

Imagine algo raro.

Imagine o sorriso mais belo,
o sorriso mais genuíno.
O brilho de alegria no olhar
da pessoa mais gentil da
extensão do mundo.

— Isso é tão irônico! — A Hyuga disse entre gargalhadas. Talvez aquele fosse o primeiro sorriso genuíno que deu em meses, por mais confuso que fosse o motivo, tinha a feito se sentir alegre novamente.

Quem sabe aquela missão servisse para algo além do principal objetivo...

Fazer a perolada sentir novamente.

Sua parceira conseguia ser mais estranha que o Uzumaki, concluiu o moreno. Rir tanto daquele momento era um tanto esquisito, até porque não era algo bom. Eles teriam que caminhar por dias em um completo e infernal deserto, provavelmente sem nenhuma alma viva ou água.

O principal.

— Por que está rindo, Hyuga? — Ela o olhou e parou de sorrir. Encarar aqueles olhos profundos lhe causavam calafrios por todo o corpo. — A morena engoliu em seco. — Eu só achei engraçado. A alguns minutos estávamos congelando, e agora eu mal posso esperar para tirar as minhas roupas.

A tremenda besteira que ela havia falado soou nos ouvidos do Uchiha. Ele sentiu suas bochechas queimarem, mesmo sabendo a o que de fato ela se referia.

— Não! Eu me referi aos casacos, cachecol e... — O moreno fez um movimento com a mão indicando para que a morena parasse de falar.— Eu entendi. — Ela engoliu em seco e tentou tirar o vermelho das suas bochechas...

Ah, como ela odiava isso.

Alguns instantes desconfortáveis se passaram enquanto eles analisavam o Deserto de Sal.

— Tsc, não tem nada nessa Dimensão também pelo jeito. — Disse o Uchiha com seu mau humor costumeiro.

— Vou pôr o anel. — O destaque que a jóia tinha perante todo o branco daquela Dimensão era esplêndido. O preto entre todo o mar de luz que havia ali.

— Brilhou! — Ela apontou sua mão para todas as direções até sentir o brilho aumentar. — Por aqui. — Ela ordenou para o homem ao seu lado.

— Essa aliança pode estar nos levando para uma armadilha, Sasuke. — Ele gostava do modo como ela o chamava. Sem sufixos ou qualquer formalidade. Era de certo modo, interessante e reconfortante.

— Se estiver, estaremos prontos. Sabemos dessa hipótese e não vamos deixar por sequer um minuto ela sair de nossas mentes, certo? — A morena sentiu a confiança na voz do Uchiha, sentiu firmeza e verdade. Tudo o que precisava naquele momento.

Alguém que a dissesse o que fazer, que tivesse certeza do que queria.

— Hai! — Ela disse com a voz mais confiante que conseguiu. O moreno estava ensinando á Hyuga muitas coisas, mesmo que ele próprio não soubesse disto. Ele não era muito de conversar, mas sempre quando tomava alguma decisão parecia certo do que queria.

Era a temperatura do lugar ou a perolada estava diferente? Por mais mínimo que fosse a mudança, ele sentiu isso. Pôde ver o olhar da parceira mais decidido e a voz mais tranquila e espontânea.
Ele não se lembrava de vê-la assim antes. Tão certa de suas palavras.

A cada 30 minutos a morena ativava seu poder ocular e observava tudo. Verificando se de fato nada existia naquela imensidão de grãos.

— Hãn? Tem um... Lago a um quilômetro daqui. — Era estranho. Um local árido como aquele. Parecia impossível encontrar água.