The brunette of the book - Jenlisa

46♡

"Não sentir, Não deixar saber."

Rosé pov

Todo mundo já ouviu que cada pessoa vive e sente o amor cada um de uma maneira diferente pelo menos uma vez na vida.

Eu tive o amor na minha adolescência, eu vivi um amor e senti da maneira mais intensa que existe. Eu vivi a primeira fase do paixão onde tudo era novo, cada toque e cada palavra me fazia querer muito mais daquilo, Aquela fase onde palavras eram necessário, estar ao lado o tempo inteiro significava importância e ciúmes era amor. Eu me entreguei e amei da minha maneira, como qualquer adolescente que está descobrindo como amar alguém, e posso dizer que fui muito feliz naquela época. Mas ninguém nunca havia me dito que o amor acaba de alguma maneira. O meu acabou por uma terceira pessoa. Essa pessoa chegou e tirou a primeira menina que me beijou pra valer e me fez sentir especial, que me tocou de forma que ninguém nunca havia tocado. Eu fiquei mal, eu realmente amava joy, eu tinha planos com ela, sonhava em viajar o mundo ao seu lado e viver somente nós duas. Mas tudo acabou de uma hora para outra. Eu tinha quinze anos quando vivi minha primeira decepção amorosa, e sofri conforme manda os hormônios da puberdade.

Mas passou.

Até os vinte e cinco anos aprendi a viver dentro de uma bolha de vidro que eu mesma criei, sentimentos vinham em minha direção e eles simplesmente se despedaçavam ao bater no meu mundo de vidro. Eu me sentia segura alí dentro, protegida de sentimentos que me fariam sofrer mais na frente, o medo de ser atingida por algum deles sempre me dava pânico...

Hoje estava me vendo no passado, sentindo coisas que prometi a mim mesma que nunca mais sentiria. Eu passei a ter medo de acontecer novamente, medo de sentir tudo aquilo de novo. Eu tentei com todas as forças me privar desse sentimento, todas as forças possíveis... O amor se tornou pra mim uma espada para os corajosos, e eu só me sinto assim vestida com minha farda, quando coloco contra meu peito esquerdo meu distintivo de agente da polícia federal, Aí sim me sinto encorajada, disfarçada de mim mesma. Sinto que consigo esconder a mulher sensível e machucada dentro da mulher durona que tento ser diariamente.

Eu realmente me sentia assim, até ela aparecer. Ela chegou de farda e fez a ocitocina do meu corpo gritar e correrem por minhas veias sem controle, fazendo até meus dias no trabalho serem impossíveis. Ela quebrou meu mundo de vidro com um simples sorriso. Se eu pudesse voltar a uns meses atrás e levantar daquela mesa quando ela chegou, eu teria feito sem pensar duas vezes. Eu teria evitado muitas coisas e essa droga que estou sentindo teria sido evitada.

Sinto raiva de mim mesma, eu não tenho direto nem idade para viver isso novamente, nem se eu quisesse.

Eu não consigo amar ninguém.

— Que coincidência, roseanne.- disse quando entrei em sua sala para fazer minha apresentação do primeiro dia como agente da policia federal naquele departamento.

Posso dizer que naquele dia eu agradeci mentalmente por ser ela, e que mesmo nos conhecendo a poucos dias depois daquele encontro na cafeteria, seria bom ter-la como chefe. Quem em sã consciência não gostaria de ter uma chefe gostosa como ela, fala sério.

Mas eu estava enganada.

"Me arrependo de não ter fugido a tempo."

— coincidência, jisoo.- me olhou examinando minha carteira, sorrindo amigavelmente logo em seguida.- Quer dizer...Delegada kim.- ela riu negando com a cabeça e voltando a olhar os papéis em sua mesa

No mesmo dia em que soube que ela seria minha chefe, depois de uma ocorrência que lhe apresentei, acabou rolando um beijo "sem quer". O clichê aconteceu, Nossos olhos se chocaram e eu não pude evitar a vontade daqueles lábios em formato de coração, foi mais forte que eu mesma. O beijo me fez amarrar aquela mulher durona dentro da mulher sensível, fazendo me perder naquele beijo repentino me derretendo em seus braços. O que me deixou em choque foi ter sentido algo dentro de mim que à anos não sentia. Me afastei dela quando senti meu coração acelerar. Logo percebi, era errado. Muito errado.