drarry trash: imagines 4

dia dos namorados

N.A: Essa one shot se passa no 5°ano de Harry e Draco em Hogwarts. Nessa versão da história Cho e Harry não namoraram.

Draco Malfoy se sentou na mesa da Sonserina do Grande Salão na manhã de quatorze de fevereiro mais nervoso e inquieto do que jamais esteve. O barulho das conversas enchiam o Salão, mas o loiro ignorou tudo. Sua mente pensava em algo, ou melhor, em alguém, que por coincidência se encontrava á mesas de distância, ao lado de um ruivo e uma garota morena. O olhar de Draco encontrou a cabeleira negra e um tanto bagunçada de Harry Potter, que estava sentado de costas para ele, na mesa da Grifinória. Malfoy só percebeu que o observava por tempo demais quando ouviu um sussurro direcionado á ele ao seu lado.

- E aí? Hoje é dia dos namorados, o que vai fazer em relação á ele? - Blaise Zabini perguntou, com aquele sorriso provocativo no rosto, se aproximando do loiro junto á Pansy Parkinson.

- Nada. - Draco respondeu indiferente, voltando sua atenção para as torradas com geleia á sua frente e mordendo uma delas. Pansy revirou os olhos enquanto bufava, em seguido retrucou baixinho:

- Sério, Draco. Você gosta dele á tanto tempo, não sei porque não fala com ele logo.

- É, e se você continuar enrolando assim, vai perdê-lo. - O garoto moreno ao seu lado disse. - Ou então pelo o menos esconda melhor o que sente. Potter pode até ser lerdo, mas a amiguinha dele não. Ela vai descobrir tudo.

Draco terminou de mastigar sua torrada e já ia reclamar com Blaise por chamar Harry de lerdo, mas Pansy o interrompeu antes mesmo que ele começasse:

- Eu fiquei sabendo por umas meninas que aquela tal de Chang, a capitã do time de quadribol da Corvinal, está á fim dele.

Mas o loiro já sabia daquilo, provavelmente todos sabiam. E, sendo uma pessoa muito ciumenta, ele disse em seguida, apertando o seu copo de suco na mão:

- Tá, mas se eu fosse mesmo falar com ele, o que eu diria? "Oi, Harry. Eu sei que sempre fui um merda com você e seus amigos, mas comecei a gostar de você esse ano e é bom que sinta o mesmo por mim"?

Blaise e Pansy trocaram um olhar divertido, antes de caírem na gargalhada.

- Eu não estou vendo graça nenhuma. - Draco advertiu, cruzando os braços e franzindo a testa. Blaise continuou á rir, mas Pansy se acalmou e disse:

- Desculpa, é que não estamos acostumados á ouvir chamar o Potter de Harry. - Draco revirou os olhos. - Só diga o que sente e...

- E o quê?

- ...Torça para não levar um soco na fuça. - Blaise completou, voltando á rir.

- Eu ia dizer "torça para ele sentir o mesmo", mas isso também serve. - Pansy disse, entrando no embalo da risada do moreno ao lado e gargalhando daquele jeito exagerado que só ela fazia.

Mas Draco não achou graça em nada daquilo. Ele novamente olhou para a mesa da Grifinória, onde Harry agora se levantava e seguia com Granger e Weasley para fora do Salão. Harry não socaria ele, certo? Ele não seria louco á aquele nível, não é? Talvez só fazendo para descobrir.

Mas enquanto o moreno andava com sua mochila nas costas e acompanhava os amigos, seu olhar encontrou o de Draco e as orbes azul tempestuosas e as verdes-esmeralda se encararam por um segundo. Mas para Malfoy pareceu uma eternidade, o que foi o suficiente para fazê-lo se arrepiar.

Era verdade que á cada olhar, á cada provocação, tudo o que ele queria era chegar mais perto e fundir seus lábios com os aparentemente tão saborosos do grifinório. E aquilo estava o consumindo por dentro, á um ponto que Draco percebeu que não aguentava mais.